Um imprevidente
"Além da fatal (e incorrecta) citação de Fernando Pessoa, o eng. Sócrates aproveitou a entrevista à RTP para repetir a tese de que subiu os impostos ao contrário do prometido porque o mundo, esse desmancha-prazeres, mudou muito e muito de repente. Por outras palavras, ninguém podia prever os acontecimentos das últimas semanas, os quais nos trouxeram a esta inesperada penúria.
Sucede que houve quem previsse os acontecimentos e esperasse a penúria. Se contarmos os inúmeros avisos de que o pandemónio nas contas públicas ia terminar mal, há alguns anos que Portugal está repleto de videntes. Não tão repleto a ponto de os videntes influenciarem políticas e muito menos eleições, mas ainda assim o suficiente para que o primeiro-ministro desse por eles.
O primeiro-ministro, diga-se em abono da verdade, deu por eles, ouviu-os atentamente e classificou-os: "bota-abaixistas". O "bota-abaixista", belíssima expressão que não me parece de Pessoa, era toda a criatura que implorasse ao Governo para reduzir gastos, na absurda convicção de que o dinheiro é limitado e que, ultrapassado várias vezes o limite, as coisas tendem a descambar.
Como o eng. Sócrates não liga a crendices e superstições, os "bota--abaixistas" ficaram a falar sozinhos. Já o eng. Sócrates falou imenso connosco, em geral para nos exigir fracções crescentes dos nossos rendimentos de modo a dedicar-se à sua ciência predilecta: derrotar a crise ("internacional", não esquecer) e comprar eleições à conta do descarrilamento da despesa. As eleições lá se compraram. A crise não se derrotou, antes se ampliou até às dimensões actuais, curiosamente próximas da bancarrota.
E o que faz o eng. Sócrates perante a bancarrota? O costume. Culpa os "especuladores", mantém praticamente intactos os hábitos do Estado e volta a assaltar os contribuintes à mão armada, sendo que a arma são as mentiras em que ninguém, vidente ou não, consegue continuar a acreditar. Excepto, talvez, o próprio, um pormenor que distingue o alucinado do simples demagogo. Em qualquer dos casos, quando o eng. Sócrates garantiu na RTP ter feito "tudo para não aumentar os impostos", apenas o "não" está a mais. O "não" e, claro, o eng. Sócrates, que não adivinha o futuro nem aprende com o passado."
Alberto Gonçalves
Sucede que houve quem previsse os acontecimentos e esperasse a penúria. Se contarmos os inúmeros avisos de que o pandemónio nas contas públicas ia terminar mal, há alguns anos que Portugal está repleto de videntes. Não tão repleto a ponto de os videntes influenciarem políticas e muito menos eleições, mas ainda assim o suficiente para que o primeiro-ministro desse por eles.
O primeiro-ministro, diga-se em abono da verdade, deu por eles, ouviu-os atentamente e classificou-os: "bota-abaixistas". O "bota-abaixista", belíssima expressão que não me parece de Pessoa, era toda a criatura que implorasse ao Governo para reduzir gastos, na absurda convicção de que o dinheiro é limitado e que, ultrapassado várias vezes o limite, as coisas tendem a descambar.
Como o eng. Sócrates não liga a crendices e superstições, os "bota--abaixistas" ficaram a falar sozinhos. Já o eng. Sócrates falou imenso connosco, em geral para nos exigir fracções crescentes dos nossos rendimentos de modo a dedicar-se à sua ciência predilecta: derrotar a crise ("internacional", não esquecer) e comprar eleições à conta do descarrilamento da despesa. As eleições lá se compraram. A crise não se derrotou, antes se ampliou até às dimensões actuais, curiosamente próximas da bancarrota.
E o que faz o eng. Sócrates perante a bancarrota? O costume. Culpa os "especuladores", mantém praticamente intactos os hábitos do Estado e volta a assaltar os contribuintes à mão armada, sendo que a arma são as mentiras em que ninguém, vidente ou não, consegue continuar a acreditar. Excepto, talvez, o próprio, um pormenor que distingue o alucinado do simples demagogo. Em qualquer dos casos, quando o eng. Sócrates garantiu na RTP ter feito "tudo para não aumentar os impostos", apenas o "não" está a mais. O "não" e, claro, o eng. Sócrates, que não adivinha o futuro nem aprende com o passado."
Alberto Gonçalves
1 Comments:
---> Greenspan, Bernanke, Goldman Sachs, Lehman Bro., Madoff, Rockefeller , Strauss-Kahn... e mais um Judeu a querer conduzir-nos para o abismo: Stiglitz - «A austeridade leva ao desastre».
NOTA:
O crescimento não pode ser infinito uma vez que depende de recursos finitos... no entanto, o economista mafioso defenderá sempre o crescimento perpétuo... e defenderá sempre o endividamento em função do crescimento do PIB expectável... porque o verdadeiro objectivo é levar as nações à ruína... quando o PIB não crescer de acordo com aquilo que era esperado!!! [nota: nessa altura já os maiores activos do país terão sido conduzidos para os mega-capitalistas mundiais - e os Estados com elefantes brancos, não rentáveis, nas mãos]
Mais:
1- O proteccionismo permitia a sobrevivência de muitos países...
2- Uma 'Golden Share' do Estado... permite ao Estado ter uma atitude interventiva... e não ser uma mera figura decorativa....
---> Os (mafiosos) zelosos anti-proteccionismo e anti-'Golden Share' andam agora por aí vangloriar-se da existência de países falidos e inviáveis... porque o seu verdadeiro objectivo sempre foi levar determinadas identidades ao desaparecimento!
ANEXO:
---> A superclasse mundial (Banca Mundial, Grandes Corporações Multinacionais) tem em vista um Neofeudalismo... consequentemente, fomenta a destruição/dissolução (dividir para reinar) das pátrias, das identidades, das tradições autóctones, promovendo o nascimento de um mestiço desenraizado e fácil de escravizar...
-----> IDIOTAS ÚTEIS ao serviço da superclasse:
-» A ESQUERDA - a Esquerda também apanha boleia no barco da destruição de tudo o que é tradicional... embora o seu objectivo seja outro -> o objectivo da Esquerda é reinventar o homem, o derradeiro homem, um homem novo, aquele que chega ao fim da História.
-» O ECONOMISTA IDIOTA - ...
-» O IDIOTA SUICIDA - os idiotas suicidas (PNR's e afins) estão à espera que aqueles [a maioria dos europeus] que não se preocuparam em constituir uma sociedade sustentável (média de 2.1 filhos por mulher), e que andaram a realizar negociatas de lucro fácil à custa de alienígenas , se revoltem...
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