A equidade da austeridade e a austera equidade das palavras, bem....
Com respeito ao apelo do Exº Sr. Presidente da
Republica, sobre a alegada equidade na austeridade, junto envio respeitosamente
à consideração e consciência de V. Exºs o email que circula na net e cujo
conteúdo subscrevo na integra com excepção de alguma linguagem
...
E
mais....... Sabiam que o Banco de Portugal comparticipa aos seus funcionários
100% das despesas de saúde? Quem paga isso? Somos nós os contribuintes, enquanto
que a ADSE paga só aquilo que nós sabemos.
É por
isso que funcionários do Banco de Portugal fazem implantes dentários e os
"outros implantes" que estão agora na moda às funcionárias e às mulheres dos
funcionários.
Mais, todos tem 900€ por anos para livros dos
filhos...
Mais, todos tem 50% de comparticipação na compra de
computadores privados e material informático...
Mais, antes que a Bola de Neve da opinião publica
crescesse demais, pagaram
excepcionalmente este ano, a 06 de Janeiro, o Subsidio de Ferias, quando
costumam recebe-lo a 21 de janeiro com o vencimento.
Como é isto possível?
E nós que somos os pagantes, ficamos
calados???,,,,
Vá
bardamerda senhor Governador!
Neste país há investigadores universitários que
estudam todos os dias até altas horas da noite, que trabalham continuamente sem
limites de horários, sem fins-de-semana e sem feriados. Há professores
universitários que dão o seu melhor, que prepararam cuidadosamente as suas aulas
pensando no futuro dos seus alunos, que dão o melhor e sem limites pelas suas
universidades. Há policias que ganham miseravelmente, que não recebem horas
extraordinárias, que pagam as fardas do seu bolso e para sobreviverem têm de
prestar os serviços remunerados.
Toda esta gente e muita mais que poderia ser
referida foi eleita como a culpada da crise, denunciada como gorduras do Estado,
tratada como inutilidade social, acusada de ganhar mais do que a média,
desprezada por supostamente não ser necessária para certos políticos se manterem
no poder. Mas há uns senhores neste país que ganham muito mais do que a média
dos funcionários públicos, que têm subsídios extras para tudo e mais alguma
coisa, que cumprem com incompetência as suas funções, que recebem pensões
chorudas, que vivem do dinheiro dos contribuintes como todo o Estado, mas que
não foram alvo de nenhuma das medidas de austeridade que até hoje foram
aplicadas aos funcionários públicos. São os meninos e meninas do
BdP.
Ainda as pessoas mal estavam refeitas do anúncio da
pilhagem aos seus rendimentos e há um tal Costa, governador do Banco de
Portugal, vinha defender que as medidas deste OE deveriam prolongar-se para além
de 2014. Isto é, o senhor defende que os cortes se tornem definitivos. No mesmo
dia a comunicação social informava que as medidas de austeridade aplicadas aos
funcionários públicos não seriam aplicadas aos funcionários do banco de
Portugal, o argumento para tal situação era o da independência do
banco.
Mas se o Governo não pode nem deve interferir na
gestão do BdP e o senhor Costa se comporta como um cruzamento entre a ave
agoirenta e o Medina Carreira o mínimo que se espera é que ele dê o exemplo pois
nada o impede de aplicar aos seus (incluindo os pensionistas do BdP) a
austeridade que exige aos outros. No caso do BdP o senhor Costa não só estaria a
adaptar as mordomias dos funcionários públicos e pensionistas do BdP à realidade
do país como estaria a dar um duplo exemplo, um exemplo porque aplica aos seus a
austeridade que exige aos outros e um exemplo porque chama os seus a responder
pela incompetência demonstrada enquanto entidade reguladora de bancos como o BPN
ou o BPP.
Porque razão um professor catedrático de finanças
ganha menos do que um quadro do BdP, não recebe subsídio para livros como este e
na hora da austeridade perde parte do vencimento e os subsídios enquanto o
funcionário público do BdP não corta nada e muito provavelmente ainda recebe um
aumento?
E já que falamos no BdP que tanto se bate pela
transparência das contas públicas e do Estado enquanto o seu governador anda por
aí armado em santinha das finanças, porque razão os vencimentos e mordomias do
BdP não aparecem no seu site de forma a que sejam conhecidas pelos contribuintes
que as pagam? Todas as colocações, subidas de categoria e remunerações dos
funcionários públicos são divulgadas no Diário da República mas o que se passa
no BDP é segredo, muito provavelmente para que o povo não saiba e assim manterem
o esquema.
Ainda a propósito de transparência seria
interessante saber porque razão os fundos de pensões da banca vão ser
transferidos para o Estado e o do Banco de Portugal fica de fora. O argumento da
independência não pega, o que nos faz recear que o fundo de pensões seja
abastecido de formas pouco aceitáveis para os portugueses. Seria interessante,
por exemplo, saber a que preço e em que condições uma boa parte do imobiliário
que o banco detinha por todo o país foi transferido para o fundo de pensões dos
seus dirigentes e funcionários.
É por estas e por outras o senhor Costa não tem
autoridade moral para propor o mais pequeno sacrifício seja a quem for e deveria
abster-se de parecer em público, este senhor só merece a resposta que lhe daria
o saudoso Almirante Pinheiro de Azevedo:
«vá bardamerda, snr. governador»!...
3 Comments:
p..que os p...
Sacrifícios só para alguns.
Estes tipos lixaram completamente o país
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