segunda-feira, abril 16, 2007

Assim vai o "nosso" jornalismo.

"As notícias sobre a licenciatura de José Sócrates na Universidade Independente (UnI) fizeram todo o sentido há cerca de um mês.

(...)

Nesse exame público, sobretudo para as pessoas que queriam ouvir sem pretensões de juiz, José Sócrates foi convincente nas respostas...

Antes e depois, se a proposta era provar que tinha havido favorecimento - e era -, a polémica deu em nada.

(...)

Não é nada disto, infelizmente, que está a acontecer. Sucede-se a divulgação de factos irrelevantes e o caso resvalou para uma guerra entre dois jornais, que podem ser ligados aos interesses dos respectivos grupos económicos, e o primeiro-ministro.

(...)

Tudo isto pode não ser bom para José Sócrates. Mas tem faltado dizer que já está a ser péssimo para o jornalismo português
(mais aqui)."
Claro que um certificado de habilitações de 1996, enviado à Câmara da Covilhã, numa folha da Universidade Independente que identifica a instituição com um código postal e número de fax com a nova numeração introduzida só depois de 1998 não é um facto relevante.

Claro que a existência de dois certificados de habilitações com datas diferentes da conclusão do curso e com dados diferentes no que diz respeito às disciplinas que foram concluídas também não é um facto relevante.

Claro que o facto de Luís Arouca não ser reitor da Universidade Independente quando autorizou o plano de equivalências e permitiu que José Sócrates terminasse a sua licenciatura em engenharia civil na instituição também não é um facto relevante.

Se calhar, facto relevante é, como diz Vital Moreira (ler aqui), o facto de Marque Mendes não ser advogado (ler aqui). O “já chega” chegou para branquear. É que quanto mais se mexe …

O verdadeiro interesse destas entrevistas está na publicação das habituais sondagens dando razão ao visado (ler aqui), terminando assim de vez com o drama, ou, na pior das hipóteses, emperrando a sua continuação.

Uma coisa é certa. Este caso está a ser péssimo para (algum ) jornalismo português.

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17 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E porque razão a maioria não há-de acreditar no Sócrates? Eu também acredito no Pai Natal, no Coelhinho da Páscoa, na Branca de Neve...

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Tese da cabala porquê? Será que uma pessoa com um cargo desta dimensão tem de ter imunidade garantida? É claro que é injusto acusar alguém sem provas. Mas, será cabala investigar se cometeu irregularidades?

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Sinto muito! mas...pertenço ao rol dos que ficaram com dúvidas. Só o facto de vir dar explicações, já nos deixou com a ideia de que havia mesmo coisa para explicar. No seu lugar, eu teria dito:investiguem que eu estou tranquilo!há muito ainda para explicar e nem só o PM...

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Os portugueses nao leem jornais, nao veem debates, nao pensam por eles proprios,o objectivo da entrevista esta no resultado da sondagem!Tal como antigam/uma palavrinhas e acalmam os animos.Assim nao vamos mesmo a lado nenhum e os politicos a rirem-se de nos.

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

É legítimo informar, questionar, pôr em causa, tentar encontrar fraudes ou abusos... decorrentes de posições que se ocupam ou de compadrios... tão à portuguesa. E, neste contexto, o Público tem-se mantido dentro de limites razoavelmrente aceitáveis. No entanto, há pormenores que são isso mesmo e "informações "que mais não são do que "coscuvilhice" barata, com a mera intenção de arranhar a imagem de alguém. Ora, todos temos direito à imagem e bom nome, por muito que custe aos nossos inimigos ou adversários. E isto também é válido para os políticos. Acusem-se os políticos que se pensa que procederam incorrectamente ou,então, deixem-se em paz. Qual a diferença entre informar e acusar?`A fronteira é ténue, sim, é! Nos anos pós-revolução, na fac de Direito de Lisboa, os júris de exames orais foram temporariamente constituídos por um professor, um aluno e um funcionário. E, por vezes, este "júri" ainda era "ajudado" pelos presentes na sala, que gritavam: "passem lá o gajo!". Era o tempo de algumas personalidades da nossa praça, políticas e outras. Estão os jornalistas a pensar ir desenterrar esses tempos, essas pessoas e por em causa "diplomas" assim obtidos? Já agora, vão também localizar os diplomas carimbados pelo selo branco roubado de um Instituto universitário, também nesses tempos "originais". Começa a ser patético que o jornalismo de investigação, que tantos temas quentes tem desbravado e tanto tem contribuído para o esclarecimento e formação da opinião pública se limite, em meu entender e para este caso, a andar à roda, a morder, sem esclarecer cabalmente. São apenas os documentos e 'factos' circunstanciais que interessam? Sabem mais, mas ainda não acham "oportuno"? Esta última hipótese seria um demérito... Esclareçam de vez ou deixem cair e... voltem mais tarde à carga, mas então com missil de cruzeiro com ogivas nucleares. Pólvora seca só chateia!

