segunda-feira, dezembro 03, 2007

Criação de emprego, a variável de ajustamento

"A economia cresce pouco, a conjuntura internacional está cheia de incertezas, na sequência da crise do mercado imobiliário nos Estados Unidos, o petróleo não pára de bater novos recordes, a inflação teima em pressionar os banqueiros centrais a ponderar uma eventual subida das taxas de juro (apesar de o crescimento em nada o aconselhar) e o euro entrou numa rota ascendente face ao dólar que nada o parece fazer parar.

Não há muitas razões para que as empresas portuguesas se sintam esfuziantes quanto às perspectivas futuras. Num cenário de tanta adversidade, os empresários cujas margens de lucro já andam esmagadas ao máximo há meses – sobretudo nos sectores exportadores –, vêem na criação de novos postos de trabalho a variável de ajustamento. A opinião generalizada é que não existem condições ou incentivos para contratar. A face da mesma moeda são os consumidores pessimistas quanto às perspectivas de evolução do desemprego nos próximos 12 meses. Não é pois de estranhar que com os níveis actuais de endividamento das famílias a capacidade de poupança esteja nos piores níveis de sempre
. "

Mónica Silvares

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A liquidação dos cursos Industriais e Comerciais feita pelos senhores "Dr" foi a pior desgraça que aconteceu ao nosso ensino e os números aí estão. Entretanto os mesmos senhores "Dr" criaram licenciaturas que não servem para nada, a não ser para lhes garantir o emprego. A baixa qualificação dos nossos empresários também não ajuda muito. Também os nosso jovens insistem nas Lic. na área de humanísticas, por serem mais fáceis e o resultado está à vista. Por outro lado o desemprego nas eng. tradicionais e nas ligadas ás TI é inexistente ou muito residual. Aqui os Empresários queixam-se de falta de quadros técnicos qualificados. Os jovens queixam-se de falta de aptidão para a matemática.

terça-feira, dezembro 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

"Também os nosso jovens insistem nas Lic. na área de humanísticas, por serem mais fáceis e o resultado está à vista. Por outro lado o desemprego nas eng. tradicionais e nas ligadas ás TI é inexistente ou muito residual." Asneira atrás de asneira, Sr. José. Eu sou licenciado em Engenharia Civil e encontro-me a fazer trabalho de secretaria numa reputada (?!) empresa nacional do sector, por falta de actividade no nosso ramo, ou seja, falta de construção e de actividade no sector imobiliário. Licenciei-me há três anos (2004), numa universidade pública nacional, tendo encontrado emprego ao fim de 4 (quatro) meses. Os meus colegas que se licenciaram este ano (2007) e em 2006 ainda estão em situações muito precárias, tal como os de "humanísticas". Também não sei o que entende o senhor por cursos de "humanísticas", suponho que meta Direito, Economia, Ciência Política e afins no mesmo "saco" de cursos da área das Ciências Humanas (História, Filosofia e por aí fora). O meu irmão mais novo foi dos melhores alunos do seu curso de "humanísticas" e demorou mais tempo do que eu a tirar o curso e vi eu as dificuldades que teve. São áreas diferentes, com pessoas diferentes e dificuldades diferentes. Posto isto, o problema não é dos cursos, é do atraso de mentalidades no mercado de trabalho, do poder político fraco face à ditadura das empresas (empresas grandes), que só procuram o lucro fácil e cortar tanto na formação dada pelas empresas como em quadros qualificados. Isto é COBARDIA e uma VERGONHA.

terça-feira, dezembro 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Penso que o país está cada vez pior em termos de desemprego, os números assim o indicam. O Primeiro Ministro e este Governo estão errados quanto à política de educação e ensino que preconizam para Portugal. Fala-se em números, e a qualidade do ensino? Sou mãe de uma criança pequena, mas vejo com pessimismo o futuro das crianças portuguesas. Só quem investir num curso de Medicina, ou então numa arte ou ofício, é que irá terá mais hipóteses. A outra será sair do país.

terça-feira, dezembro 04, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Infelizmente a maior parte dos recem-licenciados, não representa mais-valia para o processo produtivo. Isto é os nossos empresários não têm necessidade de qualificar ao nível dos recursos humanos as empresas. Conseguem com colaboradores menos qualificados e menos remunerados maior riqueza para eles. Não se esqueçam do que disse o secretário de estado dos assuntos fiscais. A última novidade de que tive conhecimento é que os bancos e sector financeiro ao responder aos tribunais e solicitadores de execução "cobram uma comissão", mas raramente emitem o correspondente recibo do valor recebido.

terça-feira, dezembro 04, 2007  

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