quinta-feira, outubro 28, 2004

Curiosidades.

"Os portugueses detidos na Venezuela por suspeita de tráfico de droga continuam a ser ouvidos pelas autoridades de Caracas. De acordo com o embaixador de Portugal no país, Vasco Bramão Ramos, «as audições de todos os suspeitos, os seis portugueses e os seis venezuelanos, deverão demorar pelo menos uma semana». Isto atendendo à complexidade do caso: «A leitura dos autos demorou seis horas e no primeiro dia só foram ouvidas duas pessoas.»Ontem de manhã o advogado dos tripulantes do avião, António Pinto Pereira, partiu para a Venezuela com o objectivo de clarificar «qual o papel e a responsabilidade da tripulação» neste caso.

O porta--voz da empresa reitera toda a confiança no comandante, no co-piloto e na assistente de bordo e volta a afirmar que foram eles que, suspeitando do número de malas transportadas pelas três passageiras, denunciaram o caso às autoridades venezuelanas. A Guarda Nacional (GN) da Venezuela diz que não houve qualquer denúncia. Esta não é a única contradição, também existem diferentes versões quanto à rota do avião e à matrícula do aparelho. Os portugueses foram detidos no sábado, quando a GN apreendeu 386,4 quilos de cocaína que alegadamente iria ser transportada para Portugal num avião fretado pela Air Luxor à TAC - Transportes Aéreos Comunitários."

DN.

Porque será que as notícias da Air Luxor vêm sempre deturpadas? Ou se omite o nome do dono da companhia aérea (Air Luxor) ou atribui-se a propriedade a outrém. A verdade é que o operador Transportes Aéreos Comunitários (TAC) é que fretou o jacto executivo à Masterjet, a marca da Air Luxor para aquele segmento. Também interessantes são as afirmações do Comandante Geral da Guarda Civil Venezuelana que afirma "Em nenhum momento fomos alertados pela tripulação, quero deixar claro à opinião pública internacional que foram detidos quando o avião já estava no ar" e que o "avião já estava relacionado com algumas investigações, como lavagem de dinheiro entre outras coisas".

Também interessante é a rota do avião passar por Cabo Verde e pelas Canárias, antes de aterrar em Faro e, finalmente, no aeródromo de Tires. Ou seja o controlo de entrada em espaço Shengen deveria ser feito nas Canárias, Espanha, e não em Portugal. O conhecimento desta rota acaba por explicar porque é que, sendo um voo não regular (conhecido como táxi aéreo), não pediu autorização - como a Lei obriga - ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) para entrar em Portugal. Se juntarmos esta última parte com a participação de um ex-piloto de aviação comercial civil, também director de voo da empresa transportes aéreos comunitários e ex-funcionário do INAC, a coisa fica mais "interessante".

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