Fitcha boca!
"Quando o doutor Watson expressou surpresa por Sherlock Holmes não saber que a Terra e a Lua giravam à volta do Sol, o conhecido detective ripostou que só guardava na memória o que necessitava para o seu trabalho. A Fitch é uma pulga amestrada: só guarda na memória o que lhe interessa para as suas científicas conclusões.
Dali já não se pode esperar nada, porque a Fitch vive num mundo que ainda não descobriu Nicolau Copérnico. A Fitch colocou Portugal no lixo porque vem aí uma recessão. Ela virá devido à austeridade brutal que vamos viver por sugestão da Fitch. Que pede agora mais um apertão do cinto para depois ter mais uma confirmação de que estamos em recessão.
A Fitch é o Júlio de Matos global. Enquanto vai atirando como um pistoleiro contratado, esquece que a crise já não está confinada aos pecadores do sul. Desapareceu o mapa astral da crise onde a Alemanha seria o Céu, os países do sul o Purgatório e a Grécia o Inferno. Pelos vistos os investidores já não querem investimentos em euros, como se estivessem a tocar finados pela moeda única.
Mas enquanto nada se decide a Fitch continua à solta, fazendo com prazer de torcionária, a exercer sevícias sobre quem está amarrado de pés e mãos. É por isso que a sociedade precisa de erupções cutâneas como a greve geral que decorreu, mesmo que ela seja irrelevante. A questão, como a Fitch mostra apesar de alguns eruditos ainda estarem confundidos, não é a "imagem externa" de Portugal. Não é por sermos bem comportados que a Fitch nos ama. Como canta o duo Tjizzão & Zécas: "Sai daqui, fitcha boca, não te damos uma djoka, tu não és da nossa tropa ..."
Fernando Sobral
Dali já não se pode esperar nada, porque a Fitch vive num mundo que ainda não descobriu Nicolau Copérnico. A Fitch colocou Portugal no lixo porque vem aí uma recessão. Ela virá devido à austeridade brutal que vamos viver por sugestão da Fitch. Que pede agora mais um apertão do cinto para depois ter mais uma confirmação de que estamos em recessão.
A Fitch é o Júlio de Matos global. Enquanto vai atirando como um pistoleiro contratado, esquece que a crise já não está confinada aos pecadores do sul. Desapareceu o mapa astral da crise onde a Alemanha seria o Céu, os países do sul o Purgatório e a Grécia o Inferno. Pelos vistos os investidores já não querem investimentos em euros, como se estivessem a tocar finados pela moeda única.
Mas enquanto nada se decide a Fitch continua à solta, fazendo com prazer de torcionária, a exercer sevícias sobre quem está amarrado de pés e mãos. É por isso que a sociedade precisa de erupções cutâneas como a greve geral que decorreu, mesmo que ela seja irrelevante. A questão, como a Fitch mostra apesar de alguns eruditos ainda estarem confundidos, não é a "imagem externa" de Portugal. Não é por sermos bem comportados que a Fitch nos ama. Como canta o duo Tjizzão & Zécas: "Sai daqui, fitcha boca, não te damos uma djoka, tu não és da nossa tropa ..."
Fernando Sobral
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