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Dívida alemã a um ano transaccionada com juros negativos
Só por volta das 15h é que as taxas de juro implícitas às transacções de Bilhetes do Tesouro com maturidade de um ano voltaram para terreno positivo.
Durante a manhã, os valores das taxas – que reflectem os preços de mercado, mas não correspondem sempre a transacções efectivamente realizadas, podendo tratar-se de apenas intenções comunicadas ao mercado – chegaram a estar em -0,116%, segundo informações da agência Reuters.
Quem esteve comprador de dívida Bilhetes do Tesouro alemães das 7h às 15h perdeu dinheiro para o Tesouro alemão, uma situação que é inédita no caso da dívida germânica nesta maturidade, mas que já se verificou nos últimos meses com títulos suíços, considerados um refúgio mais seguro face à crise da dívida na zona euro.
Depois de oito horas com juros negativos, as taxas nesta maturidade estão agora positivas, mas ainda muito próximas dos 0% (0,01%), recuando em relação à taxa média de ontem. As Obrigações do Tesouro a dez anos, a maturidade de referência nos mercados financeiros, estão também a cair, para 2,278%.
Portugal segue com as taxas de juro da dívida de médio e longo prazo em níveis recorde, ao contrário dos títulos italianos e espanhóis, que estão a recuar.
Esta tendência contraditória entre as taxas de países sob maior pressão dos mercados (Itália e Espanha com os juros em queda, Portugal – e Grécia – com taxas recorde) acontece no dia em que os bancos centrais dos principais países desenvolvidos acordaram medidas temporárias para fornecer liquidez à banca e um dia depois da reunião de Bruxelas onde os ministros das Finanças da zona euro foram forçados a admitir que o fundo de socorro do euro (FEEF) não conseguirá ser aumentado para os níveis estimados com as fórmulas acordadas na última cimeira.
Os títulos portugueses a dez anos subiram para os 14,169%, a cinco anos para 18,149%, praticamente o mesmo valor das taxas a dois anos, que estão em 18,148%.
As taxas italianas nestas três maturidades estão a cair, mas mantêm-se acima dos 7%, o patamar considerado por alguns analistas como perigoso a prazo para um razoável sustentabilidade do custo financiamento do Estado. A dez anos, os títulos estão nos 7,07%, a cinco nos 7,58% e a dois nos 7,06%.
Espanha regista também hoje uma descida das taxas de juro: na maturidade de dez anos seguem nos 6,28%; a cinco recuaram do patamar dos 6%, estando agora nos 5,92%; a dois anos baixaram para 5,43%.
Durante a manhã, os valores das taxas – que reflectem os preços de mercado, mas não correspondem sempre a transacções efectivamente realizadas, podendo tratar-se de apenas intenções comunicadas ao mercado – chegaram a estar em -0,116%, segundo informações da agência Reuters.
Quem esteve comprador de dívida Bilhetes do Tesouro alemães das 7h às 15h perdeu dinheiro para o Tesouro alemão, uma situação que é inédita no caso da dívida germânica nesta maturidade, mas que já se verificou nos últimos meses com títulos suíços, considerados um refúgio mais seguro face à crise da dívida na zona euro.
Depois de oito horas com juros negativos, as taxas nesta maturidade estão agora positivas, mas ainda muito próximas dos 0% (0,01%), recuando em relação à taxa média de ontem. As Obrigações do Tesouro a dez anos, a maturidade de referência nos mercados financeiros, estão também a cair, para 2,278%.
Portugal segue com as taxas de juro da dívida de médio e longo prazo em níveis recorde, ao contrário dos títulos italianos e espanhóis, que estão a recuar.
Esta tendência contraditória entre as taxas de países sob maior pressão dos mercados (Itália e Espanha com os juros em queda, Portugal – e Grécia – com taxas recorde) acontece no dia em que os bancos centrais dos principais países desenvolvidos acordaram medidas temporárias para fornecer liquidez à banca e um dia depois da reunião de Bruxelas onde os ministros das Finanças da zona euro foram forçados a admitir que o fundo de socorro do euro (FEEF) não conseguirá ser aumentado para os níveis estimados com as fórmulas acordadas na última cimeira.
Os títulos portugueses a dez anos subiram para os 14,169%, a cinco anos para 18,149%, praticamente o mesmo valor das taxas a dois anos, que estão em 18,148%.
As taxas italianas nestas três maturidades estão a cair, mas mantêm-se acima dos 7%, o patamar considerado por alguns analistas como perigoso a prazo para um razoável sustentabilidade do custo financiamento do Estado. A dez anos, os títulos estão nos 7,07%, a cinco nos 7,58% e a dois nos 7,06%.
Espanha regista também hoje uma descida das taxas de juro: na maturidade de dez anos seguem nos 6,28%; a cinco recuaram do patamar dos 6%, estando agora nos 5,92%; a dois anos baixaram para 5,43%.
