Corrupção e demagogia.
"As acusações de corrupção impune, proferidas pelo bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, de forma genérica contra os políticos, incluindo "alguns que, inclusive, ocupam cargos relevantes do Estado português", assumem uma gravidade extrema. Os termos vagos, na boca de quem recentemente foi eleito por expressiva maioria para liderar uma das classes profissionais cruciais para que haja justiça, só lançam achas na fogueira do discurso demagógico contra a 'porcaria' da política e dos políticos.
Na boca do bastonário, tudo isto se afigura impróprio do cargo que agora ocupa. Se na qualidade de comentador televisivo o populismo lhe valeu a eleição, esta obriga-o a outra responsabilidade. Como a que o procurador-geral da República mostrou ao dizer que quer agir de imediato.
A Marinho Pinto cabia acusar, com nome próprio e apelido, aqueles a quem está a aludir. Nunca dizer que está disponível para ir ao Parlamento, mas que, "como não é polícia", não tem de "apresentar provas". Assim, limita-se a atirar lama, sem nada concretizar, ao género das tristemente famosas tiradas do futebol (como o "vocês sabem do que eu estou a falar" ou "é o sistema"), em vez de apresentar indícios suficientes, nas instâncias próprias, que permitam aos acusadores públicos separar o trigo do joio em benefício da cidadania e do regime democrático.
Já nos tempos da nossa turbulenta I República se ouviam repetidamente vozes apontando a eito dedos no mesmo sentido. Sabe-se o que se passou em seguida: a pulsão para acabar com a 'choldra' dos políticos e os seus partidos redundou no partido único, 'apolítico'. Contra a demagogia, a democracia afirma-se como império da lei, e não das "bocas"."
Editorial do DN
Na boca do bastonário, tudo isto se afigura impróprio do cargo que agora ocupa. Se na qualidade de comentador televisivo o populismo lhe valeu a eleição, esta obriga-o a outra responsabilidade. Como a que o procurador-geral da República mostrou ao dizer que quer agir de imediato.
A Marinho Pinto cabia acusar, com nome próprio e apelido, aqueles a quem está a aludir. Nunca dizer que está disponível para ir ao Parlamento, mas que, "como não é polícia", não tem de "apresentar provas". Assim, limita-se a atirar lama, sem nada concretizar, ao género das tristemente famosas tiradas do futebol (como o "vocês sabem do que eu estou a falar" ou "é o sistema"), em vez de apresentar indícios suficientes, nas instâncias próprias, que permitam aos acusadores públicos separar o trigo do joio em benefício da cidadania e do regime democrático.
Já nos tempos da nossa turbulenta I República se ouviam repetidamente vozes apontando a eito dedos no mesmo sentido. Sabe-se o que se passou em seguida: a pulsão para acabar com a 'choldra' dos políticos e os seus partidos redundou no partido único, 'apolítico'. Contra a demagogia, a democracia afirma-se como império da lei, e não das "bocas"."
Editorial do DN
27 Comments:
O Editorialista do DN sabe do que fala.
A choldra para ele era apenas quem era apontado e num certo sentido.
Este senhor decerto faz parte de uma choldra, entendendo-se o que ele quiser por choldra.
O problema é que o 28 de Maio não foi uma revolta feita por políticos, foi feito por militares, porque a choldra como lhe chama, perseguia e assassinava, quem se lhe opunha.
A choldra enviou para a morte milhares de soldados portugueses, para defender a posição colonial, parece que foi essa a justificação. Esta choldra abandonou África, como abandonou, porque também obedecia a donos, no caso americanos, soviéticos, ingleses e outros que queriam ser potências. Foram muitos os portugueses que morreram às mãos da choldra da I República, esta não é diferente, apenas ainda não há assassinatos a tiro.
Depois da revolta dos militares veio a Revolução, e este país só não melhorou para a choldra e para os seus filhos e netos que voltaram a instalar a coldra na 3ª República.
O senhor editorialista acha que o senhor bastonário deve ser bufo, mas decerto deve saber ou calcular quem veio de calcinha passajada da província e de onde quiser, porque há muitos, e hoje são donos de fortunas que se não justificam apenas pelos ganhos da política séria, que não conheço.
Em Portugal não se investiga, insinua-se, em Portugal nunca há factos apenas suspeitas, também nunca há inocentes, apenas quem não foi declarado culpado, é facto.
Mas quem deve investigar arquiva, como no caso do senhor Sanches.
A choldra existe e está viva, é genética.
Os portugueses agradecem ao Bastonário da Ordem dos Advogados. Numa altura em que se chega a pôr em causa a honestidade dos Advogados, eis que emerge uma lufada de ar fresco. Ele sabe bem do que fala, mostra estar à vontade. O Socrates já está aflito... Alguns dos seus amiguinhos já vão sendo colocados. Outros vão-se preparando... E ele também, claro. Ou será que vão para a política pelos lindos olhos dos Portugueses?... A maior parte deles nunca fez nada na vida a não ser (baixa) política. Depois, sem experiência vão para a Administração das grandes empresas, ajudar a entregá-las ao poder económica estrangeiro. É uma alegria...
