domingo, março 04, 2007

Não espantem os pardais...

"Maria José Morgado lembrou ontem o combate da justiça italiana contra a máfia para provar que a “criminalidade grave não é invencível”.Apesar de o juiz que acabou com a Cosa Nostra siciliana – Giovanni Falconne – ter sido assassinado, a procuradora lembrou a metodologia a que o magistrado italiano recorreu para eliminar a máfia. “Apontou ao núcleo económico das organizações de forma a que as suas actividades deixassem de ser rentáveis. É isso que deve ser feito em Portugal”, disse Maria José Morgado ao CM depois de participar, em Constância, no Congresso de Cidadania, que contou também com a participação de Laborinho Lúcio, ex-ministro da Justiça, Marques Vidal, ex-director nacional da PJ, e do constitucionalista Gomes Canotilho.

Morgado defendeu ainda que em Portugal os magistrados têm de trabalhar mais do “que das nove às cinco” e sublinhou que a luta contra as redes de corrupção só se tornará mais eficaz através da investigação ao branqueamento de capitais.E para haver uma “repressão eficaz com efeitos dissuasores” dos criminosos, a procuradora-geral adjunta falou em legislação que inclua regras de controlo da riqueza pessoal e mais facilidade no acesso aos documentos da Administração Pública. "

DISCURSO DIRECTO"A corrupção está para a democracia como a gripe está para o seu humano. Corremos todos esse risco e não há protecção a 100 por cento.""As práticas corruptivas têm efeito boomerang: aumentam os níveis de pobreza, afastam o investimento e diminuem a competetividade." Maria José Morgado
Como toupeira e conhecedor de subterrâneos concordo em absoluto. Apenas gosto de silêncio na arte da caça, assim como na arte de não ser caçado e falo por experiência própria e porque a pele é minha.
Aqui perto da toca, uns humanos falavam acerca do assunto e diziam que iam dormir mais descansados e o discurso era este:
Ficamos no sítio todos mais descansados.

A metodologia já existe: asfixiar as organizações corruptoras.

Falcone e o seu grupo de investigadores, descobriu, alguns com custo da própria vida que os inimigos estavam dentro das forças de segurança, dentro dos ministérios, dirigidos de fora pela Máfia, para o poder político até ao nível de primeiro ministro, magistratura, polícias e media.

Não me pareceu ter havido sucesso, nem com a siciliana, nem com a camorra, mudaram foi os métodos.: - Ir às compras e arrematar tudo o que mexe.
Lembro-me de figuras conhecidas como um amigo de um ex presidente da república portuguesa, de Andreotti que acabou como senador vitalício e muitos outros e ao que parece a justiça funcionou em pleno. Assim poder-se-á concluir que vai funcionar cá? Afinal apenas deram a hipótese de investigar uns casos de corruptela desportiva para alegrar os basbaques.

Falando para nomes sonantes fico de facto mais descansado, tão descansado que até me vou oferecer para pagar mais impostos para este estado, que continua a defender a Ota e o TGV, como se isso não fosse asfixiar o futuro deste sítio cada vez mais mal frequentado.

Fico mais descansado ao saber que afinal o estado e o seu banco não deixaram que a opa do século se realizasse afrontando um homem que disse a respeito de um político de homilias, que ele nunca seria nada na política enquanto ele fosse vivo, penso que foi mais ou menos isto, coisa que até achei boa atendendo a que o humano em causa tem muito cuidado em não morder a língua, tal o veneno que poderá instilar a si próprio.

Fico também mais descansado porque ninguém será assassinado como foi Falcone, porque aqui os criminosos têm brandos costumes e acreditam noutro tipo de pressão.
Assim ficamos todos mais descansados, depois do referendo sobre o aborto e da sua não decisão, decerto irá surgir alguma coisa para desviar atenções, a gripe dos passarinhos não foi suficiente. Façamos de conta que o diálogo entre estes humanos foi assim.

Eu é que me fartei da conversa e fui dormir, porque o tempo voltou a arrefecer e começo a estar farto de conversa mole. Prefiro que me chamem de ceguêta, de roaz, detesto é que alguns vermes me incomodem, falo dos que gostam da cabeça numa bandeja, de viajantes que não acabam a viagem e de animais de rebanho.

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