sexta-feira, outubro 26, 2007

26 de Outubro de 2002.


"23 de Outubro de 2002. Pouco passava das 20h00 em Lisboa quando um grupo de rebeldes tchetchenos, liderado por Movnar Barayev, sobrinho de um comandante das Unidades Especiais Islâmicas, guerrilha armada tchetchena, entrou no teatro de Moscovo, na área de Dubrovka, durante um espectáculo cultural e fez reféns 700 civis, entre espectadores e actores. Alguns dos actores que se encontravam nos bastidores fugiram pelas janelas e chamaram a polícia, a quem revelaram que aproximadamente metade dos terroristas era do sexo feminino, o que não é frequente neste tipo de acção.

A primeira exigência dos sequestradores, munidos de granadas e com explosivos atados ao corpo, foi a retirada incondicional das tropas russas da Tchetchénia num prazo de sete dias. Prontos a matar e a morrer, libertaram membros islâmicos da audiência, algumas crianças e um homem com problemas cardíacos. Recusaram-se a deixar sair os reféns de nacionalidade estrangeira. Algumas pessoas tentaram escapar pelas traseiras, tendo algumas sido mortas.

O fuzilamento de dois reféns na madrugada do dia 26 terá levado ao início da operação militar das forças de elite pertencentes aos Serviços Sociais de Segurança (FSB). A ofensiva começou com injecção de gás entorpecente no sistema de ventilação do teatro ao mesmo tempo que foram lançadas granadas para dentro do edifício. Muitos dos terroristas foram mortos com um tiro na cabeça, após ficarem inconscientes. "Percebo que isto pareça cruel, mas quando há dois quilos de explosivos atados a uma pessoa, não há outra maneira", disse um elemento do comando russo.

Nesta acção, ou na sequência da mesma, morreram, segundo dados oficiais, 33 terroristas (dentre os quais Movnar Barayev) e 128 reféns (que também inalaram o gás), mas crê-se que o verdadeiro balanço das vítimas vá além destes números. A estratégia optada pelas forças russas foi alvo de muitas críticas e um grupo de 24 russos que estiveram reféns decidiu pedir uma indemnização às autoridades, que acusam de atitude negligente."

Fonte.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

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sexta-feira, outubro 27, 2006  

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