Já que ninguém conta a história da ida á Mexicana, conto eu :
Alvorecer do dia 01 de dezembro de 2000 no cais do Conde de Óbidos. O galo nem chegou a cantar, tal era a quantidade de maltosa que se acotovelava para assistir á partida da nau “ Ai Mia Doce Mia” ( humm ), dizia nau “Fernandinho”. A partida estava agendada para as 10h da manhã. Pelas 9h30, chegou o Bigre
devidamente acondicionado no seu carro – jaula, com a pele bem lustrada e as unhas devidamente cortadas e limadas. Enfim, estava um mimo, verdadeira tentação para qualquer tigresa que se preze.
Saiu do carro no meio dos aplausos da multidão delirante e subiu para uma tribuna armada para o efeito.
Faltava o Bardo. Não havia maneira de aparecer esse foleirão. Contactados os F.B.I., C.I.A., K.G.B., etc, ninguém sabia aonde ele andava. Temia-se o pior. Mas eis que alguém se lembrou de procurá-lo naquela lindíssima casa de chá que dá pelo nome de Champanhe. E não é que ele lá estava, adormecido no meio de uns bons nacos de carne (xiiii), queria dizer, garrafas vazias, claro, sem dúvida ( aonde fui buscar essa
dos nacos ). Depois de bem lavado, barbeado e devidamente vestido para a ocasião, lá finalmente apareceu na tribuna ao lado do Bigre por entre o choro das dançarinas e os gritos do proprietário do Champanhe “ Ai que eu vou perder o meu melhor cliente de sempre “. Depois de benções, foguetório, corte de fita e tudo o mais que em tais que em tais circunstâncias se costuma usar, o Bigre puxou por uma papelosa, ajeitou as lunetas Raio Bante e botou discurso:
Exmos srs Presidente, Governador, Presidente da Câmara , do Glorioso, minhas senhoras, meus senhores e restantes alarves sem classificação especial, ao partir para esta expedição em busca do caminho marítimo para a Mexicana, levo o meu país no coração. Já era tempo de que a boa gente do Terravista mostra-se ao resto da gajada que se anda para aí a armar ao pingarelho e a gabar-se que não sabemos aonde fica a mexicana que é mentira. Nós sabemos tudo. Tenho dito, pensam o quê?
O Bardo ainda tentou armar discurso mas foi prontamente metido na Nau, não fosse ele cantar.
Com o vento favorável, a nau iniciou a viagem com metade da corja a vomitar (talvez resultado da má digestão de um famoso queijo ) e a outra metade a jogar á batota, no meio de grande chavascal pois era uma maltosa do piorio.
Cansado pelo eloquente discurso e ansioso por se ir alambazar com um leitão á bairrada , o Bigre fechou-se na cabina a sete chaves..
O bardo andava de um lado para o outro no convés, desconfiado, com uma carga de contentores no porão que dizia “cordas super-resistêntes , Martelos Automatix e Peixes Ordralfabetix” - abrir em caso de necessidade. Os dias foram-se passando. Mas como todas as cenas com mar têm de ter uma tempestadezita.
Aqui vai ela (hihihi). Levantou-se uma tremenda tempestade, com raios e trovões, chuva a cântaros, ventos ciclónicos, vagalhões do camandro e tudo o mais que nessas ocasiões é de bom tom e de boa norma acontecer. Gerou-se uma confusão do catarino a bordo. Uns gritavam, outros não abriam o bico com o cagaço. O capelão, Frei Josélito esgotou todas as orações e exorcismos contra tempestades, trombas de água, tufões e figuras afins. Desatou depois a confessar os mais acagaçados. Até ao anoitecer o vendaval e os vagalhões continuaram a bater na nau. Não se via corno e ninguém sabia para aonde ela se dirigia. Dias e noites assim se passaram (já chega ?... Já ?... Ok)
O milésimo dia amanheceu calmo, bonançoso, com uma temperatura porreiraça.
