sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Voarei como o alazão feito do vento do Sul...

Uma paisagem repousante para descansar a mente,
vou fazer-te vaguear através das fantasias e dos horizontes,
esbatidos,
do mais quente para o mais frio,
mas quem sou eu pobre animal de toca,
para ensinar como se usa a água, como se usa chá, café ou outros pigmentos,
para fazer uma pobre aguarela?
No entanto para mim é repousante.
Afasta-me dos medos dos meus predadores, dos que me afligem a alma,
de todos os que me querem agrilhoar o pensamento e o sentimento,
não sou um animal acossado,
apenas sinto que o meu coração por vezes pára,
depois bate forte,
como a chuva que não pára,
e como eu desejo um dia de sol!
Mesmo de Inverno,
que dá calor ao contrário do que alguns dizem,
porque o calor não é apenas isso o físico, da agitação e da aceleração das partículas,
porque a física não é tudo,
o calor da alma aquece-nos o coração,
o que vai contra as leis dos que falam de ciência,
como se a ciência fosse tudo,
por isso,
descansa e olha para além do horizonte, imagina outros,
encontra a paz que mereces,
como o condenado mal julgado e mal defendido,
descansa que eu te embalo,
no meu colo imaginário, como os avós embalam os netos,
que sentem o seu calor
e o suor do início do sono,
que sabem que sonham quando os olhos se movem sob as pálpebras,
e assim, sabem que vem o sono e o sonho,
apenas invejando o que sonham,
e que os aconchegam e acalmam se é sonho mau.
Adormece então e pensa nos horizontes,
não penses nas misérias porque delas pouco podemos mudar.
Dorme que eu zelo por ti,
porque eu sei voar,
eu sei fazer o que o cavalo arábe faz,
voar,
em vez de cavalgar.
Vigiarei o teu sonho porque sei como se faz,
falo com os espíritos,
os bons, os que me acalmam quando fico colérico,
porque não sou santo,
sou apenas um animal que quer ser melhor,
estando longe da perfeição,
Como disse o profeta Boutros-Ghali,
sem desprimor dos profetas da nossa Bíblia,
Deus criou o cavalo e chamou o vento do Sul que obedeceu,
e Deus pegou num punhado de vento,
e criou o alazão fogueado,
extraído do vento do Sul,
atou a felicidade às crinas que caem entre os seus olhos,
e disse-lhe:
voarás sem asas, serás o princípe de todos os outros animais.
Descansa que eu zelo e vou voar como o alazão feito do vento do Sul...


N.
O artigo é da autoria de quem publica na sua totalidade.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=KwC0RTAC2Pg

sábado, fevereiro 20, 2010  

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