segunda-feira, novembro 30, 2009

Inverno político.

"O PS não deixa de surpreender quando está em causa a sobrevivência do seu chefe máximo. O jogo agora é de vida ou de morte".

Nos tempos que correm os indígenas devem andar muito atentos às movimentações mais ou menos ocultas dos principais responsáveis do sítio. O fogo-de-artifício é imenso, vem de todos os lados e importa perceber quem anda por aí a lançar foguetes para distrair a malta e desviar as atenções do essencial.

No meio deste imenso lamaçal, com o senhor presidente relativo do Conselho cada vez mais acossado, cheio de medo que um dias destes apareçam na Comunicação Social as suas brilhantes conversas com o seu grande amigo Armando Vara, por certo pérolas dignas de ficarem devidamente registadas nos anais da democracia, o Partido Socialista dispara para todos os lados e une-se com o único objectivo de condicionar, ameaçar e prevenir o imenso Inverno que está para chegar à política portuguesa e, obviamente, ao Estado de Direito. E, como o desespero não é normalmente um bom conselheiro, eis que dirigentes de peso do partido do senhor presidente relativo do Conselho vêm a público dizer que o verdadeiro problema da Justiça não é a corrupção, a interferência do poder político nas mais altas instâncias judiciais, a intervenção directa de gabinetes ministeriais na economia e nos negócios.

A grande questão, dizem, é o segredo de Justiça. Isso mesmo. É preciso combater as fugas de informação que descobrem os podres de tanto agente político que anda por aí a fingir que é digno de ocupar lugares públicos. E, para isso, o partido do senhor presidente relativo do Conselho está disposto a mudar não só a legislação, como a dar mais meios ao senhor procurador--geral da República e ao Ministério Público para que possam caçar e castigar os criminosos que divulgam factos e situações que põem a nu a porcaria que anda por aí a conspurcar as instituições e o próprio regime.

É evidente que este objectivo não pode espantar ninguém que vive neste sítio endividado até aos cabelos, pobre, deprimido, manhoso e cada vez mais mal frequentado. O contrário é que seria extraordinário. O partido do senhor presidente relativo do Conselho quer tapar o sol com a peneira com medidas repressivas sobre a Comunicação Social, pressões sobre magistrados e, claro, ameaças aos próprios empresários do sector. Descer mais baixo é difícil, mas tudo é possível. Até porque o Partido Socialista não deixa de surpreender quando está em causa a sobrevivência política do seu chefe máximo. O jogo agora é mesmo de vida ou de morte. Política, claro
."

António Ribeiro Ferreira

1 Comments:

Anonymous Face escondida said...

Cada cabeça sua sentença

Pois para mim é o desemprego que já passa, oficialmente, aos 10%.

Na realidade e subtraídas as maanigâncias chega aos 15%

Até quando!

terça-feira, dezembro 01, 2009  

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