Na nau, o povo recompunha-se como podia. O piloto, completamente pitosga com a falta dos óculos, andava pela nau ás apalpadelas e á canelada ás coisas, sem distinguir a proa da ré.
Stalossos cortava as cordas que o amarravam ao mastro.
O Bigre sacudia a água do pelo.
O bardo cuspia um enorme peixe da boca e gritava “mas eu não cantei”.
Assim iam quando perto das 2 da tarde, enquanto o Frei Josèlito glorificava o Altíssimo que os poupara, um sacana qualquer, para não chamar pior, que se tinha pirado para não gramar o sermão, apareceu aos gritos:
Porto, porto á vista.
O Bigre resolveu descer e perguntar a um marmanjo fardado de branco aonde estavam.
Entretanto o bardo salivava alarvemente (ops, devia ter trazido galochas... este gajo já me estragou os sapatos de camurça), com os olhos postos numa loiraça de gritos ( está-se a tornar fixação, bem ), com as devidas medidas (perfeitas) e uma chincha aveludada (chelap) que era um autêntico disparate, vestida com um minúsculo biquini que realçava mais o produto do que tapava ( quem me empresta um lenço, já me babei, droga).
Mas não chegou á fala com a pacaça porque logo o Bigre o “raptou” e partiram a cavalo (invejoso esse gajo).
No caminho explicou ao bardo que tinham aportado á Nazaré e que a Mexicana ficava a alguns km mais a norte.
Chegados á vila de Haifa (hem hem, foram enganados), lá no cimo do monte estava a Mexicana.
O bardo logo ameaçou cantar, problema esse prontamente resolvido com um peixe do Ordralfabetix.
Chegados ao café, depararam-se com o simples problema de como descobrir o Omar num café enorme e cheio de people. O bardo lembrou-se de usar o télélé mas este não tinha bateria.
O Bigre resolveu perguntar a um cromo que estava sentado a um canto vestido á Indiana Jones ( com chicote e tudo). Mostrou-lhe uma fotografia amarelada e ainda molhada do Omar.
O tipo respondeu que “ o mar fica lá em baixo. Até um cego via.”
Então o bardo explicou que não era o mar mas sim Omar, o que lhes valeu uma carga de lenha ( porrada, cachaporra, etc) bem dada.
Sentaram-se a uma mesa partidos e desolados. Assim estavam quando alguém os chamou de um canto.
Era o tio Omar (ufa, já não tinha mais tinta na caneta, estava a ver que nunca mais acabava).
Abraçaram-se todos perante uma multidão que batia palmas e empunhavam cartazes com “finalmente chegaram” e “até que enfim, seus marmelos”( não era para menos, não é ? ).
Sentaram-se á mesa a contar as peripécias e tudo leva a crer que ainda lá estão.
Moral da história: afinal aonde fica a Mexicana ?
Agradecimentos:
Ao Bigre por nunca me ter mordido;
Ao Assur por não ter cantado;
Ao Automatix (e seus martelos) e ao Ordralfabetix (e seus peixes) por terem “ajudado” o bardo a não cantar;
Á fábrica de cordas “Açus” ( deram muito jeito);
À loira por ter passado lá por casa, ops, por ter participado, he he;
Ao museu da marinha por ter emprestado o barco;
Ao Sr Madeira Araldite pela maravilhosa cola que impede a dentadura de cair bem como abrir a boca;
À sala de chá Champanhe pelas provocações e incentivos á imaginação;
À Portugália, Trindade, Luminosa, Ramiro pela boa fauna marítima;
Ao Omar pelo Cheque chorudo ( senão não havia história)
Ao RE pela quantidade de megas postos á nossa disposição;
Ao Frei pelo bom vinho que voltou a servir;
A Chip na esperança que um dia volte a dirigir-nos a palavra;
À Mia pela imaginação “verruguenta” e pelo único prémio que recebi na vida;
Ao Pelius pela chuva de versos;
Ao Ermita pelos conselhos;
Ao Predador pela ...( hé, esse sou eu, esqueçam )
Ao Thor na esperança que ele abra as janelas do castelo;
Á Mexicana por nunca ter revelado a sua localização;
Ao Menino pela surpresa;
Ao Ilusionista ( por qualquer coisa que agora não me lembro);
A toda a restante maralha que se considere incluída.
devidamente acondicionado no seu carro – jaula, com a pele bem lustrada e as unhas devidamente cortadas e limadas. Enfim, estava um mimo, verdadeira tentação para qualquer tigresa que se preze.