10 Comments:
Evidentemente, um tal desmoronamento desordenado da Zona Euro constituiria um choque tão severo como o do colapso do Lehman Brothers em 2008, se não mesmo pior. Para o evitar, as economias do núcleo da Zona Euro terão de escolher a quarta e última opção: subornar a periferia para que se mantenham num estado de fraco crescimento, sem qualquer competitividade. Isso exigirá que aceitem sofrer perdas com uma significativa proporção da dívida pública e privada, bem como uma avultada transferência de dinheiro que impulsione os rendimentos da periferia, numa altura em que a sua produção estará estagnada.
De certa forma, é isso que Itália tem vindo a fazer há décadas: usar a ajuda das suas regiões do Norte para subsidiar as regiões mais pobres do Mezzogiorno. Mas essas transferências orçamentais permanentes são politicamente impossíveis na Zona Euro, onde os alemães são alemães e os gregos são gregos.
Isso significa também que a Alemanha e o BCE têm menos poder do que aquilo que pensam. Se não abandonarem o ajustamento assimétrico (deflação recessiva), que concentra todas as dores na periferia, e se não optarem por uma abordagem mais simétrica (austeridade e reformas estruturais na periferia, conjugadas com uma reflação em toda a Zona Euro), o incipiente derrube da união monetária irá acelerar à medida que os países da periferia forem entrando em incumprimento e abandonando a Zona Euro.
O recente caos na Grécia e em Itália pode ser o primeiro passo deste processo. Claramente, a Zona Euro não pode continuar a agir como tem feito até agora. Se a Zona Euro não caminhar no sentido de uma maior integração política, económica e orçamental (num caminho consistente com o restabelecimento do crescimento, competitividade e sustentabilidade da dívida no curto prazo, necessário para solucionar o problema da insustentabilidade da dívida e para reduzir os crónicos défices orçamentais e externos), a deflação recessiva irá certamente conduzir a um desmoronamento desordenado.
O problema é que falta "categoria" ao nossos politicos! Se houve coisa que desapareceu foi a noção da "categoria" que existia antigamente, "categoria" exige um certo berço, uma certa educação, um certo estilo, para que não aconteça que o politico fique deslumbrado quando chega aos requintes do poder, exactamente o problema que tem acontecido nos ultimos 37 anos...
O problema é que falta "categoria" ao nossos politicos! Se houve coisa que desapareceu foi a noção da "categoria" que existia antigamente, "categoria" exige um certo berço, uma certa educação, um certo estilo, para que não aconteça que o politico fique deslumbrado quando chega aos requintes do poder, exactamente o problema que tem acontecido nos ultimos 37 anos...
Vai ser lindo em 2012... vai, mas é quando se fizer o orçamento para 2013. Com o PIB a decrescer e o deficit (em função do PIB) a aumentar. Vai ser lindo, vai...
A seguir deixarão de pagar as férias (e receberei 11 meses por ano), mas está certo, porque não trabalho nas férias. A não ser que cortem as férias, para aumentar a "produtividade"...
Mas não vai chegar.
Tomates para renegociar as PPPs não têm,... é só malhar em quem ganha pouco,... e continua o forrobodó,... nem tomates têm para criar estruturas de produção e desenvolvimento,... produção com coisas que os outros queiram, mas andam com a conversa de vender sectores estratégicos como a energia,...
Todos somos brandos até deixarmos de o ser
Parece mais ou menos certo que por muita responsabilidade que o povo tenha tido, os dados concretos da equação só os governantes os conheciam. E ninguém senão eles poderia e DEVERIA ter agido segundo a lógica do bom pagador que não gasta mais do que aquilo que tem. Agora vemos uma Nação de cidadãos que já nem vai protestar SÓ pelas medidas que estão em cima da mesa hoje mas que se rebela também por tudo o que foi feito desde há muitos anos a esta parte. Desde Cavaco que criou este maldito sistem ...
