A razia dos pobres e remediados que não podem

São já vários os portugueses que estão a abdicar dos medicamentos receitados pelos médicos devido à falta de dinheiro. Sensibilizadas para esta questão, as farmácias cedem os remédios a troco da promessa de pagamento no final do mês.
O Movimento de Utentes da Saúde alerta para a “realidade triste” dos cortes nas despesas com a saúde, principalmente quando são os idosos são os mais afectados.

“Os idosos com pensões mais baixas vivem com muitas dificuldades. Muitas vezes adquirem o medicamento, olham para a conta e deixam ficar parte desses remédios na farmácia”, segundo o porta-voz do movimento, Manuel Villas-Boas.

Gosto pouco, porque infelizmente sei como nascem estes movimentos.

Mas, a verdade está na declaração, só que vem tarde.

Quando Correia de Campos em nome da defesa dos genéricos, e outras motivações, diminuiu as comparticipações a todos os utentes e provocou um problema de saúde pública, geria para os números sem se preocupar com as pessoas, os outros ao ajudarem os bancos e empresas que se sabiam antes de as abrir e antes de as subsidiar, preferiram isso.

Os gastos do Ministério nas USF em obras sem concurso são uma vergonha, ( nos preços das coisas e na forma como foram adquiridas, é caso de polícia), para não falar nos casos em que tiraram médicos de muitos locais porque era preciso mostrar o emblema da nova política, afinal apenas 20%, número de que duvido, de pessoas lucraram com as novas unidades que não mostraram nada, os outros 80% pura e simplesmente ficaram sem médicos ou com muito poucos. Depois apereceram as empresas de outsourcing que reputo de negócio muito pouco claro e muito caro. Interessante seria saber de quem são essas empresas. O resto é conversa, aliás isto não é um estado é uma coisa, que se compra e vende como uma quinta.

A partir de Setembro poder-se-á verificar se aumentaram o número de mortos por doença e principalmente, nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro e desde já aviso que não tiveram nada a ver com a gripe, tiveram a ver com este problemas que se agrava.

As doenças ateroscleróticas, a hipertensão arterial e outros problemas cardiovasculares e se quiserem o conjunto, vai provocar , alíás já provocou, uma razia nos grupos mais idosos que deixaram de tomar medicações que lhes sustentavam o equlibrio na saúde mas provocava grandes problemas nas carteiras, daí a desgraça.

A juntar às condições miseráveis em que vivem, com este frio é só juntar os factores.

Esperem pelas estatísticas e vejam se estou enganado.

Esta política tem nomes e tem responsáveis, nunca se esqueçam.

O Pelicano