segunda-feira, junho 01, 2009

O efeito Sócrates

"Faltam poucos dias para as eleições europeias e as sondagens começam a mostrar quais são as intenções de voto dos indígenas dos 27 países da União Europeia. Na Espanha do Bambi Zapatero, grande amigo do presidente do Conselho cá do sítio, é muito natural que o Partido Popular vença as eleições.

Na Grã-Bretanha do patético Gordon Brown, também ele da mesma família política do presidente do Conselho cá do sítio, começa a desenhar-se uma derrota histórica do Partido Trabalhista, com uma vitória estrondosa dos conservadores e um resultado impressionante de um partido que detesta a Europa todos os dias, incluindo domingos e feriados.

Por cá, é tudo muito diferente. O Partido Socialista do senhor presidente do Conselho, do Vitalinas, do Vital e do Silva continua galhardamente à frente de todas as sondagens. As diferenças para o PSD de Manuela Ferreira Leite variam, mas o primeiro lugar, esse, ninguém o tira ao PS. Por isto ou aquilo, principalmente por aquilo, alguns resultados apontam para o chamado empate técnico entre os dois partidos. Mas rapidamente aparecem as devidas correcções, para os indígenas perceberem, a bem ou a mal, normalmente a mal, quem manda cá no sítio e principalmente quem é, definitivamente, o grande líder que os salvará da crise, do desemprego, da pobreza, da depressão e de um futuro cada vez mais negro e miserável. E é assim que rapidamente aparecem novas sondagens em que o partido do senhor presidente do Conselho se distancia do PSD e ainda mais rapidamente surgem os politólogos e comentadores do costume a justificar esses surpreendentes resultados dos socialistas.

Todos à uma, com a lição muito bem estudada, vêm dizer aos estupefactos indígenas deste sítio cada vez mais mal frequentado que as subidas do PS são provocadas pelo chamado efeito Sócrates. Isto é, sempre que o senhor presidente do Conselho vai berrar e suar a um comício uma parte do eleitorado comove-se e muda o seu sentido de voto mal uma empresa de sondagens o contacta para o telefone fixo.

Acontece que o senhor presidente do Conselho não passa a vida fechado no seu gabinete a estudar documentos e a pensar na melhor forma de governar o sítio. Não. O senhor presidente do Conselho cá do sítio não governa, faz propaganda. E nos intervalos prepara a próxima acção de propaganda. O chamado efeito Sócrates só existe na cabeça dos propagandistas do senhor presidente do Conselho e serve para disfarçar muitas mentiras
."

António Ribeiro Ferreira

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

As sondagens dão uma indicação de voto aos eleitores quando apontam quem deverá ficar em 1º, 2º, 3º lugares e as respectivas percentagens de voto. Só por isso deveriam ser proíbidas e são-no em alguns países. Além disso, estão a tornar-se suspeitas de serem mal feitas ou pouco sérias porque se enganam sempre relativamente aos pequenos partidos, os quais vêm a ter sempre mais votantes do que os indicados nas tais sandagens.

Uma boa boa parte do eleitorado acaba por ser induzido a escolher apenas de entre os partidos que são apontados nas sondagens como a ficar em 1º ou 2º lugares. E assim se influência o resultado da votação, sempre no sentido apontado pelas sondagens. Trata-se de uma tendência desportiva, porque aí ou se ganha ou se perde. Mas na política não é bem assim, pois quem fica em 2º, 3º ou 4º lugares também influência o poder e essa influência é tanto maior quanto maior for a representatividade. Apenas não contam os votos que não chegam para eleger representação na assembleia.
Ganhar com maioria absoluta também é muito diferente de ter que procurar uma coligação ou governar sem ela, pois assim terá que ceder e ter em conta outras políticas. Por vezes nem isso é possível fazer uma coligação e governar na dependência do voto parlamentar é a única solução que é também a mais democrática.

Além disso, os grandes partidos costumam atrair a si grupos de interesses que influuenciam a orientação da governação e isso chama-se de corrupção. Ora aí está mais uma razão para não se votar massivamente num qualquer partido.

Zé da Burra o Alentejano

sexta-feira, junho 12, 2009  

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