Assim vai o "nosso" jornalismo.
Claro que um certificado de habilitações de 1996, enviado à Câmara da Covilhã, numa folha da Universidade Independente que identifica a instituição com um código postal e número de fax com a nova numeração introduzida só depois de 1998 não é um facto relevante."As notícias sobre a licenciatura de José Sócrates na Universidade Independente (UnI) fizeram todo o sentido há cerca de um mês.
(...)
Nesse exame público, sobretudo para as pessoas que queriam ouvir sem pretensões de juiz, José Sócrates foi convincente nas respostas...
Antes e depois, se a proposta era provar que tinha havido favorecimento - e era -, a polémica deu em nada.
(...)
Não é nada disto, infelizmente, que está a acontecer. Sucede-se a divulgação de factos irrelevantes e o caso resvalou para uma guerra entre dois jornais, que podem ser ligados aos interesses dos respectivos grupos económicos, e o primeiro-ministro.
(...)
Tudo isto pode não ser bom para José Sócrates. Mas tem faltado dizer que já está a ser péssimo para o jornalismo português (mais aqui)."
Claro que a existência de dois certificados de habilitações com datas diferentes da conclusão do curso e com dados diferentes no que diz respeito às disciplinas que foram concluídas também não é um facto relevante.
Claro que o facto de Luís Arouca não ser reitor da Universidade Independente quando autorizou o plano de equivalências e permitiu que José Sócrates terminasse a sua licenciatura em engenharia civil na instituição também não é um facto relevante.
Se calhar, facto relevante é, como diz Vital Moreira (ler aqui), o facto de Marque Mendes não ser advogado (ler aqui). O “já chega” chegou para branquear. É que quanto mais se mexe …
O verdadeiro interesse destas entrevistas está na publicação das habituais sondagens dando razão ao visado (ler aqui), terminando assim de vez com o drama, ou, na pior das hipóteses, emperrando a sua continuação.
Uma coisa é certa. Este caso está a ser péssimo para (algum ) jornalismo português.
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17 Comments:
E porque razão a maioria não há-de acreditar no Sócrates? Eu também acredito no Pai Natal, no Coelhinho da Páscoa, na Branca de Neve...
Tese da cabala porquê? Será que uma pessoa com um cargo desta dimensão tem de ter imunidade garantida? É claro que é injusto acusar alguém sem provas. Mas, será cabala investigar se cometeu irregularidades?
Sinto muito! mas...pertenço ao rol dos que ficaram com dúvidas. Só o facto de vir dar explicações, já nos deixou com a ideia de que havia mesmo coisa para explicar. No seu lugar, eu teria dito:investiguem que eu estou tranquilo!há muito ainda para explicar e nem só o PM...
Os portugueses nao leem jornais, nao veem debates, nao pensam por eles proprios,o objectivo da entrevista esta no resultado da sondagem!Tal como antigam/uma palavrinhas e acalmam os animos.Assim nao vamos mesmo a lado nenhum e os politicos a rirem-se de nos.
É legítimo informar, questionar, pôr em causa, tentar encontrar fraudes ou abusos... decorrentes de posições que se ocupam ou de compadrios... tão à portuguesa. E, neste contexto, o Público tem-se mantido dentro de limites razoavelmrente aceitáveis. No entanto, há pormenores que são isso mesmo e "informações "que mais não são do que "coscuvilhice" barata, com a mera intenção de arranhar a imagem de alguém. Ora, todos temos direito à imagem e bom nome, por muito que custe aos nossos inimigos ou adversários. E isto também é válido para os políticos. Acusem-se os políticos que se pensa que procederam incorrectamente ou,então, deixem-se em paz. Qual a diferença entre informar e acusar?`A fronteira é ténue, sim, é! Nos anos pós-revolução, na fac de Direito de Lisboa, os júris de exames orais foram temporariamente constituídos por um professor, um aluno e um funcionário. E, por vezes, este "júri" ainda era "ajudado" pelos presentes na sala, que gritavam: "passem lá o gajo!". Era o tempo de algumas personalidades da nossa praça, políticas e outras. Estão os jornalistas a pensar ir desenterrar esses tempos, essas pessoas e por em causa "diplomas" assim obtidos? Já agora, vão também localizar os diplomas carimbados pelo selo branco roubado de um Instituto universitário, também nesses tempos "originais". Começa a ser patético que o jornalismo de investigação, que tantos temas quentes tem desbravado e tanto tem contribuído para o esclarecimento e formação da opinião pública se limite, em meu entender e para este caso, a andar à roda, a morder, sem esclarecer cabalmente. São apenas os documentos e 'factos' circunstanciais que interessam? Sabem mais, mas ainda não acham "oportuno"? Esta última hipótese seria um demérito... Esclareçam de vez ou deixem cair e... voltem mais tarde à carga, mas então com missil de cruzeiro com ogivas nucleares. Pólvora seca só chateia!
