domingo, março 27, 2011

Parte II... da moribunda III República e suas causas...

As medidas draconianas tomadas pelo governo Sócrates, pedindo vezes sem fim mais uma vez sacrifícios a um povo e a uma nação sofredora que desliza para um pântano de onde não parece conseguir sair.


No entanto basta conhecer o Luxemburgo que tem os melhores indicadores socioeconómicos a nível mundial para se reconhecer que 12% da população deste pequeno estado são portugueses, este mesmo povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes, deste o Norte de África, à costa atlântica africana até ao cabo da Boa Esperança, a costa oriental de África, o Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da índia e Sri Lanka. Foi o primeiro povo a chegar ao Japão e à Austrália. Estes são portugueses, não os que produzem pouco, isso deve ser procurado na classe empresarial que pouco vale, excepção feita aos que cá investem e que produzem bens e serviços que servem o país. Há semanas Sócrates lançou uma nova onda de pacotes de austeridade, com corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas feitas num clima de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real, um grupo de políticos elitistas do PS e PSD, gárgulas de má gestão política que têm assolado o país há mais de 30 anos. O objectivo é reduzir o défice.

Por quê? Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?

A CEE é controlada nas suas políticas fiscais económicas e sociais, por agências de notação financeira, Fitch, Moody’s e Standard and Poor’s e assim Portugal está metido numa embrulhada servindo de bode expiatório, através da notas e dos valores dos juros impostos por esta gente e Bruxelas é cúmplice, serve então para quê?

A CEE é o resultado de um pacto forjado por uma França fraca e cobarde, com um medo ancestral em relação a uma Alemanha pujante, com a memória marcada por três invasões de território, uma das vezes com a tomada de Paris numa operação relâmpago e mais uma vez a Alemanha está ansiosa para se reinventar após anos de humilhação, primeiro pelo tratado depois do armistício da I Guerra e depois da II guerra. Queriam fazer da Alemanha uma nação de camponeses, afinal voltou a ser uma potência industrial, vejam as marcas de automóveis conduzidos por motoristas pagos pelos mais variados organismo públicos e semi públicos, imunes a cortes de gastos, adivinhem de onde vêm os automóveis, não são Peugeot e Citren ou Renaul, são Mercedes, Audis e BMWs, topo de gama.

Os governos sucessivos desta classe política, PS e PSD têm atirado par a o esgoto os interesses de Portugal e dos Portugueses, destruíram a agricultura e a indústria que desapareceu e as pescas foram vendidas aos espanhóis e a troco de quê? De contrapartidas que serviram gente sem escrúpulos, esbulhados e sem criação de riqueza ou sustentabilidade da economia. Cavaco Silva, agora P R e com mandato feito para ser reeleito, foi PM durante quase uma década, anos em que se despejaram milhões através da suas mãos a partir de fundos estruturais e de desenvolvimento da CEE. Foi eleito porque é considerado sério e honesto em terra de cegos, como o beneplácito de dois partidos de gente desonesta, PSD e PS, sanguessugas e parasitas inúteis ao país.

Cavaco é o pai do défice público e campeão dos gastos. Foi a política do betão com um modelo de ordenamento do território vergonhoso e vergado a interesses instalados que sugam o país e o povo. Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral. O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam. Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini. Maserati. Foram organizadas caçadas de javalí em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político. No meio da desgraça é um dos melhores é um dos melhores. Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissario para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata excelente, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, “Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando”) que criou mais problemas com seu discurso do que ele resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes (PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha. Resultando em dois mandatos de José Sócrates.

Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crisemundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projectos de educação).

E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes.

Quanto ao aumento dos impostos, a reacção imediata com a economia a encolher ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afectará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão.

Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar.

É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português.

Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado de suas ideias e propostas.

Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente.

Essa classe, enviou os interesses de Portugal no esgoto, pediu sacrifícios aolongo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha.

Que apelativo, o ditado : “Quem não está bem, que se mude”. Certo, bem longe de Portugal, como todos os que possam, estão fazendo. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe política abominável.

T B-H.

3 Comments:

Blogger pvnam said...

---> PORTUGAL não é um regime... é uma Identidade.
---> Uma Identidade deve (deveria) sobreviver qualquer que fosse o regime...
---> O problema não é o fim da III República... o problema é o fim da Identidade PORTUGAL.


---> A superclasse (alta finança internacional) não só pretende conduzir os países à IMPLOSÃO da sua Identidade... como também... pretende conduzir os países à IMPLOSÃO economica/financeira. Paul Krugman, por exemplo, pretende que países à beira da bancarrota... aumentem ainda mais a sua despesa pública!!!...


ANEXO:
-> A Superclasse (alta finança internacional) ambiciona um Neofeudalismo - uma Nova Ordem a seguir ao caos -, consequentemente, a Superclasse pretende "dividir/dissolver Identidades para reinar"... [nota: a Superclasse controla os Media, e não só...]
--->>> Começa-se a perceber que a superclasse (que andou a fomentar o caos por todo o lado...) está agora a apontar para uma Nova Ordem - Joe Berardo (19/02/11): "um novo género de ditadura que todos temos de aprender".

segunda-feira, março 28, 2011  
Anonymous Anónimo said...

“-> A Superclasse (alta finança internacional) ambiciona um Neofeudalismo – uma Nova Ordem a seguir ao caos -, consequentemente, a Superclasse pretende “dividir/dissolver Identidades para reinar”… [nota: a Superclasse controla os Media, e não só...]”

É essa a “liberdade” que nos espera… Um contexto de desemprego e crise permanentes acompanhados de cartelização das empresas/corporações prestadoras de cuidados de saúde e subsequente aumento de preços. Assim a populaça vai ser dominada.

Até que um dia dar-se-á um banho de sangue em algum lado e virá um “new deal” outra vez…

Liberais e comunistas têm de facto muito em comum: ou são tolos ou são perversos…

segunda-feira, março 28, 2011  
Anonymous Anónimo said...

PVNAM, não me está a dizer novidades, mas por favor seja mais específico, os comentários perdem-se assim.
Cumprimentos.
Toupeira

segunda-feira, março 28, 2011  

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