quinta-feira, novembro 11, 2004

Rammstein incendeiam Pavilhão Atlântico.


Mais uma vez os alemães Rammstein regressaram a Portugal para dar um concerto explosivo. O grupo incendiou na terça-feira um Pavilhão Atlântico que esteve praticamente esgotado.
Coube aos Exília abrirem a primeira parte, mas muitos dos que se deslocaram ao recinto ouviram o forte som da banda italiana ainda do lado de fora, enquanto esperavam para entrar.
Quanto aos grandes animadores da noite, esses só subiram ao palco quando o relógio marcava as 21:45 horas. Antes, cerca das 21:37 horas, o intro (música dos islandeses Sigur Rós) iniciou o caminho para uma viagem inesquecível. O recente álbum «Reise, Reise» centrou as atenções dos Rammstein como não podia deixar de ser, uma vez que ficaram de fora apenas dois temas: «Dalai Lama» e «Amour». Foi mesmo a primeira música com o mesmo nome do disco que abriu a actuação do grupo, que repetiu o alinhamento da dose dupla de Roterdão.


A banda é conhecida pelos efeitos de fogo e pirotecnia, e a primeira aparição disso aconteceu logo no segundo tema, «Links 2,3,4», no qual também começou a interactividade com o público. Depois de «Keine Lust» e «Feuer Frei!» (Till Lindemann apareceu a deitar fogo para o ar), foi a vez de «Rein Raus» onde os presentes, após a ordem (Rein) do vocalista, diziam Raus. Adoptando uma postura de militar, Lindemann embirrou como curiosidade com o suporte do microfone, atirando-o ao chão em vários temas. A teatralização é uma das imagens de marca do sexteto germânico e «Mein Teil» foi o ponto mais alto disso mesmo. Vestido de cozinheiro, o vocalista utilizou um lança-chamas para aquecer um caldeirão que continha lá dentro o teclista, que sempre que podia tocava o seu instrumento. Para cantar, Lindemann contou neste tema com um microfone na forma de uma faca.


Uma das surpresas agradáveis da noite foi «Los», tema do último trabalho e que contou com a utilização de uma harmónica por parte do vocalista. Ao vivo ganhou outra dimensão e o público correspondeu a isso ao acompanhar o início da música com palmas. Seguiram-se «Moskau», «Du Riechst So Gut» (contou com chamas a saírem dos braços de dois elementos da banda) e «Du Hast» que colocaram a plateia num autêntico frenesim. Neste último tema cantou-se em uníssono e Lindemann agradeceu os presentes com um grande beijo. Para não variar, a componente pirotécnica foi bastante forte. «Sehnsucht» e «Amerika» fecharam depois da melhor forma a primeira parte do concerto cerca das 22:56 horas, mas mais estava ainda para vir.

O primeiro encore abriu com «Rammstein». Essa foi a palavra de ordem para um final simplesmente espectacular. «Sonne», com efeitos de luz e de fogo, funcionou como um hino, fazendo mesmo arrepiar. Algo quase impensável, tendo em conta o muito calor que se fazia sentir no Pavilhão Atlântico. Depois os alemães presentearam o público com o poderoso «Ich Will». Mas a performance dos Rammstein não se ficou por aqui, uma vez que ainda houve lugar a um segundo encore. «Ohne Dich», o terceiro single de avanço de «Reise, Reise», proporcionou o momento mais calmo da noite, levando o público a acender os isqueiros. Para fechar em beleza, o grupo escolheu a versão de «Stripped», dos Depeche Mode. Desta vez não faltou o passeio do barco de borracha sobre o público, tendo o mesmo decorrido sem problemas. Após o final do concerto (por volta das 23:25 horas), os elementos do grupo fizeram questão de cumprimentar os que estiveram na linha da frente da plateia, no que se pode considerar um sinal de muito respeito pelo público.


Alinhamento do concerto em Lisboa:
1- Intro

2- «Reise, Reise»
3- «Links 2,3,4»
4– «Keine Lust»
5- «Feuer Frei!»
6- «Rein Raus»
7- «Morgenstern»
8- «Mein Teil»
9- «Stein Um Stein»
10- «Los»
11- «Moskau»
12- «Du Riechst So Gut»
13- «Du Hast»
14- «Sehnsucht»
15- «Amerika»

Primeiro encore
1– «Rammstein»
2- «Sonne»
3- «Ich Will»

Segundo encore
1- «Ohne Dich»
2- «Stripped»


Obs. As fotos não são do referido concerto.

posted by Smeagol at 20:57

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