A verdade da mentira, Setembro de 2008.
Isto foram notícias e artigos de 2008 no auge da crise
Neste contexto, conforme referiu o The Telegraph, “o mercado tomou cuidadosamente nota, na sexta-feira, que os maiores bancos de Portugal - Millenium, BPI e Banco Espírito Santo - se preparam para recorrer às garantias de crédito de emergência concedidas pelo Estado.”
Outro especialista em divisas, Hans Redeker, do banco BNP Paribas, falou “no perigo iminente” de as taxas de câmbio leste europeias implodirem “a menos que as autoridades monetárias da União Europeia acordem para a real gravidade da ameaça” prevendo mesmo “o despoletar de uma perigosa crise para a própria União Monetária Europeia.” “O sistema está paralizado, e começa a fazer lembrar a Quarta-Feira Negra de 1992. Eu receio que isto terá um tremendo efeito deflacionário na economia da Europa Ocidental. É quase garantido que o suprimento de moeda aos mercados da Eurolândia está prestes a implodir”, disse o economista do BNP Paribas. Esta é a visão de curto prazo.
Na semana passada, o investidor norte-americano Warren Buffett - admirado como o Oráculo de Omaha - discorreu no New York Times sobre a sua estratégia de longo prazo, favorável à actual compra de acções e de obrigações: “Hoje as pessoas que dispõem de aplicações equivalentes a dinheiro fresco sentem-se confortáveis. Não devem. Elas optaram por um terrível activo de longo prazo, algo que, virtualmente, dá uma remuneração igual a zero e está certamente condenada a perder valor. Na realidade, as políticas que o governo [americano] vai adoptar nos seus esforços para aliviar os efeitos da crise actual, provavelmente, vão ser inflacionárias e por isso acelerar a desvalorização do valor real dos depósitos em numerário. Os títulos, quase de certeza, irão ultrapassar a apreciação da moeda durante a próxima década, provavelmente de forma substancial. Os investidores que acumulam numerário estão a apostar na possibilidade de poderem fazer a mudança mais tarde, com sucesso. Na espera de boas notícias, eles ignoram o conselho de Wayne Gretzky [lenda do hóquei no gelo]: “Eu patino para onde vai estar o disco e não para onde ele esteve.”
As consequências de curto prazo para a economia global são ameaçadoras, sobretudo na área do comércio internacional. A combinação explosiva da recessão mundial, com o descontrolo da crise cambial, vai aumentar pressões proteccionistas e desencadear um ciclo vicioso de falências, desemprego e quebra do PIB mundial. O economista norte-americano Nouriel Roubini, ontem, na coluna semanal que assina para a revista Forbes, aconselhou que devemos prepararmo-nos para a stag-deflation - um venenoso neologismo que casa estagflação com deflação.
A Grande Depressão dos anos 30 pode vir a ser ultrapassada.
Este é o efeito perversor da Globalização.
Outro especialista em divisas, Hans Redeker, do banco BNP Paribas, falou “no perigo iminente” de as taxas de câmbio leste europeias implodirem “a menos que as autoridades monetárias da União Europeia acordem para a real gravidade da ameaça” prevendo mesmo “o despoletar de uma perigosa crise para a própria União Monetária Europeia.” “O sistema está paralizado, e começa a fazer lembrar a Quarta-Feira Negra de 1992. Eu receio que isto terá um tremendo efeito deflacionário na economia da Europa Ocidental. É quase garantido que o suprimento de moeda aos mercados da Eurolândia está prestes a implodir”, disse o economista do BNP Paribas. Esta é a visão de curto prazo.
Na semana passada, o investidor norte-americano Warren Buffett - admirado como o Oráculo de Omaha - discorreu no New York Times sobre a sua estratégia de longo prazo, favorável à actual compra de acções e de obrigações: “Hoje as pessoas que dispõem de aplicações equivalentes a dinheiro fresco sentem-se confortáveis. Não devem. Elas optaram por um terrível activo de longo prazo, algo que, virtualmente, dá uma remuneração igual a zero e está certamente condenada a perder valor. Na realidade, as políticas que o governo [americano] vai adoptar nos seus esforços para aliviar os efeitos da crise actual, provavelmente, vão ser inflacionárias e por isso acelerar a desvalorização do valor real dos depósitos em numerário. Os títulos, quase de certeza, irão ultrapassar a apreciação da moeda durante a próxima década, provavelmente de forma substancial. Os investidores que acumulam numerário estão a apostar na possibilidade de poderem fazer a mudança mais tarde, com sucesso. Na espera de boas notícias, eles ignoram o conselho de Wayne Gretzky [lenda do hóquei no gelo]: “Eu patino para onde vai estar o disco e não para onde ele esteve.”
As consequências de curto prazo para a economia global são ameaçadoras, sobretudo na área do comércio internacional. A combinação explosiva da recessão mundial, com o descontrolo da crise cambial, vai aumentar pressões proteccionistas e desencadear um ciclo vicioso de falências, desemprego e quebra do PIB mundial. O economista norte-americano Nouriel Roubini, ontem, na coluna semanal que assina para a revista Forbes, aconselhou que devemos prepararmo-nos para a stag-deflation - um venenoso neologismo que casa estagflação com deflação.
A Grande Depressão dos anos 30 pode vir a ser ultrapassada.
Este é o efeito perversor da Globalização.
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