Saiu do carro no meio dos aplausos da multidão delirante e subiu para uma tribuna armada para o efeito.
Faltava o Bardo. Não havia maneira de aparecer esse foleirão. Contactados os F.B.I., C.I.A., K.G.B., etc, ninguém sabia aonde ele andava. Temia-se o pior. Mas eis que alguém se lembrou de procurá-lo naquela lindíssima casa de chá que dá pelo nome de Champanhe. E não é que ele lá estava, adormecido no meio de uns bons nacos de carne (xiiii), queria dizer, garrafas vazias, claro, sem dúvida ( aonde fui buscar essa
dos nacos ). Depois de bem lavado, barbeado e devidamente vestido para a ocasião, lá finalmente apareceu na tribuna ao lado do Bigre por entre o choro das dançarinas e os gritos do proprietário do Champanhe “ Ai que eu vou perder o meu melhor cliente de sempre “. Depois de benções, foguetório, corte de fita e tudo o mais que em tais que em tais circunstâncias se costuma usar, o Bigre puxou por uma papelosa, ajeitou as lunetas Raio Bante e botou discurso:
Exmos srs Presidente, Governador, Presidente da Câmara , do Glorioso, minhas senhoras, meus senhores e restantes alarves sem classificação especial, ao partir para esta expedição em busca do caminho marítimo para a Mexicana, levo o meu país no coração. Já era tempo de que a boa gente do Terravista mostra-se ao resto da gajada que se anda para aí a armar ao pingarelho e a gabar-se que não sabemos aonde fica a mexicana que é mentira. Nós sabemos tudo. Tenho dito, pensam o quê?
O Bardo ainda tentou armar discurso mas foi prontamente metido na Nau, não fosse ele cantar.
Com o vento favorável, a nau iniciou a viagem com metade da corja a vomitar (talvez resultado da má digestão de um famoso queijo ) e a outra metade a jogar á batota, no meio de grande chavascal pois era uma maltosa do piorio.
Cansado pelo eloquente discurso e ansioso por se ir alambazar com um leitão á bairrada , o Bigre fechou-se na cabina a sete chaves..
O bardo andava de um lado para o outro no convés, desconfiado, com uma carga de contentores no porão que dizia “cordas super-resistêntes , Martelos Automatix e Peixes Ordralfabetix” - abrir em caso de necessidade. Os dias foram-se passando. Mas como todas as cenas com mar têm de ter uma tempestadezita.
Aqui vai ela (hihihi). Levantou-se uma tremenda tempestade, com raios e trovões, chuva a cântaros, ventos ciclónicos, vagalhões do camandro e tudo o mais que nessas ocasiões é de bom tom e de boa norma acontecer. Gerou-se uma confusão do catarino a bordo. Uns gritavam, outros não abriam o bico com o cagaço. O capelão, Frei Josélito esgotou todas as orações e exorcismos contra tempestades, trombas de água, tufões e figuras afins. Desatou depois a confessar os mais acagaçados. Até ao anoitecer o vendaval e os vagalhões continuaram a bater na nau. Não se via corno e ninguém sabia para aonde ela se dirigia. Dias e noites assim se passaram (já chega ?... Já ?... Ok)
O milésimo dia amanheceu calmo, bonançoso, com uma temperatura porreiraça.
Na nau, o povo recompunha-se como podia. O piloto, completamente pitosga com a falta dos óculos, andava pela nau ás apalpadelas e á canelada ás coisas, sem distinguir a proa da ré.
Stalossos cortava as cordas que o amarravam ao mastro.
O Bigre sacudia a água do pelo.
