Os meninos do Goldman, os economistas de casino em geral e os batoteiros do costume...
O FMI acaba de divulgar o seu novo relatório sobre a ajuda a Portugal, resultante da terceira avaliação do programa, realizada em Fevereiro, e as conclusões não são as mais optimistas. Apesar de dizer que o programa está a ser implementado e que as metas orçamentais são viáveis, a instituição admite que há “desafios significativos” pela frente.
“Grande parte do ajustamento orçamental ainda tem de ser feito nos próximos anos. E, à medida que este ajustamento for ocorrendo, e se combinar, possivelmente, com um ambiente externo mais fraco, uma recessão mais profunda do que a actualmente prevista é bem possível”, admite o FMI.
Mas o mais preocupante é o reconhecimento, por parte da instituição, de que a receita que está a ser seguida pela troika pode, afinal, revelar-se insuficiente para resolver os problemas nacionais. “A busca simultânea da austeridade orçamental, das reformas estruturais e da desalavancagem da economia – objectivos que podem ter efeitos cruzados – aumenta o risco de que o objectivo do programa de reduzir rapidamente os desequilíbrios macroeconómicos permaneça fora do alcance no curto prazo”, admite o FMI.
A instituição destaca ainda que as taxas de juro da dívida nacional nos mercados, apesar da recente melhoria, permanecem “elevadas e voláteis” e que, se Portugal quiser regressar aos mercados em 2013, tal como está previsto, ainda tem muito trabalho pela frente para recuperar a confiança dos investidores. Para isso, salienta o fundo, é essencial “redobrar os esforços para evitar deslizes orçamentais, sobretudo em 2012, quando a recessão irá intensificar-se, e implementar as reformas estruturais de acordo com o calendário”.
Crescimento e dívida colocam dúvidas
Igualmente preocupante é o facto de o FMI admitir, neste relatório, que as perspectivas de crescimento para além de 2012 se revelam “incertas”. As previsões do fundo apontam para um crescimento de 0,3% em 2013 e de 2% em 2014, mas, salienta a instituição, isto reflecte apenas uma “recuperação cíclica” e “há mesmo alguma incerteza” quanto a estas projecções.
Para contornar este cenário, a receita do FMI não é mais austeridade, mas, sim, a identificação e adoptação de várias reformas para estimular a actividade económica. A instituição recorda que, quando foi negociado o programa, se esperava que a desvalorização fiscal (descida da taxa social única compensada com subida do IVA) desempenhasse esse papel. Contudo, até agora, “houve poucos progressos em identificar uma alternativa a isso – uma falha que os técnicos [do FMI] pediram às autoridades para resolver o mais rapidamente possível”.
Na ausência de medidas de estímulo económico, salienta o fundo, “não se espera que Portugal recupere a quota de mercado que tem vindo a perder nos últimos anos”.
Além disso, avisa o FMI, se a recessão se revelar mais profunda do que o previsto, ou se as taxas de juro da dívida forem mais altas, o esforço de redução da dívida pública fica comprometido.
A instituição prevê que o endividamento atinja o seu pico em 2013 (115% do PIB) e que desça gradualmente depois disso, estabilizando abaixo dos 80% em 2030. Mas admite que “uma combinação adversa de baixo crescimento, altas taxas de juro e um saldo primário menor colocaria a dívida numa trajectória insustentável”.
“Grande parte do ajustamento orçamental ainda tem de ser feito nos próximos anos. E, à medida que este ajustamento for ocorrendo, e se combinar, possivelmente, com um ambiente externo mais fraco, uma recessão mais profunda do que a actualmente prevista é bem possível”, admite o FMI.
Mas o mais preocupante é o reconhecimento, por parte da instituição, de que a receita que está a ser seguida pela troika pode, afinal, revelar-se insuficiente para resolver os problemas nacionais. “A busca simultânea da austeridade orçamental, das reformas estruturais e da desalavancagem da economia – objectivos que podem ter efeitos cruzados – aumenta o risco de que o objectivo do programa de reduzir rapidamente os desequilíbrios macroeconómicos permaneça fora do alcance no curto prazo”, admite o FMI.
A instituição destaca ainda que as taxas de juro da dívida nacional nos mercados, apesar da recente melhoria, permanecem “elevadas e voláteis” e que, se Portugal quiser regressar aos mercados em 2013, tal como está previsto, ainda tem muito trabalho pela frente para recuperar a confiança dos investidores. Para isso, salienta o fundo, é essencial “redobrar os esforços para evitar deslizes orçamentais, sobretudo em 2012, quando a recessão irá intensificar-se, e implementar as reformas estruturais de acordo com o calendário”.
Crescimento e dívida colocam dúvidas
Igualmente preocupante é o facto de o FMI admitir, neste relatório, que as perspectivas de crescimento para além de 2012 se revelam “incertas”. As previsões do fundo apontam para um crescimento de 0,3% em 2013 e de 2% em 2014, mas, salienta a instituição, isto reflecte apenas uma “recuperação cíclica” e “há mesmo alguma incerteza” quanto a estas projecções.