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Em toda esta trapalhada do caso Sócrates/UNI não me preocupam muito as qualificações do primeiro ministro. Continuo a pensar que, bem à maneira portuguesa, Sócrtaes se limitou a "comer" de onde muitos outros comeram (veja-se o silêncio dos partidos, todos, a meu ver, com telhados de vidro...). O que eu acho que condena Sócrates e podia ter sido evitável, não fosse a sua arrogância e a sua vontade de estar acima de tudo e de todos, é acenar com percursos académicos exemplares e depois vir-se a saber que afinal até já tinha tentado Direito (matrículas em vários anos lectivos) e depois nem uma só cadeira fez... Sócrates podia-se defender sem invocar (juntamente com Mariano Gago) que tinha sido um aluno exemplar. Não era necessário. Não ficava mais legitimado por isso. Ao provar-se que, afinal, o seu percurso universitário não é assim tão imaculado ou que, afinal, o professor António Morais até já lhe tinha dado aulas anteriormente, aumenta as suspeitas de que nem tudo terá a legalidade que devia ter. E, que raio, como diz Marcelo Rbeleo de Sousa, que socialmente tratassem o homem por engenheiro é como o outro, agora que ele, nos canais oficiais (biografia oficial do site do governo, livro dos deputados da Assembleia da República, etc, etc), se apresentasse como Engenheiro isso já é muito grave e permite-nos formular um juízo de carácter sobre o cidadão José Sócrates que não lhe é muito favorável.

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O estilo da «boyada» tem que se lhe diga. Todos os dias surgem embrulhadas novas sobre a Universidade Independente e os cursos de José Sócrates, atestando novas contradições com o que afirmou recentemente . Estas «embrulhadas» e contradições, podem não ser os problemas cruciais do país, mas são notícia e interessam a muitos leitores. Até porque ajudam a traçar o perfil de um político, além de provarem o estado calamitoso do ensino superior público. Só que os «boys» e «girls», presumivelmente pagos com o nosso dinheiro, querem calar os jornalistas, sonhando com um regime de dura censura. E insultam, insultam quanto podem. Pior para eles e para o nosso primeiro. Quanto mais falam e escrevem, mais a curiosidade dos leitores fica desperta.

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Não percebo este povo, prova-se por A+B que o processo da licenciatura está cheio de incongruências e que ainda que não seja relevante para a governação do País, fica pelo menos a suspeita de tráfico de influências o que não é muito abonatório já que o PM já havia mentido antes das eleições(vejam-se as promessas eleitorais) . Aqui o mais sensato será aguardarmos por mais investigações, e se ficar provado que o PM mentiu então exiga-se a sua substituição. Por questões de carácter um bom Político teria pedido a sua substituição por alguém dentro do PS, não mais gente que tenha competências para governar o País? Pessoalmente não acredito em predestinados

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O PM já devia ter percebido que a questão da sua lincenciatura está cheia de dúvidas assuma os erros e peça desculpa pelas informaçõe falsas que prestou à população. Quem não deve não teme, e de facto já são muitos os dados que têm vindo a público que afectam a credibilidade do mesmo,. Como não penso que Portugal precis de Messias ou Salvadorse da Pátri, certamente que o PS poderá encontrar pelo menos alguém com mais carácter para o substittuir. è que já não convence a não ser os mais obstinados

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O que interessa é que o cidadão Pinto de Soua subiu na vida à custa de habilidades... Desde 1981 como "Eng." arrannjou emprego nas autarquias, foi eleito Deputado, Secretário de Estado, Ministro, Primeiro Ministro e ninguém ousa "ver"... Será que sou eu é que vejo que o rei vai nu ?!

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O conteúdo das declarações desta pessoa ligada à UNI indicia que há gente a querer resolver o problema de José Sócrates. Alguém vai pagar a favas e não é, concerteza o primeiro ministro. Este está a ser protegido pela Própria UNiversidade Independente. Dessa forma pode ser ser que se "safem" os dois. Este país é assim...! Há, no entanto uma coisa que fica: este primeiro ministro nunca mais há-de ser visto como rigoroso e imparcial; a partir de agora até pode exigir rigor, o povo português até pode cumprir as suas exigências, mas ninguém deixará de se rir daquele que um dia "pode ter comprado a suas habilitações literárias", o que para um primeiro ministro é, no mínimo, vegonhoso! Eu votei nele e não tenho orgulho nenhum nisso, que fique claro. E como eu há muita gente.