Em toda esta trapalhada do caso Sócrates/UNI não me preocupam muito as qualificações do primeiro ministro. Continuo a pensar que, bem à maneira portuguesa, Sócrtaes se limitou a "comer" de onde muitos outros comeram (veja-se o silêncio dos partidos, todos, a meu ver, com telhados de vidro...). O que eu acho que condena Sócrates e podia ter sido evitável, não fosse a sua arrogância e a sua vontade de estar acima de tudo e de todos, é acenar com percursos académicos exemplares e depois vir-se a saber que afinal até já tinha tentado Direito (matrículas em vários anos lectivos) e depois nem uma só cadeira fez... Sócrates podia-se defender sem invocar (juntamente com Mariano Gago) que tinha sido um aluno exemplar. Não era necessário. Não ficava mais legitimado por isso. Ao provar-se que, afinal, o seu percurso universitário não é assim tão imaculado ou que, afinal, o professor António Morais até já lhe tinha dado aulas anteriormente, aumenta as suspeitas de que nem tudo terá a legalidade que devia ter. E, que raio, como diz Marcelo Rbeleo de Sousa, que socialmente tratassem o homem por engenheiro é como o outro, agora que ele, nos canais oficiais (biografia oficial do site do governo, livro dos deputados da Assembleia da República, etc, etc), se apresentasse como Engenheiro isso já é muito grave e permite-nos formular um juízo de carácter sobre o cidadão José Sócrates que não lhe é muito favorável.
O estilo da «boyada» tem que se lhe diga. Todos os dias surgem embrulhadas novas sobre a Universidade Independente e os cursos de José Sócrates, atestando novas contradições com o que afirmou recentemente . Estas «embrulhadas» e contradições, podem não ser os problemas cruciais do país, mas são notícia e interessam a muitos leitores. Até porque ajudam a traçar o perfil de um político, além de provarem o estado calamitoso do ensino superior público. Só que os «boys» e «girls», presumivelmente pagos com o nosso dinheiro, querem calar os jornalistas, sonhando com um regime de dura censura. E insultam, insultam quanto podem. Pior para eles e para o nosso primeiro. Quanto mais falam e escrevem, mais a curiosidade dos leitores fica desperta.
Não percebo este povo, prova-se por A+B que o processo da licenciatura está cheio de incongruências e que ainda que não seja relevante para a governação do País, fica pelo menos a suspeita de tráfico de influências o que não é muito abonatório já que o PM já havia mentido antes das eleições(vejam-se as promessas eleitorais) . Aqui o mais sensato será aguardarmos por mais investigações, e se ficar provado que o PM mentiu então exiga-se a sua substituição. Por questões de carácter um bom Político teria pedido a sua substituição por alguém dentro do PS, não mais gente que tenha competências para governar o País? Pessoalmente não acredito em predestinados
O PM já devia ter percebido que a questão da sua lincenciatura está cheia de dúvidas assuma os erros e peça desculpa pelas informaçõe falsas que prestou à população. Quem não deve não teme, e de facto já são muitos os dados que têm vindo a público que afectam a credibilidade do mesmo,. Como não penso que Portugal precis de Messias ou Salvadorse da Pátri, certamente que o PS poderá encontrar pelo menos alguém com mais carácter para o substittuir. è que já não convence a não ser os mais obstinados
O que interessa é que o cidadão Pinto de Soua subiu na vida à custa de habilidades... Desde 1981 como "Eng." arrannjou emprego nas autarquias, foi eleito Deputado, Secretário de Estado, Ministro, Primeiro Ministro e ninguém ousa "ver"... Será que sou eu é que vejo que o rei vai nu ?!
O conteúdo das declarações desta pessoa ligada à UNI indicia que há gente a querer resolver o problema de José Sócrates. Alguém vai pagar a favas e não é, concerteza o primeiro ministro. Este está a ser protegido pela Própria UNiversidade Independente. Dessa forma pode ser ser que se "safem" os dois. Este país é assim...! Há, no entanto uma coisa que fica: este primeiro ministro nunca mais há-de ser visto como rigoroso e imparcial; a partir de agora até pode exigir rigor, o povo português até pode cumprir as suas exigências, mas ninguém deixará de se rir daquele que um dia "pode ter comprado a suas habilitações literárias", o que para um primeiro ministro é, no mínimo, vegonhoso! Eu votei nele e não tenho orgulho nenhum nisso, que fique claro. E como eu há muita gente.
