domingo, abril 29, 2007

Fati.


Estávamos nós a gozar o nosso estatuto de cidadão normal, algures, numa estação de metro, quando nos cruzámos pela vez com a Fati. Subíamos na escada rolante e ela descia (coisas da vida).Reparámos que algo chamava a atenção, não só de todos os homens, bem como de algumas mulheres. Escravos da nossa curiosidade, virámos os olhos para a dita figura. Uma súbita paralisia invadiu-nos. Os olhos tentavam, em vão, transpor as lentes dos nossos óculos de sol de marca, comprados num dia de felicidade, a bom preço na F.I.C. (nota do autores preocupados com o possível desconhecimento dos leitores: para os mais incultos, Feira Internacional de Carcavelos).

Percebemos logo que estávamos loucos por ela. Por mais que tentássemos, a boca não mexia e teimava em manter-se aberta de par em par, expondo uma das melhores dentaduras do mundo (nota dos autores preocupados em que se saiba da boa qualidade dos seus adereços físicos: gaba-te cesto), bem como uma enorme gruta (a nossa linda boca, claro), por onde uma corrente contínua de saliva escorria e modificava a cor da nossa camisa, também de marca, embora desconhecida para a grande maioria da população. Aproveitamos para informar os interessados que ela (camisa) foi comprada na G.F.I.R (para os mesmos de à bocado e eventualmente, para mais alguns que apareçam, Grande Feira Internacional do Relógio – para mais explicações sobre localização, etc, etc, contactar Artur Albaran ou Nuno Rogeiro).

Só o fim da escada rolante e o contacto (íntimo demais para o nosso gosto) com o chão, nos trouxeram de volta ao nosso estado normal (nota dos autores preocupados com uma mancha negra no dito sítio que nunca mais desaparece: não foi bem o normal, visto que a dor de queixo continuou durante algum tempo e, os dois dentes não puderam ser colocados e colados no seu sítio original).Atenção, que de vez em quando, conseguimos andar de boca fechada e sem nos babarmos. Sim, são poucas mas existem. Além disso, a culpa não é nossa. Já viram as flores que se cruzam connosco?
Como bons cães de caça que somos, partimos no encalço daquele magnífico/ maravilhoso/ soberbo / grandioso / óptimo / excelente / pomposo / garboso / surpreendente / eloquente / convincente / salivante (obrigado Avlis ) monumento à beleza feminina.

Escusado é dizer, que não demos nada nas vistas. Nem ela, nem 500 foleirões invejosos deram por nada. Era ver essa corja rir. É gente que não compreende o amor. Bom. Atalhando. Algo lhe chamou a sua atenção. O que terá sido? Os olhos fora das orbitas, o sorriso pepsodente ou a saliva que teimava em continuar a pingar, enchendo de poças o chão fora. Falou-me, envolta no mais belo sorriso que estes lindos olhos (os nossos, claro) jamais viram. Convidou-nos para lanchar. Ainda pensámos duas vezes antes de aceitar (nota do autor preocupado em dizer a verdade mentira, mas fica melhor escrito assim, afinal, temos de preservar a nossa imagem).

Estávamos nós a lanchar algures (nota do autores armados em parvos: não dizemos, senão arriscamos a ter dúzias de mirones a inundar aquele chão maravilhoso com saliva), quando ela nos tocou, suavemente, com a sua mão na nossa. Sentimos um choque que nos pôs tudo de pé (nota dos autores preocupados com o que possam pensar e desconfiado de certos leitores, com a sua intelectualidade virada para zonas mais obscuras: bom, quase tudo, seus pensadores embebidos de imoralidades depravadas), especialmente o nosso cabelo. Íamos jurar que a gravata também ficou de pé, mas é melhor não abusar.