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Parece mais ou menos certo que por muita responsabilidade que o povo tenha tido, os dados concretos da equação só os governantes os conheciam. E ninguém senão eles poderia e DEVERIA ter agido segundo a lógica do bom pagador que não gasta mais do que aquilo que tem. Agora vemos uma Nação de cidadãos que já nem vai protestar SÓ pelas medidas que estão em cima da mesa hoje mas que se rebela também por tudo o que foi feito desde há muitos anos a esta parte. Desde Cavaco que criou este maldito sistema de pseudo aumento do nivel de vida através do crédito mas fugindo SEMPRE a aumentar os salários e o nivel de vida REAL da nação, que teve como mais ninguém MILHÕES a entrar DIARIAMENTE nos cofres do País mas que nunca reformou NADA e hoje aparece a dizer que se perdeu a oportunidade de fazer as reformas necessárias, até Sócrates que mentiu descaradamente à Nação dizendo e jurando que não se passava NADA e que tudo ia bem, enterrando-nos neste BURACO. Passando por políticos como Guterres que criou um subsídio romantico que não passou de uma prenda envenenada pois até quem recebe o R.S.I. está hoje condenado e PIOR do que estaria se nada tivesse sido feito, passando por Barrosos que se afirmam politicamente como capazes e voluntários para governar e depois fogem escandalosamente com o rabo entre as pernas, até ao Tribunal de contas que não condena os sucessivos governos que desrespeitam sistematicamente as leis anuais do Orçamento. Pelos Isaltinos que continuam a dar a cara sorridentemente, aos Portas que depois de um processo em que se descobre que as contrapartidas declaradas para a compra dos submarinos eram falsas e que afinal foram para financiar a campanha do PP, mas que arranjam maneira de suspender as magistradas encarregues do processo e andam por aí de cara lavada quando no lado alemão já foram presas pessoas no âmbito desse processo. Por tudo o que é e tudo o que já foi, ou alguém tem a presença de espírito para compreender que as coisas têm de MUDAR depressa, ou os Portugueses ainda vão acabar às turras uns com os outros e não será bonito. Todos são brandos até deixarem de o ser. E a corda não tem muito mais por onde esticar.
Só muda a gatunagem de resto é roubar os tugas, com as privatizações lá vão receber mais umas luvas para os offshore,... e os tugas cada vez mais pobres à conta deste fado,.. até ao dia em que partam os dentes aos políticos,...
Na verdade, para aplicar as ordens de quem manda, nada como técnicos obedientes. Independentemente das consequências. Os tais "bons alunos".
O problema é que quem manda não foi eleito para tal, nem em Itália nem na Grécia, nem em Portugal, nem mesmo na própria UE. Isto só pode acabar mal.
O relatório da Natixis refere o que deveria ser óbvio para todos. A nossa estrutura económica torna impossível o sucesso destas medidas.
Nem mesmo se descêssemos ao nível da China, a nível de direitos e custo do trabalho, conseguiríamos ser competitivos. É um problema de escala e de opções estratégicas erradas, tomadas na outra fase em que também fomos "bons alunos".
Se não concentrarmos os nossos esforços neste problema estrutural, só estamos a empobrecer e a ser castigados pelos supostos crimes cometidos (e.g. comprar casa a crédito), sem resolvermos problema algum.
Os "mercados" só precisam de sentir que a UE funciona como os EUA, e o BCE como a Reserva Federal. O empobrecimento não lhes dá garantia nenhuma, pelo contrário.
A partidarização da função pública destruiu o saber técnico que por lá existia e o substituiu por uma lógica de subserviência aos boys do momento, que se foram acumulando na estrutura hierárquica do Estado.
Com uma função pública forte, apartidária e a operar numa lógica de serviço público, teria sido muito difícil chegarmos onde chegámos. Os partidos e as suas clientelas tomaram conta da máquina do Estado com o objectivo de servir os seus interesses.
Uma função pública forte é essencia ...
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da função pública destruiu o saber técnico que por lá existia e o substituiu por uma lógica de subserviência aos boys do momento, que se foram acumulando na estrutura hierárquica do Estado.
Com uma função pública forte, apartidária e a operar numa lógica de serviço público, teria sido muito difícil chegarmos onde chegámos. Os partidos e as suas clientelas tomaram conta da máquina do Estado com o objectivo de servir os seus interesses.
Uma função pública forte é essencial para a democracia, mas estamos a fazer tudo ao contrário.
Isso seria bonito, se não representarem tdos a mesma corrente LIBERAL!
Os que foram nomeados são tecnocratas duma mesma corrente liberal. Mas o povo começa a perceber que essa corrente, que nos trouxe esta desgraça, já deveria ter sido abandonada há muito tempo!
P ...
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Os que foram nomeados são tecnocratas duma mesma corrente liberal. Mas o povo começa a perceber que essa corrente, que nos trouxe esta desgraça, já deveria ter sido abandonada há muito tempo!
Por isso eles tiveram medo, muito medo, do julgamento do povo e tentam impedi-lo por todos os meios possíveis, o resto é apenas lavagem cerebral da comunicação social, controlada por essa mesma corrente liberal!
Foi por esta via, com o apoio popular, que a maior parte dos ditadores europeus do início do século XX chegou ao poder.
Se a corrupção subverte a democracia, então ataque-se a corrupção, não se destrua a democracia.
Por esta via regredíamos também no sufrágio universal, uma vez que não faz qualquer sentido o povo ignorante votar sobre matérias que não domina.
Mas a verdade é que políticos ou tecnocratas apenas estão no poder se e enquanto corresponderem à manutenção dos interesses instalados. No actual contexto não muda nada, nem sequer as moscas.
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