terça-feira, janeiro 12, 2010

Censura politicamente correcta.

"É uma ironia sair da RTP quando há PSD, Orçamento e presidenciais... Não saí pelo meu pé. Tenho pena de sair ... Se tivesse de optar continuaria na RTP". Cinco anos e um dia depois de se ter estreado na televisão pública, Marcelo Rebelo de Sousa despede-se da jornalista Maria Flor Pedroso e filma o último programa de domingo à noite. É uma despedida forçada pela vontade de António Vitorino de deixar o programa de comentário semanal "Notas Soltas". Marcelo sublinha, no entanto, que o fim do seu espaço podia ser evitado se a RTP convidasse outro comentador para preencher o espaço semanal deixado vago pelo socialista. Mas isso não aconteceu. "A RTP decidiu não o substituir porque achou que isso não era possível dado o prestígio e o mérito de dr. Vitorino", afirma Marcelo (mais aqui).
Quando a questão da representação plural do campo político-partidário se transforma em pura censura…

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2 Comments:

Anonymous ac said...

Marcelo ainda resistiu muito à "perseguição" da TV do governo. Era o único programa que via na TV para a qual contribuo

terça-feira, janeiro 12, 2010  
Anonymous gomes said...

Não entendo, não compreendo, nem percebo, esta dependência, na saida, entre o Prof Marcelo e o Dr. Vitorino. Marcelo foi contratato pela RTP e foi parte de um contrato celebrado entre ele e a RTP, sem que Vitorino fundamentasse esse contrato. Vitorino só surge como comentador depois. Do ponto de vista da substância, Marcelo é dinâmico, Vitorino não. Marcelo é perspicaz com rasgo de inteligência rápido, às vezes, mordaz. Vitorino, pelo que diz, dá sinais de ser um amaciador, conformista, indeciso, resignado, com o pão por Deus que se lhe depara. Embora Vitorino tenha acumulado experiência em areopagos internacionais. Depois, Marcelo foi Professor de Vitorino. Daqui que o vinho de Marcelo é mais antigo do que o vinho de Vitorino. Este último não conseguiu ser nomeado para Secretário Geral da Nato. Vitorino é mais técnico. De ´personalidade tímida ou introvertida, Vitorino dá mostras de dificuldades em socializar-se e em ser sociável. Marcelo é sagaz. Consegue ser simpático para gente de todas as classes sociais. Gosto de mulheres no sentido afectivo e sexual. Mas, gosto de Marcelo intelectualmente. Marcelo, apesar de ter uma inteligência brilhante, nunca dá de si qualquer sinal de sobranceria ou superioridade. O comportamento de Vitorino, enquanto comentarista, deixa entender que as matérias sobre que ele se pronucia não estão ao alcance de todas as pessoas, do comum dos mortais. Daí, uma certa superioridade indisfarçável de sua parte.
Penso que, a essência que se retira de Marcelo é a de que, quem ouve os seus comentários, nem sequer põe para si próprio nem considera como tal, o facto de Marcelo ser um comentador do filiado no PSD, tal é a sua capacidade de isenção, independência e imparcialidade. Por isso, se retirarem Marcelo das televisões, isso representa para o pais uma perda Nacional. Desgraçadamente, Portugal, país pobre, miserável que nem os seus antigos combatentes se respeita, dá-se ao luxo de deitar pelo esgoto abaixo os seus melhores filhos. Pobre pais é este Portugal actual. É uma vergonha. Nem merece os seus antepassados de tão valentes e corajosos foram. Hoje, é só cobardes, corruptos e medíocres que apenas invejam aqueles que pela sua inteligência conseguem estar bem acima da mediocridade.

terça-feira, janeiro 12, 2010  

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