Onde estão os líderes?
"O mundo está de pernas para o ar, os referenciais com que nos habituámos a viver desmoronam-se, a angústia alastra... Numa circunstância destas, o que se pede aos dirigentes de um país? Que funcionem como pilares de estabilidade: que tranquilizem as pessoas e as empresas, que apontem caminhos, que revelem Visão.
O que temos tido em vez disso? Um presidente que se limita a dizer que a questão do preço dos combustíveis é "complexa" (coisa que qualquer português é capaz de dizer); um ministro que, na mesma matéria, tem um comportamento bipolar (de manhã diz uma coisa e à noite outra); e um primeiro-ministro que, fazendo jus à tese de que um político é um "profissional do optimismo", mais parece um Chief Marketing Officer.
Quem, de fora, olhar para nós perguntará se estamos mesmo em Setembro de 2008. Porque quem por cá manda parece não ter interiorizado, ainda, que o mundo mudou. E que o comum dos cidadãos precisa que o ajudem a entender isso.
Cavaco, que em algumas intervenções exagera e noutras peca por defeito, já devia ter convocado o Conselho de Estado para analisar a conjuntura. Nem que fosse para lembrar ao primeiro-ministro que a propaganda não resolve tudo. E que a resposta à crise que aí vem (mais grave do que se esperava) exige uma atitude diferente do Governo. Porque é nas crises que se ganha a opinião pública e se motiva um país.
Os estadistas costumam saber isso..."
Camilo Lourenço
O que temos tido em vez disso? Um presidente que se limita a dizer que a questão do preço dos combustíveis é "complexa" (coisa que qualquer português é capaz de dizer); um ministro que, na mesma matéria, tem um comportamento bipolar (de manhã diz uma coisa e à noite outra); e um primeiro-ministro que, fazendo jus à tese de que um político é um "profissional do optimismo", mais parece um Chief Marketing Officer.
Quem, de fora, olhar para nós perguntará se estamos mesmo em Setembro de 2008. Porque quem por cá manda parece não ter interiorizado, ainda, que o mundo mudou. E que o comum dos cidadãos precisa que o ajudem a entender isso.
Cavaco, que em algumas intervenções exagera e noutras peca por defeito, já devia ter convocado o Conselho de Estado para analisar a conjuntura. Nem que fosse para lembrar ao primeiro-ministro que a propaganda não resolve tudo. E que a resposta à crise que aí vem (mais grave do que se esperava) exige uma atitude diferente do Governo. Porque é nas crises que se ganha a opinião pública e se motiva um país.
Os estadistas costumam saber isso..."
Camilo Lourenço
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