segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Depois do que os banqueiros centrais e os outros fizeram há que conter a ira...

Exercícios militares e policiais de preparação para conter potenciais revoltas populares provocadas pelo crescente empobrecimento da população estão actualmente em curso em várias regiões dos Estados Unidos. Nas últimas semanas, diversos especialistas alertaram para o perigo de um “Verão de Raiva” em solo americano face ao agravamento da crise económica e da subida em flecha do desemprego. Os sinais de militarização do quotidiano norte-americano não páram de aumentar.
Entre os dias 27 de Janeiro e 8 de Fevereiro, 150 soldados do Comando de Operações Especiais dos EUA participaram num exercício antiguerrilha urbana, com helicópteros militares, armas automáticas e explosivos. A Associated Press noticiou que as autoridades o descreveram com “um treino cuidadosamente planeado e seguro.”
A Guarda Nacional de Iowa foi obrigada a suspender um exercício militar programado para Abril, em Arcadia, devido aos protestos da população que teme estar em curso a “preparação da imposição da lei marcial” em alguns estados norte-americanos e uma operação em larga escala para desarmar a população.
O assunto tem sido amplamente noticiado em muitos blogues mas ignorado pelos chamados “media de referência”. Num deles -LewRockwell.com - o exercício em Iowa destinava-se a “recolher informação, procurar e deter um negociante de armas suspeito”. O autor identifica o sargento Mike Kots, da Guarda Nacional, como fonte da informação.
No dia 9 de Janeiro, em Richmond, Virgínia, cerca de 2.000 marines - fuzileiros navais e tropas especiais aerotransportadas - iniciaram um treino de duas semanas que envolveu o desembarque de tropas em zonas populacionais. O jornal Richmond Times Dispacht confirmou tratar-se de um “exercício antiguerrilha urbana” para, entre outros objectivos, “familiarizar os pilotos” dos helicópteros com o terreno. Um dos residentes filmou as operações e disponibilizou imagens no YouTube.
Estas operações militares, que as autoridades negam ter como objectivo o desempenho de missões policiais em solo norte-americano, foram divulgadas em Setembro de 2008, na edição online do periódico militar Army Times. “A partir de 1 de Outubro e durante 12 meses a 1.ª Brigada de Combate [da 3.a Divisão de Infantaria] ficará sob as ordens do Comando Norte (NorthCom), enquanto unidade de resposta a solicitações federais relacionadas com desastres ou emergências, naturais ou provocadas artificialmente, incluindo ataques terroristas.” O boletim electrónico refere que “a nova missão assinala a primeira vez em que foi atribuída a uma unidade no activo a execução de tarefas exclusivamente sob o comando do NorthCom.”
Na edição de 1 de Outubro de 2008, o jornal electrónico Homeland Security Today, da agência estadunidense responsável pela segurança interna, noticiou que “o comando militar americano encarregado de proteger o território continental dos Estados Unidos começou a constituir a sua primeira unidade exclusiva, para dar resposta a ameaças químicas, biológicas, radiológicas, nucleares e explosivas”.
No passado dia 17 de Janeiro, a organização federal dos presidentes de câmara - United States Conference of Mayors - publicou um extenso documento (344 páginas em PDF) ilustrativo da militarização da sociedade norte-americana e das estruturas de protecção e defesa civis. A lista dos equipamentos solicitados pelos autarcas ao governo federal, para a execução dos programas de segurança pública, fornece abundante informação.
As exigências dos mayors norte-americanos ascendem a centenas de milhões de dólares e incluem, entre outros, uma vasta parafrenália de material militar antiguerrilha, sistemas de vigilância, armamento, sofisticados equipamentos de telecomunicações e veículos blindados.
A lista foi apresentada numa altura em que a 92% dos governos estaduais estão com graves problemas financeiros ou perto da bancarrota, conforme noticiámos no passado dia 7.
MRA Alliance
Pedro Varanda de Castro, Consultor
Por cá já alguém disse que era cada um por si, aliás já é, porque o Estado morreu e ninguém dos eleitos é impoluto, os outros obedecem com passividade, desde antes do 28 de Maio a que não se assistia a uma babdalheira destas proporções.
Cada um por si, basta ver o relatório sobre assassínios cometidos e quem os cometeu

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