O bardo cuspia um enorme peixe da boca e gritava “mas eu não cantei”.
Assim iam quando perto das 2 da tarde, enquanto o Frei Josèlito glorificava o Altíssimo que os poupara, um sacana qualquer, para não chamar pior, que se tinha pirado para não gramar o sermão, apareceu aos gritos:
Porto, porto á vista.
O Bigre resolveu descer e perguntar a um marmanjo fardado de branco aonde estavam.
Entretanto o bardo salivava alarvemente (ops, devia ter trazido galochas... este gajo já me estragou os sapatos de camurça), com os olhos postos numa loiraça de gritos ( está-se a tornar fixação, bem ), com as devidas medidas (perfeitas) e uma chincha aveludada (chelap) que era um autêntico disparate, vestida com um minúsculo biquini que realçava mais o produto do que tapava ( quem me empresta um lenço, já me babei, droga).
Mas não chegou á fala com a pacaça porque logo o Bigre o “raptou” e partiram a cavalo (invejoso esse gajo).
No caminho explicou ao bardo que tinham aportado á Nazaré e que a Mexicana ficava a alguns km mais a norte.
Chegados á vila de Haifa (hem hem, foram enganados), lá no cimo do monte estava a Mexicana.
O bardo logo ameaçou cantar, problema esse prontamente resolvido com um peixe do Ordralfabetix.
Chegados ao café, depararam-se com o simples problema de como descobrir o Omar num café enorme e cheio de people. O bardo lembrou-se de usar o télélé mas este não tinha bateria.
O Bigre resolveu perguntar a um cromo que estava sentado a um canto vestido á Indiana Jones ( com chicote e tudo). Mostrou-lhe uma fotografia amarelada e ainda molhada do Omar.
O tipo respondeu que “ o mar fica lá em baixo. Até um cego via.”
Então o bardo explicou que não era o mar mas sim Omar, o que lhes valeu uma carga de lenha ( porrada, cachaporra, etc) bem dada.
Sentaram-se a uma mesa partidos e desolados. Assim estavam quando alguém os chamou de um canto.
Era o tio Omar (ufa, já não tinha mais tinta na caneta, estava a ver que nunca mais acabava).
Abraçaram-se todos perante uma multidão que batia palmas e empunhavam cartazes com “finalmente chegaram” e “até que enfim, seus marmelos”( não era para menos, não é ? ).
Sentaram-se á mesa a contar as peripécias e tudo leva a crer que ainda lá estão.
Moral da história: afinal aonde fica a Mexicana ?
Agradecimentos:
Ao Bigre por nunca me ter mordido;
Ao Assur por não ter cantado;
Ao Automatix (e seus martelos) e ao Ordralfabetix (e seus peixes) por terem “ajudado” o bardo a não cantar;
Á fábrica de cordas “Açus” ( deram muito jeito);
À loira por ter passado lá por casa, ops, por ter participado, he he;
Ao museu da marinha por ter emprestado o barco;
Ao Sr Madeira Araldite pela maravilhosa cola que impede a dentadura de cair bem como abrir a boca;
À sala de chá Champanhe pelas provocações e incentivos á imaginação;
À Portugália, Trindade, Luminosa, Ramiro pela boa fauna marítima;
Ao Omar pelo Cheque chorudo ( senão não havia história)
Ao RE pela quantidade de megas postos á nossa disposição;
Ao Frei pelo bom vinho que voltou a servir;
A Chip na esperança que um dia volte a dirigir-nos a palavra;
À Mia pela imaginação “verruguenta” e pelo único prémio que recebi na vida;
Ao Pelius pela chuva de versos;
Ao Ermita pelos conselhos;
Ao Predador pela ...( hé, esse sou eu, esqueçam )
Ao Thor na esperança que ele abra as janelas do castelo;
Á Mexicana por nunca ter revelado a sua localização;
Ao Menino pela surpresa;
Ao Ilusionista ( por qualquer coisa que agora não me lembro);
A toda a restante maralha que se considere incluída.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home