sexta-feira, outubro 26, 2007

Nenhum aluno chumba por faltas.

"Não há outra forma de resumir as novas alterações ao Estatuto do Aluno no segundo e terceiro ciclos (até ao 9.º ano) - aprovado com o voto único do PS -- , segundo o qual é possível passar de ano mesmo sem pôr os pés na escola.

No anterior projecto-lei aprovado em Conselho de Ministros ainda havia um certo pudor. Os alunos que excediam o limite de faltas tinham de fazer uma prova de equivalência: chumbariam se não conseguissem as notas necessárias, podendo como recurso apelar aos conselhos directivos. Agora o que passa a existir é uma prova de recuperação obrigatória para os faltosos, cuja nota nada vale: os alunos passam sempre e os conselhos directivos apenas têm de preparar planos de recuperação ou atribuir castigos (mais estudo ou outro tipo de tarefas), além de informarem os pais.

Trata-se de uma medida radical justificada em nome da integração, mas que, facilmente, permite mascarar as taxas do insucesso e do abandono escolar. Ou é esta a intenção do Ministério da Educação ou então existe uma forte crença na capacidade dos alunos portugueses para que, sem frequência e com notas negativas, concluam com sucesso a escolaridade obrigatória
."

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11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O procedimento de avisar o Encarregado de Educação, quando uma falta não é justificada, já existe. No prazo de 5 dias (passa a ser de 3), O D.T. tem de fazer esse aviso. A novidade é a medida correctiva. Que medida é esta? Definida pela Escola? Em que moldes?
Quando os E. Educação são chamados à Escola e dizem que já não conseguem fazer nada dos filhos, o que é que acham que a Escola pode fazer se os professores não têm autoridade para agir!
O problema actual prende-se também com o facto de a Escola e os professores estarem desprestigiados perante a sociedade.

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Acho que temos de ser radicais. Quem não tiver aproveitamento, compensa com frequência às aulas nos meses de férias. Os professores empenham-se mais e os alunos também. Quanto às famílias há várias soluções. Aquelas famílias que estão a receber subsidios do estado ficam sem direito a eles se os seus filhos faltarem. As que não estão ficam sujeitas a multas.

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Tinha de sair palermice e controlo pidesco dos socialistas.
Vamos por partes:
Faltas, aplicar o regime da altura do Salazar, mais de x faltas não justificdas, chumbo, qual quê de exames de recuperação, três anos de chumbos, rua da escola.
Telemóveis, a única arma de defesa não agressiva que um aluno tem se lhe acontecer alguma agressão ou outro tipo de violência, ai da escola que tente proibir um filho meu de ser portador dum telemóvel.
Vou dar um exemplo, quando um dos meus filhos frequentava o secundário o fecho da porta da casa de banho, por estar danficado, foi bloqueado a partir do exterior pelos colegas, se o miudo não tinha o telemóvel teria ficado preso na escola até que dessem por ele.
Deveriam se preocupar com a droga que entra nas escolas e com as armas brancas que servem para assaltar e intimidar e não com os telemóveis.
Mesmo relativamente aos outros artefactos electrónicos tenho dúvida da legalidade dessa medida, preocupem-se com o comportamento, vestuário, urbanidade e disciplina dos alunos.
Preparam-se novas medidas idiotas do ministério da educação (com letra minúscula).