A situação é clara. Na tragédia do Rei Édipo de Sófocles o próprio já se apercebe cedo que não tem alternativa a não ser assumir que é o culpado de toda a desdita onde caiu. É assim que acontece até aos Reis. O que não é o caso. O menino Sócrates perder toda a credibilidade para exigir aos outros seja o que for. A situação de trágica pode vir a tornar-se trágico-cómica! O perjúrio e/ou a mentira dão pena de destituição nos EUA. O tal país onde os "Procuradores Gerais" da Répública são a sério e onde o salário do Presidente da Reserva Federal norte-Americana é mais baixo do que o salário do nosso Governador do Banco de Portugal! A verdade é como o azeite: vem sempre ao cimo! Mesmo que Sócrates ganhe as próximas eleições, aquilo que se seguirá será um "auto-de-fé" em lume brando até a criatura, de tão feia, deixar de se suportar ver ao espelho! Quanto mais notícias se vêem sobre isto mais mentiras se encontram! Deus é Grande e a mentira é um acto contra a natureza e até a harmonia do Grande Arquitecto do Universo, o que, por si só, também viola as mais elementares regras da Maçonaria! Por outro lado, cuidado o SIS está dentro do Público e dentro da Sonae. E esta, hein?!
Já lá vai o tempo em que o Mensageiro era morto por ter informado! De qualquer modo, o Mensageiro ou o que dá a notícia, não agrada a todos. É que a NOTÍCIA agrada a uns e desagrada a outros! Actualmente o Mensageiro não é morto. Mas é PERSEGUIDO, PRETERIDO, DESCLASSIFICADO, INSULTADO e INJUSTIÇADO! O Jornal PÚBLICO meteu-se com PODEROSOS! Digo "meteu-se" porque gosta da VERDADE, gosta de cumprir com o seu DEVER de informar. È para isso e por isso que existe. Só que, existir para informar, SEM MÊDO, é muito, muito difícil! OBRIGADO PÚBLICO, e a outros órgãos de informação. Contínua PÚBLICO...
Este assunto tem de ser totalmente esclarecido, não pensem alguns que é de menor importãncia, quem nos garante que não haja técnicos licenciados por esta universidade e outras que tais a projectar pontes? Ou estruturas, e se essas estruturas nos cairem em cima? Que moral terá José Sócrates para exigir empenhamento aos portugueses, se pairar a dúvida da forma como adfquiriu a licenciatura?
Eu fico espantado como é que é possível qualquer pessoa com dois dedos de inteligência e sem sequer ser necessário ter frequentado uma universidade, achar normal que um caso de polícia, ao mais alto nível ,seja normal. A fraude e a corrupção são realmente encorajadas neste país. Será que até a maior parte dos partidos queira encerrar isto porque têm telhados de vidro? É espantoso e inacreditável com tanta trafulhice provada, que tanta gente continue a dizer que está tudo explicado. Se fosse eu ou um cidadão normal já estava preso! Isto só pode acontecer,realmente, numa república das bananas. Uma última palavra para a verticalidade dos jornais de referência Público e Expresso. Continuam a ser os únicos que não se vergam.
Agradeço ao Público estar a dar destaque a um assunto que pode ajudar os portugueses a formular uma opinião sobre a figura do primeiro-ministro, pois afinal é ele quem nos conduz. Alguém teria orgulho num pai mentiroso que desgovernasse a família? Quem não gosta das notícias peça a José Socrates para aceitar a tal comissão independente que ponha tudo a claro e, já agora, peçam-lhe para ser mais rigoroso no que diz, para evitar tanta trapalhada.
O que interessa para o caso é que, na falta de um conselho científico, era legal ser o Reitor a definir o Plano de Equivalências. Não sendo Luís Arouca o Reitor resta concluir que não tinha competência legal para definir o Plano de Equivalências. E, sendo assim, a equivalência é falsa... Para o caso tanto faz pois o curso não é reconhecido pela Ordem dos Engenheiros e como tal nunca poderia exercer a profissão de engenheiro. Para exercer a simples profissão de político basta-lhe que ainda haja crédulos quanto a este assunto...
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