À atenção da Manela.
Diz a revista “Única” na página 46 da edição do Expresso de 26 de Fevereiro:
“Uma parte do que os Filhos da Máfia dizem corresponde à verdade. A outra é inspirada no que cantam os “rappers” americanos, nessa cultura hip-hop com raízes nos guetos das cidades dos EUA que se espalhou pelo mundo e, em Portugal, encontrou terreno fértil nos bairros de jovens negros. Os filhos de imigrantes africanos estão longe de África como os negros americanos. Mas gostam de algo que lhes acentue a diferença e lhes dê uma sensação de pertença. Nem que seja a moda. E é como moda que o hip-hop se espalhou e foi adaptado pelos seus vizinhos brancos. “Esta cultura já deixou de ser americana. É urbana, jovem e popular” explica o sociólogo Fernando Luís Machado. “É um código global”.
Diz também na página 44 “Tiago vive no Vale da Amoreira… Os imigrantes africanos continuaram a chegar ao longo dos anos… Ao mesmo tempo, muitos portugueses foram saindo… Os brancos que ficaram passaram a saber o que é ser minoria. Com Tiago aconteceu o que costuma acontecer com as minorias: integrou-se na cultura dominante.”
Ou seja, tornou-se “bolicao”.
Amiga Manela. Apesar da conversa ser com o Carvalho Negro, não podemos deixar passar em claro esta. Como pode ler, o artigo do Expresso (Única) é contrário ao que defende. Então não é que ele afirma que os “nossos” africanos são influenciados pelos guetos americanos? Aconselhamos a escrever para o referido jornal e obrigá-los a corrigir a notícia.
“Uma parte do que os Filhos da Máfia dizem corresponde à verdade. A outra é inspirada no que cantam os “rappers” americanos, nessa cultura hip-hop com raízes nos guetos das cidades dos EUA que se espalhou pelo mundo e, em Portugal, encontrou terreno fértil nos bairros de jovens negros. Os filhos de imigrantes africanos estão longe de África como os negros americanos. Mas gostam de algo que lhes acentue a diferença e lhes dê uma sensação de pertença. Nem que seja a moda. E é como moda que o hip-hop se espalhou e foi adaptado pelos seus vizinhos brancos. “Esta cultura já deixou de ser americana. É urbana, jovem e popular” explica o sociólogo Fernando Luís Machado. “É um código global”.
Diz também na página 44 “Tiago vive no Vale da Amoreira… Os imigrantes africanos continuaram a chegar ao longo dos anos… Ao mesmo tempo, muitos portugueses foram saindo… Os brancos que ficaram passaram a saber o que é ser minoria. Com Tiago aconteceu o que costuma acontecer com as minorias: integrou-se na cultura dominante.”
Ou seja, tornou-se “bolicao”.
Amiga Manela. Apesar da conversa ser com o Carvalho Negro, não podemos deixar passar em claro esta. Como pode ler, o artigo do Expresso (Única) é contrário ao que defende. Então não é que ele afirma que os “nossos” africanos são influenciados pelos guetos americanos? Aconselhamos a escrever para o referido jornal e obrigá-los a corrigir a notícia.
P.S. Compreendeu também porque há brancos nos gangs africanos?
1 Comments:
Caro Assur...
Ficha Individual no...
...Estudos das Migrações e ... (faça os seus deveres de casa se pretender ir mais longe) (*)
Nome: "Manela" (idem)
Domínio Científico: Economia, Ciências Sociais, Estudos sobre as Mulheres
Função na Unidade: INVESTIGADOR
Grau Académico: MESTRADO
Categoria Profissional: OUTRA
Situação: Integrado
% do tempo dedicado à investigação: 30 %
Esta ficha não pretende descartar ou inibir o direito ao conhecimento e opinião de ninguém (iniciado ou leigo), mas tão somente justificar o que em seguida escrevo.
Eu e o Fernando Luís estamos bem a par deste assunto, uma vez que faz parte do nosso trabalho diário, e temos mesmo estudos em conjunto, alguns publicados, sobre estas matérias.
Nem sempre estamos em concordância de opinião, o que é normal uma vez que a sociologia não é uma ciência exacta e nem sempre analisamos os dados disponíveis a partir do mesmo ponto de vista e/ou sob a mesma luz, mas no caso que cita (Única) o Fernando está, no geral e em minha opinião, correcto.
É preciso um pouco mais do que devaneios bloguistas sem profundidade, para se poderem fazer afirmações gratuitas, ou fazer copiar/colar de afirmações terceiras, fora do contexto dos estudos em que foram elaboradas.
Discernimento e em alguns casos, frieza e ausência de preconceitos, é de recomendar quando se pretendem analisar seriamente e com isenção os movimentos migratórios e os problemas sociais deles decorrentes.
Manela
(*) Pode começar por aqui: http://cies.iscte.pt/investigadores/ficha.jsp?pkid=17&a=211287672
Enviar um comentário
<< Home