domingo, agosto 06, 2006

Ecos do passado.


Nascido em Fátima, freguesia de “Ó da guarda”, concelho do “Socorro”, Josélito das Secas Duracel, foi o 14º filho da família Bostâncio. Aos 4 anos já estava internado no Mosteiro de Alcobaça.Aos 12 anos já eram famosas as suas qualidades (?) de demagogo. Aos 18 anos, a convite do perfeito, foi apresentar às Caldas da Rainha o seu primeiro livro “Secas sem dó” que versava sobre o aliciante tema do desinteresse pelos bens terrenos. Pensa-se que o belo artesanato fálico da região foi uma forma querida da população local lhe agradecer e demonstrar que ali tinha sempre um porta aberta (além de outras partes do corpo... Não. Não. Estavamos a referir à cabeça, braço, pernas, seus ...) No mosteiro tornou popular pelos panfletos católicos progressistas, posters pacifistas, revistas dinamarquesas (sobre naturalismo e amor ao próximo) e calendários de garagem (não havia ainda o play-boy).

Um dia, foi apanhado no leito (cama), com uma loiraça de gritos, com medidas olímpicas (eheheh) e dona de uma chicha aveludada (tipo pedra) e queimada pelo sol (fossilizada) que era um autêntico disparate. PUNGENTE AVISO: ou pagas já o tal cheque ou vamos dizer à maralha que a brasa loira era a dona Clotilde, modesta serviçal de 90 anos. Bem, vê lá... Valeu-lhe a expulsão de tão digníssima casa e um bilhete para a índia (quanto mais longe, melhor). Embarcou na nau “Magalhães”. Enquanto esperava pela partida resolveu ir ao deck tomar um magnífico cimbalino acompanhado pelo tanger da guitarra do Sr Constântino aonde, mal abriu a boca, levou uma galheta. A viagem a partir do 2º dia, altura em que foi amarrado amordaçado ao mastro central, começou a correr sem problemas de maior. O comandante com pena dele, resolveu prendê-lo no porão, aonde o nosso génio aproveitou para escrever «Óculos habent et non videbunt» (usam óculos e não vêem puto).

Chegados á Índia, Josélito foi o primeiro a sair com a ajuda da bota do Serafim Antes. Aquilo é que foi um voo livre, para aí 300 metros (a designação de homem-bala vem daqui). Chegado a terra, foi encarregue da meritória tarefa de alimpar as sujíssimas consciências daquela maralha da corda. Aproveitou para escrever obras-primas como «o fortunatos nimium, sua si bona norint, agricolas!» (“infelizes aqueles que não sabem apreciar o bom artista” – tradução livre), «novissima verba» (as ultimas palavras) e «qualis artifex pereo» (que grande artista morre comigo). A população local, em agradecimento, dedicou-lhe «ars longa, vita brevis» ( a arte dura, a vida é curta), « est modus in rebus» (há uma medida para todas as coisas) e «linguam temperere» (saber-se calar). Encantado por tão cordial acolhimento (há quem entenda as coisas ao contrário), resolveu ficar por lá aonde encontrou finalmente o seu sítio (sermões para surdo/mudos e tratados literários para cegos). E o mundo ficou livre.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Desculpem ser "off-topic", mas é uma questão importante e sobretudo estamos no tempo de a discutir, não foi antes e não pode ser depois.
Gostava que reflectíssemos sobre a única candidaturae como tal já ganhadora à presidência da Liga de Clubes.
Falo-vos portanto do Deputado Hermínio Loureiro do PSD e que já é, mas que só a partir de quinta feira dia 10 se torna oficialmente o próximo patrão dos patrões do futebol português.

Este Senhor apresentou-se à dias e na própria conferência anunciou que iria abandonar todos os cargos politicos "caso ganhasse", parafrasseando, "a politica deixará de contar comigo" afirmou Herminio Loureiro, há dias voltou a referir numa entrevista que com ele é só "ética, ética, ética". Frequentemente diz que uma das maiores mudanças que pretende implementar no futebol é a "isenção, o rigor e a transparência".

Meus senhores, agora que já está garantido ser o patrão do futebol, já avisou que afinal abdicaria de todos os cargos, excepto o de deputado.

Ora bem, eu nem sequer ponho em causa a falta de honestidade e o malabarismo que utilizou na sua primeira conferência de imprensa quando disse em jeito de homem honrado e cheio de moralidade e ética que abdicaria dos seus cargos politicos... Não.

O que questiono é mesmo a raíz da questão.... De modo algum o patrão dos patroes seja do que for, investido num cargo que primete honrar e defender, pode de alguma maneira representar simultaneamente os interesses do povo que o elegeu e o qual representa no parlamento.

Quem, pergunto eu o deputado herminio loureiro irá defender em questões que liguem o estado em negócios com o futebol e que podem ser maus para o estado que somos todos nós? é evidente que ele é presidente da liga de clubes e da negociaçao ganharao sempre os clubes e o estado (que somos todos nos) ficamos lesados!

Afinal o senhor foi eleito pelo povo para ser seu representante e para defender os seus interesses e depois vai defender os dos patroes do futebol?

NÃO NAO NAO PODE SER.!

NÃO É ETICO, NÃO E LEGAL, NÃO MORAL E É próprio de um país de terceiro mundo.

Reafirmo aqui todas as palavras que MArcelo Rebelo de Sousa e Miguel Sousa Tavares fizerem nos seus programas criticando e apontando o dedo a esta situação gravíssima e que em muito lesa o estado.

Sinto-me Obrigado a avisar todos os contronuintes deste páis desta ilegalidade!

Pedro Florindo Cruz

domingo, agosto 06, 2006  
Blogger Elise said...

Boa Assur! Dorme bem! :)

segunda-feira, agosto 07, 2006  

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