E não se pode demitir-nos?
"Nem todos pensam o mesmo de Farouk Hosni. Uns vêem nele o ministro da Cultura do Egipto e se candidatou à chefia da UNESCO há seis meses. Outros preferem olhá-lo como o anti-semita que prometeu queimar pessoalmente cada obra em hebraico encontrada nas bibliotecas do seu país. E que se candidatou à chefia da UNESCO há seis meses. O sr. Hosni não foi eleito. A culpa não foi nossa. Embora o embaixador português na organização, Manuel Maria Carrilho, tenha recusado votar na criatura, um funcionário diligente fê-lo por ele e alinhou o país contra a decisão do mundo civilizado (fora a Itália), a qual em última instância vingou. Por falar em vingança, consta que o Governo pretende servi-la gelada e substituir o dr. Carrilho no cargo. Vinda de quem que vem, a decisão é a segunda maior honra disponível. A primeira teria sido o dr. Carrilho demitir-se por conta própria em Setembro de 2009. Mas sair agora já não é nada mau. Infelizmente, os restantes portugueses não beneficiam de alternativa idêntica, pelo que estamos condenados por lei à representação de um ministério servil nos negócios e promíscuo nos estrangeiros."
Alberto Gonçalves
Alberto Gonçalves
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