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

É certo que a tendência é pensar directo: há os que podem porque são ricos e os lesados porque não têm possibilidades. Como em tudo, nada pode ser generalizado. Em primeiro lugar, lesados penso que seremos todos. Definição de classes já não é clara (a não ser a classe altíssima e as outras). Injustiças óbvias e incompreensíveis não conheço quem esteja excluído. Todos terão as suas legítimas razões e cada qual sentirá à sua maneira. Frases feitas não dizem nada. Roubados pelo Estado, que classe ou profissão não o dirá? Só se forem os que se julgam de ?espertos? ou aqueles a quem é indiferente mais uns trocos ou menos uns trocos. A democracia permite que seja o povo a optar pelo governo consoante campanhas e seus representantes, mas depois o governo diz: ?Olhem para o que digo, não olhem para o que faço?, e com tal evidência que até custa a acreditar. Que vamos a caminho de uma geração inferior, não há dúvida, mas por enquanto ainda não somos burros. A táctica passa por criar muitos problemas aos portugueses para se ocuparem e não darem conta daquilo em que vão ficando cada vez mais embrulhados. Funcionário público com salário mensal, subsídio de férias e 13º, fundo de desemprego, baixa por três anos, mas ganha pouco; profissional liberal não tem trabalho nem salário garantido, vida incerta, nada de subsídios, muito menos fundo de desemprego, baixa apenas por um ano e adoece antes de conseguir receber dos clientes; médicos e advogados há bem sucedidos e mal sucedidos, há ambiciosos que abdicam da família e apoio aos filhos e os que têm como valor principal a família e abdicam dos rendimentos. Pessoas íntegras, empenhadas, bem formadas ou mal formadas, felizes ou infelizes não se rotulam pela profissão ou rendimento. Nº de filhos por casal nunca será proporcional ao rendimento nem à profissão. Pais solteiros e divorciados têm mais benefícios que os casados ou viúvos (a propósito, já assinaram a petição lançada pelo Fórum da família?). Por fim ainda existe a questão das prioridades: há os que fazem empréstimos paga pagar os estudos e os que vivem em bairros sociais mas que o fazem por uma nova televisão para ver o futebol ampliado. Desperdício e pouco interesse tem a discussão de comparações anuais, décimas de valores que sobem ou descem. A retirar é que, se a privada prova que é possível atingir determinados objectivos, é porque é possível melhorar os métodos de ensino e empenho de professores. Não há pagamento de horas extra na privada, mas fazem-no pelo ?vestir da camisola?, pela entrega do seu melhor em benefício dos estudantes e do melhoramento do ensino. Terão ideia que serão os que fazem menos sacrifícios, que não vão à escola ao Domingo? E os outros, coitados, que já entram fechados e a reclamar, nem são capazes de se dedicar e perceber quem precisa de mais acompanhamento, trabalharão mais e ganharão menos? Dimensões de compartimentos, precariedade de instalações, antiguidade de mobiliário e outros apetrechos serão razões fundamentais para a diferença? Óbvio que não, nem nas escolas nem nas casas. O equilíbrio não vem daí, mas sim, de facto, da educação pessoal. Solidariedade diz alguma coisa? Já pensaram se em vez da revolta, voluntariamente ajudassem os filhos dos vizinhos com dificuldades? É altruísmo a mais, não? Mas ou nos apoiamos ou ficamos de braços cruzados à espera que chovam milagres do governo. Uma questão: porque para além de privadas serão católicas?

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Todos os anos vem a público os resultados da melhores escolas, e as piores escolas.
As escolas públicas ficam sempre atrás das escolas privadas ou catolícas.
È perfeitamente natural que o ensino público que abrange milhares e milhares de alunos tenha piores notas.
O estado tem desinvestido na escolas públicas, universidades,inclusivamente tem fechado muitas escolas em aldeias, vilas e cidades.
Na escola pública, encontram-se os filhos de todas as classes sociais,desempregados, precários, operários, trabalhadores médios, filhos de gente rica.
É natural que os filhos de gente rica tenha melhores notas e possam po-los nas escolas católicas e privadas.
Tem acesso a explicadores fora do horário normal escolar, boas casas, bons computadores, dinheiro, enquanto que os filhos das classes médias baixa/alta começam a ter dificuldade em sustentar os filhos, as notas podem descer.
Só os filhos de médicos, advogados, e profissões liberais e afins podem ter algum sucesso.
Os filhos dos funcionários públicos sempre roubados pelo governo, os filhos de empregados de escritório, comércio, hotelaria, etc. começam a não poder suportar o saque do Estado.
Os filhos dos operários, desempregados e precários não tem condições para dar aos filhos, os pais sempre explorados pelas classes ricas, capitalistas, patrões de 1ª e 2ª ordem, são os parentes pobres da escala indiciária.
Só há uma maneira de resolver este problema das classes nas escolas e no trabalho, é extingui-las e fazer um ensino diferente, libertário, justo, anti-selectivo, anti-competitivo, anti-autoritário e prepare os alunos para uma vida sã social e comunitária onde todos possam ser pessoas iguais e todos possam ter as mesmas possiblidades económicas e materiais.
Mas para isso, há que mudar as mentalidades dos conservadores que não querem abdicar dos previlégios que sempre tiveram para que os mais prejudicados e explorados possam subir na vida.

