Teremos coração?
"Luís Figo, um conhecido politólogo, concedeu uma entrevista ao ‘Diário Económico’ onde, em linguagem norte-coreana, tecia rasgados elogios ao Grande Líder. O PS leu a entrevista e convidou o politólogo para um pequeno-almoço com Sócrates.
Nas vésperas das legislativas. O PS ganhou as eleições, o Ministério Público entrou em cena e acusou três administradores da Taguspark de corrupção passiva. Parece que o apoio ‘livre’ e ‘generoso’ de Figo ao Grande Líder custou centenas de milhares de euros aos contribuintes. Figo não foi acusado porque, apesar dos seus vastos conhecimentos de política, ignorava que a Taguspark fosse uma instituição com capitais públicos. O Grande Líder, esse, repetiu a mantra que o define: ‘nada-sei-de-negócios-que-só-me-beneficiam’. Nesta edificante história, nãoé apenas o óbvio que espanta. É a indiferença do país (e, em especial, da Oposição) perante o óbvio. Sarilho após sarilho, desconfio que o país só despertará da anestesia no dia em que o nome do primeiro-ministro aparecer associado a um caso nobre e digno. Teremos coração para resistir?"
João Pereira Coutinho
Nas vésperas das legislativas. O PS ganhou as eleições, o Ministério Público entrou em cena e acusou três administradores da Taguspark de corrupção passiva. Parece que o apoio ‘livre’ e ‘generoso’ de Figo ao Grande Líder custou centenas de milhares de euros aos contribuintes. Figo não foi acusado porque, apesar dos seus vastos conhecimentos de política, ignorava que a Taguspark fosse uma instituição com capitais públicos. O Grande Líder, esse, repetiu a mantra que o define: ‘nada-sei-de-negócios-que-só-me-beneficiam’. Nesta edificante história, nãoé apenas o óbvio que espanta. É a indiferença do país (e, em especial, da Oposição) perante o óbvio. Sarilho após sarilho, desconfio que o país só despertará da anestesia no dia em que o nome do primeiro-ministro aparecer associado a um caso nobre e digno. Teremos coração para resistir?"
João Pereira Coutinho
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