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

A situação é clara. Na tragédia do Rei Édipo de Sófocles o próprio já se apercebe cedo que não tem alternativa a não ser assumir que é o culpado de toda a desdita onde caiu. É assim que acontece até aos Reis. O que não é o caso. O menino Sócrates perder toda a credibilidade para exigir aos outros seja o que for. A situação de trágica pode vir a tornar-se trágico-cómica! O perjúrio e/ou a mentira dão pena de destituição nos EUA. O tal país onde os "Procuradores Gerais" da Répública são a sério e onde o salário do Presidente da Reserva Federal norte-Americana é mais baixo do que o salário do nosso Governador do Banco de Portugal! A verdade é como o azeite: vem sempre ao cimo! Mesmo que Sócrates ganhe as próximas eleições, aquilo que se seguirá será um "auto-de-fé" em lume brando até a criatura, de tão feia, deixar de se suportar ver ao espelho! Quanto mais notícias se vêem sobre isto mais mentiras se encontram! Deus é Grande e a mentira é um acto contra a natureza e até a harmonia do Grande Arquitecto do Universo, o que, por si só, também viola as mais elementares regras da Maçonaria! Por outro lado, cuidado o SIS está dentro do Público e dentro da Sonae. E esta, hein?!

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Já lá vai o tempo em que o Mensageiro era morto por ter informado! De qualquer modo, o Mensageiro ou o que dá a notícia, não agrada a todos. É que a NOTÍCIA agrada a uns e desagrada a outros! Actualmente o Mensageiro não é morto. Mas é PERSEGUIDO, PRETERIDO, DESCLASSIFICADO, INSULTADO e INJUSTIÇADO! O Jornal PÚBLICO meteu-se com PODEROSOS! Digo "meteu-se" porque gosta da VERDADE, gosta de cumprir com o seu DEVER de informar. È para isso e por isso que existe. Só que, existir para informar, SEM MÊDO, é muito, muito difícil! OBRIGADO PÚBLICO, e a outros órgãos de informação. Contínua PÚBLICO...

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Este assunto tem de ser totalmente esclarecido, não pensem alguns que é de menor importãncia, quem nos garante que não haja técnicos licenciados por esta universidade e outras que tais a projectar pontes? Ou estruturas, e se essas estruturas nos cairem em cima? Que moral terá José Sócrates para exigir empenhamento aos portugueses, se pairar a dúvida da forma como adfquiriu a licenciatura?

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Eu fico espantado como é que é possível qualquer pessoa com dois dedos de inteligência e sem sequer ser necessário ter frequentado uma universidade, achar normal que um caso de polícia, ao mais alto nível ,seja normal. A fraude e a corrupção são realmente encorajadas neste país. Será que até a maior parte dos partidos queira encerrar isto porque têm telhados de vidro? É espantoso e inacreditável com tanta trafulhice provada, que tanta gente continue a dizer que está tudo explicado. Se fosse eu ou um cidadão normal já estava preso! Isto só pode acontecer,realmente, numa república das bananas. Uma última palavra para a verticalidade dos jornais de referência Público e Expresso. Continuam a ser os únicos que não se vergam.

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Agradeço ao Público estar a dar destaque a um assunto que pode ajudar os portugueses a formular uma opinião sobre a figura do primeiro-ministro, pois afinal é ele quem nos conduz. Alguém teria orgulho num pai mentiroso que desgovernasse a família? Quem não gosta das notícias peça a José Socrates para aceitar a tal comissão independente que ponha tudo a claro e, já agora, peçam-lhe para ser mais rigoroso no que diz, para evitar tanta trapalhada.

segunda-feira, abril 16, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O que interessa para o caso é que, na falta de um conselho científico, era legal ser o Reitor a definir o Plano de Equivalências. Não sendo Luís Arouca o Reitor resta concluir que não tinha competência legal para definir o Plano de Equivalências. E, sendo assim, a equivalência é falsa... Para o caso tanto faz pois o curso não é reconhecido pela Ordem dos Engenheiros e como tal nunca poderia exercer a profissão de engenheiro. Para exercer a simples profissão de político basta-lhe que ainda haja crédulos quanto a este assunto...

segunda-feira, abril 16, 2007  

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