Para contornar este cenário, a receita do FMI não é mais austeridade, mas, sim, a identificação e adoptação de várias reformas para estimular a actividade económica. A instituição recorda que, quando foi negociado o programa, se esperava que a desvalorização fiscal (descida da taxa social única compensada com subida do IVA) desempenhasse esse papel. Contudo, até agora, “houve poucos progressos em identificar uma alternativa a isso – uma falha que os técnicos [do FMI] pediram às autoridades para resolver o mais rapidamente possível”.
Na ausência de medidas de estímulo económico, salienta o fundo, “não se espera que Portugal recupere a quota de mercado que tem vindo a perder nos últimos anos”.
Além disso, avisa o FMI, se a recessão se revelar mais profunda do que o previsto, ou se as taxas de juro da dívida forem mais altas, o esforço de redução da dívida pública fica comprometido.
A instituição prevê que o endividamento atinja o seu pico em 2013 (115% do PIB) e que desça gradualmente depois disso, estabilizando abaixo dos 80% em 2030. Mas admite que “uma combinação adversa de baixo crescimento, altas taxas de juro e um saldo primário menor colocaria a dívida numa trajectória insustentável”.
6 Comments:
Eu não sou economista, nem a maior parte dos Portugueses e já previa-mos que com medidas de austeridade sem qualquér
contrapartida íam levar economia ao
descalabro, as falências íam disparar e o desemprego aumentar EXPONENCIALMENTE.
NÃO ACREDITO QUE NÃO O TIVESSEM PREVISTO. Penso que é mesmo isso que estavam à espera e de muito mais. Assim comprarão
empresas estratégicas a preço de SALDO. Salvam os seus interesse financeiros e as suas próprias indústrias porque já
não seremos concorrência aos seus produtos. Tudo faz parte de um plano maior para a aniquilação, e ocupação económica
de Portugal. A culpa é dos políticos que se venderam e venderam portugal aos estrangeiros.
Será que alguém acredita que o que nos dizem os estrangeiros são coisas boas para nós Portugueses? Não
estarão a salvaguardar os seus próprios interesses? Não querem que cresçamos porque não querem concorrência
para os seus produtos e serviços ? Querem quem lhes faça o trabalho que os seus nacionais não querem fazer ?
Quém será capáz de acreditar que as políticas impostas a Portugal por potências e entidades estrangeiras são
políticas que vão tirar Portugal da Pobreza ? Será que não repararam que eles não querem que vivamos melhor,
tenhamos mais meios de subsistência e sejamos motivo de preocupação em termos de concorrência de produtos e
serviços ? A europa quér manter o Status Quo desde a 2ª GM e daí as imposições políticas da srª Merkel, da
europa e Troikas.Um dos argumentos do 25 de Abril foi porque diziam que eramos atrazados em relação ao resto da europa. Pelos
vistos querem que continuemos a se-lo. Aínda vai chegar o tempo em que povo reclamará justiça e prisão para quem destruiu portugal
em todo os seus domínios. Economia, agricultura, turísmo, pescas, acabou com a igualdade de acesso à saúde, retirou
subsídios e roubou salários. Beneficiou a banca responsavel pela crise e destruiu as empresas nacionais, provocando
desemprego, fome e miséria. Tudo isto encapotado com a mentira do progresso. Ajudou os estrangeiros a tomar conta de
portugal e entregou as suas empresas estratégicas a preço de saldo. Salvaguardou os interesses da Maçonaria, da Troika
, de Nazimerkel, da desunião europeia e do moribundo euro. Ficarão na história como os maiores bandidos que governaram Portugal
Nunca gostei de bons alunos. E, por isso, não gosto desta cambada de mentirosos que nos governam. Sempre o Passos Coelhos tivesse coluna vertebral, depois das declarações que fez antes de ser o 1º Ministro, demitia-se...Assim, faria qualquer HOMEM de palavra e honra. Mas, seria esperar demais destes badamecos
não vislumbro nada de bom para o futuro do pais, depois do governo de Sócrates ter deixado o pais à beira da banca rota, veio o governo de direita neoliberal de Coelho e Gaspar que em vez de tentar o equilibrio entre a redução do défice público e o crescimento económico entrou à bruta apenas com o abjectivo de reduzir o défice descurando a economia, o resultado está à vista, o empobrecimento da população que vive do seu trabalho, dos pensionistas, as dificuldades das pequenas e medias empresas, os bancos a não terem margem de manobra financeira para apoiar a economia deixando de sder financiadores da actividade económica para serem proprietários de casas, concluindo se o Sócrates nos deixou na pré falencia o Coelho levou-nos para a miséria uma espécie de um buraco negro de onde vai ser muito dificil sair
O bom aluno que continua a chumbar nos mercados...
...às vezes ser bom aluno, não prova nada.
