sábado, abril 28, 2007

28 de Abril de 1945


Mussolini e a sua amante, Clara Petacci são fuzilados em Dongo, Itália. Benito Amilcare Andrea Mussolini nasceu em Dovia di Predappio, na província de Forli, em 29 de julho de 1883, filho de um ferreiro. Começou a trabalhar como professor, mas logo seu interesse se voltou para a revolução. Em 1902 mudou-se para a Suíça, numa tentativa de escapar do serviço militar, mas suas atividades esquerdistas acabaram por causar sua expulsão do país. De volta à Itália, esteve em Trento, então sob o domínio austríaco, onde foi novamente preso e expulso. Nessa época, suas leituras filosóficas, especialmente as de Nietzsche, haviam firmado sua crença na violência como elemento fundamental para a transformação da sociedade.

Nomeado em 1910 secretário do Partido Socialista em Forli, Mussolini começou a editar o jornal La Lotta di Classe. Depois de liderar um movimento operário contra a guerra turco-italiana, foi condenado a cinco meses de prisão. No exercício despótico do cargo de primeiro-ministro, Mussolini reunificou a Itália, implantou reformas sociais e restaurou à força a ordem perturbada por greves e distúrbios. Perdeu-se, no entanto, pela ambição de construir um império por meio da guerra de conquista.


Seu prestígio aumentava e em 1911, Mussolini já era um dos principais dirigentes socialistas da Itália. No ano seguinte passou a editar o Avanti!, órgão oficial do Partido Socialista, cuja tiragem fez crescer muito. Em 1914, sustentou a neutralidade da Itália na primeira guerra mundial, de acordo com a linha do Partido Socialista. Aos poucos, porém, passou a defender a França e o Reino Unido e foi expulso do partido. Fundou então o jornal Il Popolo d'Itália, no qual continuou a defender a entrada da Itália na guerra, e organizou os Fasci d'Azione Rivoluzionaria (Grupos de Ação Revolucionária). Em abril de 1915 voltou a ser preso. Depois que a Itália declarou guerra à Áustria, Mussolini foi convocado. Ferido em 1917, voltou a editar seu jornal, cada vez mais violento no ataque aos socialistas. Em 1919 fundou os Fasci di Combattimento (Grupos de Combate), em Milão.

O novo movimento, de ideologia socialista e nacionalista, pregava a abolição do Senado, a instalação de uma nova constituinte e o controle das fábricas por operários e técnicos. Em 1920, um movimento operário no norte da Itália foi inicialmente apoiado por Mussolini, que chegou a propor uma frente comum contra os patrões e os trabalhadores de extrema-esquerda. Rejeitada a proposta e contornada a situação pelo governo liberal, Mussolini capitalizou a seu favor o pânico da burguesia em relação ao comunismo, e o movimento recebeu vultosas contribuições pecuniárias. Surgiram as Squadre d'Azione, milícias anticomunistas, vistas com bons olhos tanto por liberais como por democrata-cristãos, esta na época a maior força política da Itália.


Em 1921, Mussolini foi eleito para o Parlamento, e os Fasci di Combattimento passaram a chamar-se Partido Nacional Fascista. Depois de organizar em outubro de 1922 a marcha contra Roma, o Duce, como Mussolini era chamado, recebeu do rei Vítor Emanuel a incumbência de formar um novo governo, no qual predominavam, em princípio, liberais e democrata-cristãos. O Parlamento conferiu a Mussolini plenos poderes. Em 1923 foi criado o Grande Conselho Fascista e oficializadas as Squadre d'Azione, com o nome de Milizia Volontaria per la Sicurezza Nazionale.

Em 1925 instaurou-se a ditadura fascista. Todas as formas de oposição foram suprimidas; os candidatos a postos eletivos passaram a ser indicados pelas associações fascistas; as corporações profissionais, diretamente controladas pelo governo, substituíram os sindicatos; os códigos judiciários foram revistos; e a polícia ganhou plenos poderes. Em política externa, as aspirações de Mussolini foram limitadas na prática pelo reduzido poderio militar da Itália.


No mesmo ano a Albânia é convertida em protetorado italiano. Em 1934, apesar da aliança com o nazismo alemão, Mussolini envia duas divisões do Exército em apoio ao governo da Áustria, contra as pretensões anexionistas de Hitler. Em abril de 1935 faz um acordo com a França e o Reino Unido contra o expansionismo alemão, na Conferência de Stressa, e aceita a Paz de Locarno sobre a inviolabilidade das fronteiras. Mas invade a Abissínia (Etiópia), em outubro de 1935, tomando a capital, Adis-Abeba, em outubro do ano seguinte.

As sanções econômicas impostas pela Liga das Nações após a invasão levam a Itália a reaproximar-se da Alemanha. Em julho de 1936, de comum acordo com Hitler, Mussolini intervém na guerra civil espanhola a favor de Franco. Em novembro de 1937 a Itália adere ao Pacto Anticomintern, patrocinado pela Alemanha. Em abril de 1939 tropas italianas ocupam a Albânia e invadem os Bálcãs.


Durante a Segunda Guerra Mundial, sua aliança com Hitler, decidida no auge das conquistas militares alemãs, permitiu-lhe incorporar territórios da Iugoslávia. Derrotado na Grécia em 1940 e na África em 1941, teve sua liderança repudiada pelo Grande Conselho Fascista em 1943.

Destituído e preso, foi libertado pelos alemães e tentou manter-se no poder no norte da Itália, mas, já desmoralizado e isolado, foi preso por partigiani (guerrilheiros) italianos, ao tentar fugir para a Suíça. Julgado sumariamente, foi fuzilado com sua amante, Clara Petacci, em Dongo, Itália, em 28 de abril de 1945. Seus corpos foram pendurados de cabeça para baixo numa praça de Milão.

Mais aqui.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E se os cidadãos se unissem ao ponto de criar uma lei em que os detentores de cargos políticos recebessem SÓ o salário minimo? Isso é que era de HOMEM!!! Pensem nisso...

sexta-feira, abril 28, 2006  

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