Começou a elogiar-nos. Disse que tínhamos uns olhos bonitos (nota dos autores preocupado com a inveja alheia: é pura verdade, tenho espelho em casa, pensam o quê?), boca sensual (hem hem, e saborosa, garantimos, c´os diabos), uma voz melodiosa ( ouviste Bigre?) e um corpinho musculado fab… (nota dos autores preocupados em pôr termo ao caminho que a conversa está a tomar: ops, isto não é para contar. Mas que é verdade é, e muita mesmo, c´os diabos). Depois de perdermos algumas horas a correr atrás do nosso ego, que extasiado, pulava pela sala fora, partimos em direcção à sua casa (nota dos autores chateados com as más línguas que circulam por aí e o deitam abaixo: hem hem, connosco é tiro e queda, pensam o quê, seus mafiosos invejosos de bolso?)

Entrámos em sua casa, imbuídos no mais puro dos sentimentos, conforme o que de melhor se pode aprender em 2 certos canais da TV cabo, nas suas emissões de fim-de-semana (agora miseravelmente codificados).Melhor dizendo. Imbuído num profundo espírito científico de procura de novos conhecimentos para fins culinários.

Sentámo-nos no sofá, enquanto ela foi algures (“dejá vu” esta parte, não acham?).
Voltou com um indivíduo vestido de padre (nota do autor pensando que do mal o menos: bom, ao contrário da história da Nita, não era o Avlis).
Apresentou-nos ao Sr Padre Vicente (Nota dos autores a pensarem que o nome é irrelevante para a desgraça de rumo que a história está a tomar velozmente: ou outro nome que queiram). Então ela disse-nos que era freira... (FRRRREEEEIIIRRAAAAAAAAAAAAAAAA, BBUUUUÁÁÁÁ).

E que precisavam de uma pessoa para fazer parte do coro aos Domingos e que eu era o mais indicado (nós, c´os diabos, porquê nós?). Aí, tudo o que eventualmente tinha sobrevivido aos choques sucessivos sofridos, e se encontrava ainda de pé (nota dos autores que já desistiram de tentar manter o nível nesta história com fim horrível, alheio à suas vontade: vá, sua malandragem, pensem o que quiserem, que noía), caiu bruscamente no chão, arrastando consigo na queda, as respectivas partes acessórias (nota dos autores já de partida para outra: vá, continuem a pensar no que quiserem, com este fim de treta, tanto nos faz).

Declinámos o convite, amavelmente, invocando as nossas diminutas capacidades vocais (nota dos autores que não vão deixar passar esta assim sem mais nem menos: hem hem, mentira, hem hem) e indicámos a única pessoa capaz de brilhar no tal coro. O grande Bigre (nota dos autores para quem, um amigo é um amigo: já não podes dizer mal de nós).

E assim acabou a história de Fati, que quase mudou radicalmente a nossa maneira de viver.

Para mais informações sobre fundamentalismo, consultar a obra do Peixe Ensaboado “ Fugindo a 7 barbatanas” e para uma recuperação rápida, consultar a obra de Fermat “Comida e Sevilhanas a preços módicos” , perdão, “comida a preços módicos e Sevilhanas de sonho à sua mesa”.

Droga. Não acerto. “Comida a preços módicos à sua mesa e Sevilhanas de sonho a acompanhar”.

CHEGA. Não mudo mais. Se querem pensar como deve ser, pensem em Sevilhanas de estalo, a dançarem, VESTIDAS, em cima do palco, enquanto vocês comem, alarvemente, com a boca e com os olhos.

Fim desta história funesta para a nossa reputação, c´os diabos.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tarado.

Manuela

sexta-feira, agosto 20, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Tarado não. Bom gosto.

sexta-feira, agosto 20, 2004  
Anonymous Anónimo said...

Este tipo :)

domingo, dezembro 04, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

domingo, dezembro 04, 2005  
Blogger Dr. Assur said...

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domingo, dezembro 04, 2005  
Anonymous Anónimo said...

Pernas perfeitas para um cachecol de Verão ou Inverno.

domingo, julho 30, 2006  
Anonymous Anónimo said...

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quinta-feira, outubro 05, 2006  
Anonymous Anónimo said...

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segunda-feira, fevereiro 05, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

sexta-feira, março 02, 2007  

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