O grau de conhecimento não serve para nada, se não existe capacidade para a sua aplicação...
Em matemática Gaspar passará com 20 (21) valores, mas em política é um zero à esquerda...
Os países governam-se com políticas, económicas, financeiras e sociais, leia-se opções estratégicas, e não com contas de mercearia que qualquer um poderia fazer...
A desculpa do Sócrates, dos mercados e da troika, já não cola, porque as opções estão a estravazar essas três catástrofes, e apenas se está a acelerar o equilibrio das contas públicas para quando se chegar às próximas legislativas se poder distribuir uns "kinder surpresa" aos pobres...
...O problema é se ainda haverá empresas, empregados e país nessa altura...!!
Onde pára a política ???
Abaixo as "contas de merceeiro", ou vamos outra vez acumular as "não sei quantas toneladas de ouro", mas não existir um país digno desse nome ?
No período tenso que antecedeu o pedido de ajuda externa, o governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, e o Presidente da República, Cavaco Silva, estiveram em permanente contacto e dividiram, entre si, audiências com os principais protagonistas económicos para pressionar José Sócrates a recorrer à intervenção da troika.
Perante a resistência que o ex-primeiro-ministro revelou, até ao último momento, foram inúmeras as intervenções de banqueiros, do governador do BdP e do ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, ao longo de várias semanas – na maioria das vezes nos bastidores – para conseguir que Sócrates admitisse o inevitável. Como acabaria por acontecer às 20h38 de 6 de Abril de 2011, numa declaração do ex-chefe de Governo ao país, através da televisão, – que ficará para a história –, e depois de Teixeira dos Santos cerca de duas horas antes (às 18h02) ter quebrado a fidelidade a Sócrates, empurrando-o para o cenário que este a todo o custo queria evitar. «É necessário recorrer aos mecanismos de financiamento disponíveis no quadro europeu em termos adequados à actual situação política», anunciava o ex-ministro das Finanças, em declarações ao Negócios online.
Teixeira dos Santos era um dos protagonistas que há mais tempo pressionava Sócrates para accionar o pedido de ajuda externa. As relações entre os dois foram-se degradando e, numa altura em que já estavam de costas voltadas, Sócrates tentava provar o contrário.
Surge, então, uma notícia do Expresso online a relatar um almoço entre ambos para, alegadamente, concertarem estratégias sobre o pedido de ajuda. Quando estava numa reunião da Ecofin com Carlos Costa, Teixeira dos Santos soube da notícia e acabou por desmentir o tal almoço. «Se me perguntarem qual foi a ementa digo que foi vichyssoise», ironizou, numa referência a um célebre 'almoço virtual' da política portuguesa.
Carlos Costa é um dos actores centrais das semanas que precederam a crise. Além dos contactos com Belém, o governador também falava, quase diariamente, com o ministro das Finanças e com o primeiro-ministro para actualizá-los. Porém, estas conversas acabavam sempre com Sócrates a contrapor: «Mas eu tenho outros dados».
Carlos Costa e Teixeira dos Santos, concertados, promoveram uma reunião com Cavaco e alguns dos principais banqueiros nacionais, como Faria de Oliveira, Ricardo Salgado, Fernando Ulrich e Santos Ferreira, em mais uma tentativa para pressionar Sócrates a avançar com o pedido de ajuda externa. Na manhã de 6 de Abril outra intervenção de peso chega a Sócrates. Durante três horas, numa conversa muito dura, Mário Soares tenta convencer o ex-primeiro-ministro a pedir o apoio internacional.
Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, foi um dos apoios de Sócrates quase até ao fim. Acreditava nele e o líder do Governo telefonava-lhe frequentemente, muitas vezes já durante a noite, para a sua casa em Bruxelas. Outro apoio, fundamental, para o primeiro-ministro foi Angela Merkel. A chanceler alemã nunca escondeu que gostava de Sócrates. E acreditava nele. Acontece que o primeiro-ministro evitou sempre revelar-lhe a verdadeira situação financeira em que Portugal vivia
Há muito se percebeu que este (des)Governo se prepara para confiscar a pouca riqueza de milhões para a transferir para os poderosos. Há alguma dúvida? Nunca as tive. Zurzir estes Senhores até que a voz nos doa, impõe-se, não devemos deixar que nos tomem por parvos - afastá-los seria o ideal, todavia a dita democracia rpresentativa protege-os - sinceramente não sei como dar a volta à situação, sei, mas não me quero alongar em público (se o governo e o senhor presidente fazem leis lesivas dos direitos dos cidadãos às "escondidas", os cidadãos também podem começar a pensar em alternativas, nunca às claras, está bem de ver). Esta Europa já deu o que tinha a dar, acabar com ela é obrigação patriótica. Uma União onde um pato bravo do "plateau" se permite fazer considerações sobre a Espanha, da forma como o fez, há muito perdeu a credibilidade
Enviar um comentário
<< Home