terça-feira, outubro 09, 2012

Justas Medidas

Justas medidas

A Justiça portuguesa é forte com os fracos, mas muito débil perante os poderosos.

Aos ricos, tudo é permitido. Quando as sentenças não lhes são favoráveis, os recursos sucedem-se. Acresce que o arrastamento dos processos permite quase sempre a prescrição dos crimes de colarinho branco.
De cada vez que alguém com recursos económicos é condenado, a regra é recorrer. Da primeira instância, recorre para a Relação, de seguida para o Supremo e, se for caso disso, ainda para o Tribunal Constitucional. Os recursos económicos compram recursos judiciais.
Como estes têm o efeito de suspender as penas, os ricos jamais são presos. As decisões dos tribunais são assim desacreditadas.
Nem são verdadeiramente decisões, as sentenças representam apenas uma das muitas etapas de processos viciados e intermináveis.
Esta situação vergonhosa resolver--se-ia de forma simples. Bastaria tão--só que os recursos não suspendessem o cumprimento das penas. Houvesse vontade.
Por outro lado, o arrastamento dos processos, as manobras dilatórias arquitectadas por advogados ardilosos, levam à ultrapassagem de todos os prazos e até à obtenção da prescrição. O protelamento provocado pelos arguidos favorece-os.
O sistema beneficia assim o infractor. Para eliminar este tipo de expedientes, bastaria que as decisões dos tribunais suspendessem a contagem de tempo nos prazos de prescrição. Houvesse coragem.
Evitar-se-iam assim escândalos como foi o da prescrição dos processos a Américo Amorim por burla ao Fundo Social Europeu. E não assistiríamos também ao triste espectáculo dos múltiplos recursos interpostos por Isaltino Morais, que visam atingir os prazos de prescrição sem que aquele cavalheiro, já condenado por corrupção, seja alguma vez preso.
Se as manobras para arrastar processos nos tribunais não suspendessem as penas, mas adiassem os prazos de prescrição, a Justiça seria, de facto, democrática, igual para pobres e ricos.
Mas, a manter-se o actual ‘status quo', nem sequer temos um verdadeiro estado de direito. E um estado que não é de direito não é democrático.
 
Paulo Morais, professor universitário

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Por este andar ainda obrigam o BES e a Mota a participar no esforço colectivo...

Se isto continua assim, a não ser possível mascarar déficits com receitas extraordinárias e com o povão com carga tributária no limite, os governantes ainda vão ter que tocar ligeiramente nos rendimentos dos seus patrões...
Julgo que será mais provável uma implosão de portugal do que alguém ousar tocar numa PPP do BES e da Mota.

terça-feira, outubro 09, 2012  
Anonymous Anónimo said...

Portugueses preparem-se para a miséria… imaginem, com todas estas restrições, ainda vamos ter défice, quer dizer que estamos a gastar mais do que o rendimento que está disponível. Mesmo que o défice seja de 1 %. A divida total nunca baixa pelo contrário aumenta 1 %. Então não temos solução. Se deixarmos de pagar aos credores, teremos austeridade de forma descontrolada, então a miséria será maior. O melhor é a EU. nos ajudar, perdoarem-nos 50 % da divida e depois obrigarem-nos a ter pelo menos um superavit de 1 %, para não deixarmos que a divida aumente de forma descontrolada. Se isto acontecer a miséria continuará. Mas pelos menos não será tão acentuada.
Lembrem-se temos um pais, FALIDOOOOOO. E muitas famílias também estão falidas. O povo deve lutar para que a justiça funcione, e quem gere mal os dinheiros públicos de forma negligente deve ser condenado… mas prisão efetiva.. Devemos lutar para que exista uma maior justiça social… ou seja retirar de forma sustenta a que ganha mais. Exigir uma alteração à constituição para que esta não proteja os grupos organizados e poderosos (ex. sind). Exigir igualdade de direitos para privados e públicos….nº de horas de trabalho, regalias, salário médio, reforma média, segurança no trabalho….Estava-me a esquecer que esta última sugestão não é possível de concretizar, pois metade da população depende do Estado….logo não vão permitir…..que lhe tirem regalias… muitas delas injustas, só mesmo à força por falta de dinheiro. Devemos exigir uma mudança no sistema político, menos deputados, eleitos diretamente pela população. O número de deputados depender no número de votos válidos… Os ministros e diretores devem ganhar mais, pois a Cat…. ganha 30 000 euros mês, quase tanto como todos os ministros… não pode ser. Os ministros se ganharem mais, podem ser mais honestos e governar bem o pais, e no caso serem negligentes irem diretamente para a prisãoo… Na época das eleições, as promessas devem estar escritas em livro próprio fornecido pelo PR, e no caso de não cumprirem as promessas devem ir para a prisão e deve existir legislação para poder condenar os políticos mentirosos… assim os políticos pensam 5 vezes antes de candidatar… o resto restamos trabalharrrrrrrrrr e ter esperança

terça-feira, outubro 09, 2012  
Anonymous Anónimo said...

