sexta-feira, outubro 26, 2007

Suplentes

"O endividamento das famílias portuguesas “está no limite” e o crédito malparado atingiu níveis recorde.

A taxa de desemprego inverteu a tendência e acelerou em Agosto passado para 8,3 por cento, a terceira maior da zona euro. O desemprego nos jovens com menos de 25 anos subiu para os 18 por cento, taxa acima da média da Europa a 27. Um em cada cinco portugueses vive em situação de pobreza. E segundo estudos do Eurostat e das Nações Unidas Portugal é dos países europeus onde a desigualdade social é maior.

A justiça enfrenta situações de verdadeiro colapso. Há “megaprocessos” que estão em vias de ir para o lixo por se basearem em investigações irregulares. A reforma do Código do Processo Penal, que teve a originalidade de entrar em vigor a um sábado, está a ser criticada por todas as instâncias judiciais. Juntamente com as alterações do Processo Penal foram introduzidas na legislação reformas “arrepiantes”, na opinião de um conceituado penalista. O PGR tem ruídos no telefone e um jornal escreve, sem que isso levante um escândalo nacional, que o procurador do processo Casa Pia terá escondido provas que favoreciam os acusados.

A saúde está em fase terminal e o único futuro que se depara aos utentes do chamado SNS é a proximidade com Espanha. A educação chumbou na avaliação da Comissão Europeia: Portugal é um dos países em pior situação ao nível do abandono escolar, o Estado-membro com o pior resultado na conclusão do secundário.

E com todo este cenário de apagada e vil tristeza, o que é que discutiram na quarta-feira os deputados de uma das comissões da Assembleia da República? Pois discutiram se os suplentes da Comissão não terão direito a receber ajudas de custo como os efectivos
."

João Paulo Guerra

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