sexta-feira, abril 14, 2006

A habitual dualidade de critérios.

"Os Estados Unidos bloquearam quinta-feira no Conselho de Segurança das Nações Unidas a adopção de um texto pedindo a Israel para se abster do "uso excessivo da força" contra os palestinianos. O observador permanente da Palestina na ONU, Ryad Mansour, anunciou segunda-feira ter apelado ao Conselho de Segurança para agir de forma a travar o que considera como "a última agressão israelita" contra os palestinianos, nomeadamente na Faixa de Gaza. Mansour referiu-se ao bombardeamento efectuado há uma semana pelo exército israelita no norte da Faixa de Gaza, em resposta a tiros de foguetes artesanais contra o seu território, por grupos terroristas palestinianos. O projecto de texto convidava Israel a abster-se do "uso excessivo da força e pedia à Autoridade Palestiniana para assumir uma "posição pública e clara contra a violência".

RTP
Perante um texto manhoso injusto e desequilibrado que exige a uma parte a contenção de resposta a ataques terroristas contra mulheres e crianças e a outra uma tomada de posição contra a violência, é natural que os Estados Unidos não tenham aceite. Ou seja, a retaliação não pode ser considerada uma agressão enquanto o acto despoletador da referida ser considerado perfeitamente natural e justificado. Enfim. A habitual protecção dos mesmos em detrimento dos seres menores por parte do pessoal do costume que se vangloria por defender a igualdade e os direitos humanos.

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