Descubra as diferenças entre o setor público e privado: Idade da Reforma, Valor médio dos salários do estado, Valor médio das reformas do estado, ADSE, Nº de dias de férias, Segurança no Trabalho, Nº de horas diárias de trabalho, Exigência do Patrão, Pontes, Greves, Tolerância de Ponto, outras… !Alguém já se lembrou de ver a esperança média de vida das pessoas do setor privado e público, era um estudo interessante para medir a exigência física e intelectual ao longo da vida. Alguém conhece alguma pessoa que deixou o setor público (efetivo) para ir para o setor privado? quantos? Façam um debate na televisão com os sindicatos, responsáveis de diferentes setores do estado, funcionários da RTP; funcionários do Banco de Portugal, partidos, trabalhadores do setor privado, maquinistas da CP, pessoas a recibos verdes, empresários, entre outros, e falem nas diferenças, para profissões idênticas, para toda a gente saber….Em todos os setores do público e privado, salario máximo devia ser de 2000 euros, reforma máxima de 1500 euros. O dinheiro era canalizado para a restante economia, devidamente justificado… isto sim é justiça social…. ! Imaginemos uma pessoa que ganha 30 000 mil euros numa empresa do estado ou privado, se ganhar 2000 euros, tem obrigação de continuar a viver bem, os restantes 28 000 mil euros podiam ir para 360 pessoas reformadas que ganham 250 euros, e passavam a ganhar 300 euros. Não acham justo???? Ninguém devia nada receber nada de borla, quem recebe subsidio desemprego e rendimento mínimo, para continuar a receber o subsídio, devia ser obrigado a apoiar a comunidade, com trabalho em lares, escolas, limpeza de espaços público…. Faz sentido os ministros ganharem cerca de….?? e algumas pessoas com ordenados…..?????? Em alguns locais (“estado”) existem “empregados” que ganham muito mais que os “patrões”???? O povo deve obrigar, que se façam leis de forma a que tenhamos 50 deputados, e que as pessoas que gerem os dinheiros públicos e privados de interesse nacional, cuja provada negligência grosseira, sejam colocadas em cadeias, criadas por exemplo no Alentejo, junto ao Alqueva, de forma a que tenham de trabalhar na agricultura para poderem comer….! Simplifiquem as leis de forma a que sejam facilmente aplicadas….!Querem aumentar a formação profissional dos trabalhadores de forma quase gratuita? Os desempregados podem dar formação a outros desempregados, ganhando uma majoração no subsídio, exemplo um informático desempregado ministra formação a outros desempregados que estejam interessados, um contabilista a outros que estejam interessados…em espaços disponíveis, por exemplo em escolas …!Tudo isto depende do povo….. !claro que como existe muitaaaaaaaaaaaaaa gente que depende do estado… e outras no setor privado, que têm regalias que não deviam ter…!, nunca será feito nada, por isso o povo tem o que merece…. miséria… e grandes desigualdades sociais injustificáveis. As manifestações na rua, devem ser realizadas de forma pacífica, deviam ir de encontro a estas questões… e não a piorar o mal que está feito, devíamo-nos centrar na resolução do problema e evitar que os mesmos se repitam no futuro. Ao domingo determinados locais deviam estar fechados, para as pessoas se dedicarem às suas famílias, onde andam os valores de algumas pessoas…?? Assim havia dinheiro para todos viverem com dignidade……! até faziam mais férias dentro de Portugal… que é o que temos de bom, o turismo….!quem não estivesse de acordo poderia ir viver para AFRICA!

terça-feira, outubro 09, 2012  
Anonymous Chico said...

Nunca na vida pensei vir a ter que depositar o meu voto com a cruz PCP. Mas perante tantos imbecis, incompetentes e corruptos sucessivos governos, não resta e ter a restia de esperança em provocar o caos, para derrubar de vez o sistema/mafia PS/PSD/CDS/ESPIRITO SANTO, instalado no poder...REVOLUÇÃO JÁ E COM MUITO SANGUE!!!!!!!!!!!!!!na de brincadeiras como o 25 de abril!!

terça-feira, outubro 09, 2012  

Enviar um comentário

<< Home

Divulgue o seu blog!