Ninguém leva a mal
"Talvez por não integrar as elites, a IXY nasceu com discrição. Poucos saberão que a IXY é uma associação destinada a proteger os direitos dos que, como o seu fundador e, até ver, um de três únicos membros, Belmiro Pimentel, são agentes da PSP e homossexuais. Se, por agora, a tacanhez da nossa sociedade não prevê a criação de organizações congéneres entre os guardas da GNR, os ferroviários da CP, os adeptos do Trofense e os militantes do PNR, a IXY é pelo menos um sinal de esperança e um grito de coragem, que o agente Pimentel narrou à TSF e ao DN na primeira pessoa.
Parece que tudo começou há sete anos, altura em que o agente Pimentel se cansou de "piadinhas" e perguntas sobre hipotéticas namoradas e resolveu "assumir" a homossexualidade na sua profissão. Notável, embora um tanto incompreensível: de que modo é que um polícia "assume" ser gay? Passa a andar com trejeitos? Pendura um dístico rosa na farda? Dá voz de prisão mais aguda? Tirando estes grotescos estereótipos, a que não acredito que o agente Pimentel tenha aderido, fica por explicar o que o distingue dos colegas heterossexuais ou, dito de outro modo, o que é um polícia homossexual.
Também não se explica muito bem a necessidade da IXY. Salvo por uns receios (difusos) de obstáculos à progressão na carreira e umas suspeitas (vagas) de fenómenos do tipo bullying (termo normalmente associado às crianças maricas que, na escola, fazem queixinhas das restantes), até o próprio mentor da associação admite que a atitude das chefias é correcta e que ainda está a tentar perceber o que aflige os gays da corporação.
E se, contas feitas, nada os afligir? Uma hipótese, que o agente Pimentel nem coloca, é acabar com a IXY por falta de fundamento. A segunda hipótese o agente Pimentel refere indirectamente nas declarações à imprensa: "Em Londres", diz ele, "há polícias fardados em desfiles gay". Ora aí está. No fundo, o agente Pimentel apenas precisa de se divertir. Apurar se a PSP precisa de um bloco carnavalesco é outra história."
Alberto Gonçalves
Parece que tudo começou há sete anos, altura em que o agente Pimentel se cansou de "piadinhas" e perguntas sobre hipotéticas namoradas e resolveu "assumir" a homossexualidade na sua profissão. Notável, embora um tanto incompreensível: de que modo é que um polícia "assume" ser gay? Passa a andar com trejeitos? Pendura um dístico rosa na farda? Dá voz de prisão mais aguda? Tirando estes grotescos estereótipos, a que não acredito que o agente Pimentel tenha aderido, fica por explicar o que o distingue dos colegas heterossexuais ou, dito de outro modo, o que é um polícia homossexual.
Também não se explica muito bem a necessidade da IXY. Salvo por uns receios (difusos) de obstáculos à progressão na carreira e umas suspeitas (vagas) de fenómenos do tipo bullying (termo normalmente associado às crianças maricas que, na escola, fazem queixinhas das restantes), até o próprio mentor da associação admite que a atitude das chefias é correcta e que ainda está a tentar perceber o que aflige os gays da corporação.
E se, contas feitas, nada os afligir? Uma hipótese, que o agente Pimentel nem coloca, é acabar com a IXY por falta de fundamento. A segunda hipótese o agente Pimentel refere indirectamente nas declarações à imprensa: "Em Londres", diz ele, "há polícias fardados em desfiles gay". Ora aí está. No fundo, o agente Pimentel apenas precisa de se divertir. Apurar se a PSP precisa de um bloco carnavalesco é outra história."
Alberto Gonçalves
3 Comments:
Curiosamente... sempre vi a farda policial associada a um estereotipo gay! Basta olhar para os Village People...
Tenho para mim que se o "agente maricas" apanhasse (isto é, conseguisse prender) a menina que está um pouco abaixo, esses calafrios de traseiros maneados desapareciam.
Já o comissário Maigre dizia, na sua infinita sabedoria dedutiva:
- Levar no que é seu, ninguém tem nada com isso.
Se até na Marinha havia um "comandante" que gostava muito mais de entrar pela ré do que pela proa, porque é que o "agente maricas" não há-de gostar.
E chegou a Comandante
A ver se este chega a Comissário
Sou da mesma opinião e da contrária se for preciso.
Deve ser bonito de se ver este agente aos gritinhos a manejar um cassetete, claro um cassetete dos pequeninos entre 17 / 22 cm que aqueles chanfalhões compridos de 50 cm é de fugir pelas escadas acima
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