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Como sou dono dum colégio, escolho os alunos que sei serem os melhores.
Assim, escolho 25/28 alunos que sei serem bons e meto-os nessa turma do 12º ano.
No 11º, como já tinha feito uma selecção, faço o mesmo e idem, idem, aspas, no 10º ano.
Tenho três turmas só de bons alunos.
No entanto no 12º. se não forem bons, não entram em medicina, que é o curso que 99,9 % desejam, anseiam e aspiram.
Se entrarem 15 %, que neste caso, serão fico à frente do ranking nacional, mas de caras, com, 5,2 alunos.
Mas se entrarem 6 ... até ninguém me apanhará mais.

Agora outro caso.
Um colégio, que tem cerca de 700 alunos.
Não os escolhe a dedo, seja por dinheiro, seja por notas, seja por cor ou religião.
Não rezem o terço e o rosário, fazem o que devem fazer os estudantes: ESTUDAM.
Mas nem todos, como em qualquer local, profissão, emprego, etc, podem ser doutores e estudam ou desejam outros ares.

Mas se virem, por exemplo, o COLÉGIO RIBADOURO - no PORTO, no meio de tantos bons alunos que são escolhidos a dedo nos outros locais, conseguiu que entrassem em Medicina, na 1ª fase, 72 ALUNOS.

Este colégio, que não descrimina pessoas por terem notas más, mesmo assim ficou classificado em 22º.
Se for verdade o que li!!!!!!!!

Não sou professor, nunca fui, não sou accionista do colégio, nem recebo nenhuma avença.
SIMPLESMENTE CONHEÇO A REALIDADE DA MAIORIA DOS PROFESSORES.
VIVEM PARA ENSINAR !!!
Depois não colhem os frutos, mas no íntimo sabem que isto do ranking, apesar de não ter sido inventado por esta sinistra da educação, É UMA FRAUDE !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mas continuem!
Vejam quantas horas um aluno deveria ter, por exemplo de Matemática ou Química, no 12º e quantas tem no RIBADOURO - PORTO.
Já não falo nas outras disciplinas, que é tudo exactamente igual.

CONTINUEM COM O RANKING e ofereçam um prémio chorudo.

Tenho a certeza, que mesmo não pertencendo à Opus Dei, nem obrigue a rezar antes das aulas, estas serão ministradas e os meus alunos, ou dos meus professores, serão os melhores.

Abençoado país de crendices!!!!

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Os exames não avaliam o profissionalismo da pessoa, porque o exame é instantâneo. Além disso há pessoas que se esforçam tanto e não conseguem tirar boa nota no exame, devido a vários factores como nervosismo do exame decidir a sua "vida" ou a sua entrada na faculdade. Sim, porque os exames têm o poder de afectar a vida do aluno. (Na maioria dos casos em arruinar a vida do aluno) Ainda queria referir, que a sabedoria varia de Pessoa para Pessoa, ou seja o que pode ser fácil para uns é dificil para outros e isso acontece muito frequentemente nos exames. A partir do argumento referido anteriormente, podemos contradizer o argumento de "o exame é feito de igual forma para todos". (Mas não contam com estado psicológico em que a pessoa se encontra, portanto o exame é subjectivo para cada pessoa) Sendo assim todos teriam que ter a mesma nota.
Quando uma pessoa concluir tanto a escola secundária como a universidade e entrar no mercado de trabalho, supostamente não é o conhecimento que exportamos para a folha de papel (exame), que nos vai definir se somos bons médicos, enfermeiros, advogados etc... Quem irá usar aquilo que se fez nos exames nacionais da escola secundária para a sua profissão? Os exames deviam ser feitos apenas na universidade, onde se aplica o verdadeiro conhecimento. Ah, e supostamente os médicos ou enfermeiros depois de formados, provavelmente não andam a pôr em prática na sua profissão aquilo que se fez como por exemplo num exame de matemática.

