quinta-feira, janeiro 21, 2010

País Alegre, triste país

"Manuel Alegre quer ajudar-nos a "mudar a vida". Naturalmente, este modesto desígnio apenas se atinge se elegermos um presidente com "capacidade de invenção" e "poder de inspiração", isto é, ele próprio. Além disso, Alegre considera-se "um patriota e um cidadão", que, o que pode dar jeito, "se identifica com as raízes profundas da nossa história e da nossa cultura". Por acrescida sorte, a profundidade não o impede de ser "um cosmopolita", ansioso por "um Portugal que valha a pena". E conclui: "É esse Portugal que nos interpela. É esse combate que chama por nós."

De cada vez que abre a boca, Manuel Alegre produz um compêndio do humor inadvertido, e o primeiro instinto é divertirmo- -nos à respectiva custa. O segundo instinto é constatarmos que tamanho monumento à vacuidade não só se leva a sério como é levado a sério pela quantidade de portugueses suficiente para tornar a sua candidatura às "presidenciais" possível e a sua vitória no mínimo plausível. Aí, passa a vontade de rir da figura e apetece chorar a espécie de país que a concebeu, um país sem noção do ridículo que nos interpele, nem combate ao embaraço que nos chame. Também eu gostaria de um Portugal que valesse a pena. Alegre é uma prova de que não vale
."

Alberto Gonçalves

1 Comments:

Blogger Avelino said...

CARO AMIGO

É SÓ O QUE FALTA VER UM
" PRESIDENTE DA REPUBLICA" QUE FOI DESERTOR/REFRATÁRIO

CUMPRIMENTOS

quinta-feira, janeiro 21, 2010  

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