quinta-feira, setembro 16, 2004

"Men On Waves"

"Uma associação portuguesa de nome "Men on Waves" anunciou para breve uma ida até ao navio Borndiep, o polémico "barco do aborto" que se encontra junto às águas territoriais nacionais aguardando autorização de entrada que lhe tem sido negada pelo governo, como forma de protesto contra a iniciativa.
A associação, recentemente formada, é composta exclusivamente por homens entre os 28 e os 62 anos todos com a particularidade de fazerem parte também da APMC (Associação Portuguesa de Machos de Cobrição), organização que, de acordo com o seu manifesto, "luta pela salvaguarda do modo de vida tradicional do macho latino português num mundo cada vez mais feminizado e castrador."

Para o presidente da APMC e da "Men on Waves," Almeno Magalhães, taxista de profissão e pai de 89 filhos (de acordo com a última contagem, tendo o último sido concebido apenas dezassete minutos antes de termos com ele contactado, segundo nos disse sem que ninguém lhe tivesse perguntado nada), "pretendemos mostrar a essas lésbicas holandesas que isto aqui é uma terra de respeito e que se querem fazer badalhoquices fressureiras que fiquem lá na Holanda que ficam muito bem." Especificamente em relação ao aborto, a posição da associação não podia ser mais clara. "A vida é sagrada e não se fala mais nisso. Quem não achar que é assim é paneleiro ou similares," afirma a mesma fonte.

A "Men on Waves" já fretou uma embarcação, a traineira "Com Eles no Sítio" de Matosinhos, que será em breve utilizada para transportar uma delegação da associação até junto do Borndiep, procedendo-se de seguida a uma acção de esclarecimento em relação aos seus ideais. De acordo com Almeno, "vamos chegar lá, explicar que o aborto é feio seja em terra ou no mar, cuspir para o chão e a seguir vamos dar uma pinocada em cada uma das gajas porque aquela conversa toda é falta de homem." Questionado sobre a forma pela qual esta acção vai enriquecer o diálogo sobre o aborto, o presidente da "Men on Waves" arrotou, coçou os genitais e disse com um largo sorriso que "pode não enriquecer mas pelo menos um gajo sempre se vai divertindo enquanto o campeonato não entra na fase decisiva."

Em relação ao facto de também existirem homens a bordo do "barco do aborto," Almeno mostrou-se algo confuso, acabando por dizer que "se tiverem cabelo comprido, forem delgados e não tiverem muitos pêlos, até lhe fazemos um jeitinho até porque dar é de macho. Levar é que não." "
Autor desconhecido.

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