A entrada em Espanha pela porta dos pobrezinhos
"As empresas portuguesas têm enorme dificuldade em ganhar dimensão em Espanha. No caso das construtoras, o argumento é que existem demasiadas barreiras políticas. A eventual falta de competitividade nunca é chamada ao assunto, isto apesar de, quando concorrem em Portugal, as próprias construtoras nacionais não hesitarem em pedir ajuda às espanholas. Já o sector financeiro, habituado a trabalhar com cifrões, tem sido mais moderado nas críticas. Porque reconhece que os bancos portugueses não conseguem comprar rivais em Espanha e inverter o fluxo de sentido contrário, simplesmente porque não têm dinheiro para pagar os preços que se praticam aqui ao lado. A Caixa Geral de Depósitos, por exemplo, comprou três pequenos bancos, o último dos quais há 12 anos. Desde então, afirma que Espanha é uma prioridade. “Cheirou” diversas compras, mas nunca teve a coragem de pagar a factura pedida. Hoje, se calhar está arrependida. Mas hoje, é mesmo impossível entrar em Espanha pela porta das grandes aquisições. Resta a forma habitual dos pobrezinhos: as habituais parcerias."
Pedro Marques Pereira com Catarina Beato e Bruno Faria Lopes
Pedro Marques Pereira com Catarina Beato e Bruno Faria Lopes
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