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

No final de cada epoca, tem de haver exame, de contrario como se pode avaliar um aluno.
A avaliação continua tem logica, o professor analisa ao longo da epoca o interesse,a participação do aluno, as suas prestações nos testes ao longo da epoca. Se não vejamos um aluno que tira boas notas nesses testes e depois so porque no exame por qualquer motivo desde por ex. nervos, ma disposição ou não sabia a materia de 3 ou 4 perguntas leva com uma nota muito baixa porque o seu trabalho ao longo do ano não conta para nada o que não e justo.
Na universidade pode-se optar por testes finais ou o somatorio dos testes finais mais os intercalares, acho justo.

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Vamos lá dividr esta questão em dois pontos:
1º - Exames Nacionais: Os meninos deveriam ter Exames Nacionais nos 7º, 9º e 12º Anos, pelo menos, pois há disciplinas que acabam antes do 12º ano e os Alunos não são avaliados sobre elas a nível Nacional.

Avaliação Contínua - Quem inventou esta barbaridade, agora que se avenha com os argumentos dos meninos. Esta dita avaliação contínua colide, de facto, com outros momentos de avaliação incluindo os Exames Nacionais. A argumentação dos meninos faz todo o sentido, portanto, mas o problema não é dos Exames Nacionais, mas sim da avaliação contínua, que deveria desaparecer do vocabulário educativo, para evitar mais confusões.
Para começar, ninguém sabe o que é avaliação contínua, nem como se faz. Querem fazer a experiência? Perguntem a uma meia dúzia de Professores o que entendem por avaliação contínua e como cada um a faz em termos quantitativos. Não obterão duas respostas iguais e nem sequer próximas. A culpa será dos Professores ou de quem inventou este palavrão sem saber o que significava? Mas eu repito: A argumentação dos meninos faz todo o sentido. Portanto, acabar com essa treta da avaliação contínua e fazer testes e exames nacionais. Sobre as provas globais nem me pronuncio, porque não estão aqui em causa, mas deixem-me dizer só uma coisa: acabar rapidamete com esse equívoco também.

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Todo o ensino público é marcado por políticas de laxismo e de falta de rigor e exigência, com a excepção do 10º, 11º e especialmente o 12º.
É natural que quando se exige conhecimentos a pessoas a quem nunca tal foi exigido o resultado seja um desastre completo, o que aliás se verifica.
Mas não se preocupem que vara de imbecis que está no ministério ainda vai arranjar maneira de reduzir a exigência nesses anos e a nossa juventude fica toda extremamente ignorante, mas os pais felicíssimos e as estatísticas serão brilhantes.

sexta-feira, outubro 26, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Todo o ensino público é marcado por políticas de laxismo e de falta de rigor e exigência, com a excepção do 10º, 11º e especialmente o 12º.
É natural que quando se exige conhecimentos a pessoas a quem nunca tal foi exigido o resultado seja um desastre completo, o que aliás se verifica.
Mas não se preocupem que vara de imbecis que está no ministério ainda vai arranjar maneira de reduzir a exigência nesses anos e a nossa juventude fica toda extremamente ignorante, mas os pais felicíssimos e as estatísticas serão brilhantes.

sexta-feira, outubro 26, 2007  

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