O que quer Cavaco?
"Na situação que o País atravessa, o Presidente da República não pode limitar-se ao diagnóstico". A frase consta do prefácio de "Roteiros III", o livro com que Cavaco inicia o terceiro ano do seu mandato. Levanta duas interrogações: as divergências com o Governo são piores do que se pensava? São; O que quer o Presidente? Não é claro. Porque não esclarece o que significa "não pode limitar-se ao diagnóstico". É a execução? Não faz sentido: segundo a Constituição quem governa é... o Governo. É a "partilha de rumo" (leia-se soluções) com o executivo?
Se Cavaco quer forçar a mão ao Governo (como sugere outra fase do livro: "Não temos o direito de deixar aos nossos filhos, e aos filhos deles, um passivo que tenham dificuldades em suportar, condenando-os a um nível de vida inferior ao que os nossos pais proporcionaram") devia ser mais claro. Mesmo arriscando um conflito institucional: o País precisa de um Presidente vigilante (até porque a oposição é o que se vê). Mas isso é diferente de deixar no ar expressões/ideias que não têm sustentação no quadro constitucional (que embora inspirado no semipresidencialismo francês difere dele ).Alimentar instabilidade política quando o País já tem sarna para se coçar não ajuda."
Camilo Lourenço
Se Cavaco quer forçar a mão ao Governo (como sugere outra fase do livro: "Não temos o direito de deixar aos nossos filhos, e aos filhos deles, um passivo que tenham dificuldades em suportar, condenando-os a um nível de vida inferior ao que os nossos pais proporcionaram") devia ser mais claro. Mesmo arriscando um conflito institucional: o País precisa de um Presidente vigilante (até porque a oposição é o que se vê). Mas isso é diferente de deixar no ar expressões/ideias que não têm sustentação no quadro constitucional (que embora inspirado no semipresidencialismo francês difere dele ).Alimentar instabilidade política quando o País já tem sarna para se coçar não ajuda."
Camilo Lourenço
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