O roubo ciclico ou a manipulação dos números

No sítio dos humanos quando se inícia um novo ciclo, a que convencionaram chamar ano, observam alguns deles, que este será pior que o anterior e outros resignados esperam que o próximo não seja pior que este.

Entretanto as promessas estão feitas e os impostos deverão subir mais que a inflação prevista e todos os produtos que fazem e não fazem parte do chamado cabaz, que serve de referência, para o cálculo da referida inflação. Este fenómeno deveras misterioso, será confirmado pelo mordomo do banco do sítio.

Contentes ficarão todos os economistas do sítio, desde os Neves, as Teodoras, os Cavacos, os economistas comentadores, o beiçudo ministro e todos os sindicalistas que no fundo acabam por corroborar e concordar com a grande burla.

As hienas e os babecos que dizem que é necessário aumentar a produtividade e baixar os salários, já se babam à espera que lhes sobre alguma coisa dos grandes projectos previstos e feitos à custa dos muares, camelos e ursos que pagam impostos e que são mansos como ovelhas.

Povinho de merda, como lhes chamava um humano que mora perto da minha toca, e que não saliva como o cão de Pavlov.

Entretidos estão, com os candidatos para os quais e bem, se estava cagando, um comentador do Portugal Profundo, com fino comentário chamado de "Desconfiado".

Engraçado como outros se entretêm a chamar de esquerda e de direita estes e aqueles, esquecendo que estão a ser sodomizados pelo poder que fala no défice sempre que é preciso roubar mais.

Eis o poder do centrão e dos poderes adjacentes da partidocracia instalada e da constituição feita com a ameaça das armas em 75 pelos militares que não o queriam ser.

Pobres humanos deste sítio, são como as ovelhas, mas muito mais infelizes...