Agora é preciso por os nomes aos "bois" como se diz na minha terra e apresentar provas bem fundamentadas. Fartos de denúndias sem consequências e provas documentais andamos todos nós. Força Dr. Marinho nomes e provas para a praça pública. Já
O que o Bastonário dos Advogados veio denunciar chama-se, nos Estados Unidos, The Revolving Doors - As Portas Giratórias, por onde passam advogados, políticos, estrategas e outros, entre a Administração Pública e a Indústria e vice-versa, envolvendo sempre influência, poder e dinheiro. O caso mais evidente actualmente nos EUA dá pelo nome de Dick Cheney. Isso mesmo: o vice-presidente dos Estados Unidos. Simplesmente, nos EUA esta é uma realidade publicamente reconhecida e sobre a qual existem algumas leis ou regras restritivas. De resto, é possível saber tudo (ou quase tudo) sobre quem recebe de quem e para fazer o quê. Quem quiser pesquisar (em inglês) basta ir a www.opensecrets.org, ou www.lobbyinginfo.org, onde encontrará abundante e valiosa informação que ajuda a fazer comparações. Em qualquer caso, quero expressar aqui a minha admiração por quem, tão denodamente, vem denunciando as "portas giratórias" deste país que, aparentemente, giram sem qualquer espécie de controlo ou baliza...
Mais uma vez o nosso 1º Ministro. no seu melhor na defesa da "Sagrada Familia do PS". Porquê é que o nosso 1º fica tão irritado quando confrontado com os problemas reais do País? Será que o nosso 1º tem dúvidas quanto ao uso de influências? Será que nega os crimes do colarinho branco? Se nega tudo isto temos que oferecer ao nosso 1º um GPS porque vive no País errado. Quem poderá acreditar num homem que falta à palavra? Será que um País que viu muitos dos seus filhos morrerem pela liberdade, aceita esta "ditadura"e prepotência? Já dizia um famoso ditador de nome Mussolini" vivemos numa democracia agora, mas lembrem-se aqui quem manda sou eu" Não temos um País melhor e estamos a ser ultrapassados e regalados para a cauda da Europa. Num tom de desabafo apetece dizer "maldita padeira de Aljubarrota" Até na justiça,somos injustiçados. Arregace as mangas, senhor procurador da República e dê-se ao trabalho
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Marinho nunca seria definitivamente a minha escolha para bastonário, mas se há coisa que ele tem é coragem e uma frontalidade sem limites. Nisto faz lembrar o meu bastonário preferido que foi Pires de Lima. E quando Sócrates vem logo dizer que as declarações do meu colega não visam o Governo, mostra bem a sua preocupação face a um homem que não tem medo de nada. Além disso, também mostra alguma memória condicionada, porque Pires de Lima foi um dos primeiros a criticar sem dó nem piedade a inércia e a incompetência do Governo de Guterres. Na altura, o então PM teve a lata de mandar uma tirada demagógica dizendo que os advogados só defendiam os ricos, como se os advogados do PS (António Vitorino, José Lamego, Vera Jardim, Alberto Costa et al) só defendessem gente pobre e nunca estivessem ligados a altos interesses financeiros e económicos. Marinho pode ser por vezes exagerado, truculento e histriónico, mas já está a cumprir a missão de uma Ordem dos Advogados responsável que é defender e lutar pelo Estado de Direito. Com certeza que Marinho não conseguirá acabar com estas negociatas de alto nível que existem com o conluio dos altos círculos do Estado, mas dá-me um gozo tremendo vê-lo a fazer tremer o centrão. E o seu mandato enquanto Bastonário da OA vai durar 3 anos. Não tarda, estará a ser chamado de força de bloqueio. Mas isso só vai tornar estes 3 anos bastante interessantes para o país e algo preocupantes para o paraíso de plástico que apenas existe na cabeça do Primeiro Ministro e dos seus "spin doctors" Espero que Marinho não pare e desejo-lhe as maiores felicidades enquanto seu colega.
Sem dúvida que este país se anda a governar pessimamente! E as demagogias políticas so servem planos de curto prazo e que venham atempadamente a servir de pilar a eleições. No entanto, a culpa nao é dos políticos, mas sim do povo que deixa isto andar. É bom quando alguem aponta os erros, no entanto se esse alguem nao tiver um forte apoio publico, não vai a lado nenhum quando luta contra titãs. “The illiterate of the 21st century will not be those who cannot read and write, but those who cannot learn, unlearn and relearn.” - Alvin Toffler
Sócrates sabe porque o seu Governo apenas representa interesses, sendo portanto, os governantes meros lacaios de terceiros, tal como ele é. Mas serem, desse ponto de vista, "limpos" hoje não significa qua amanhã não tenham que ser "sacrificados", não sendo, por isso, de espantar se um dia no futuro, virmos o cavalheiro Correia de Campos na administração de uma seguradora, a ministra da Educação numa instituição de ensino particular, Mário Lino no Dakar, e por aí fora
Portugal ainda é um pais pobre porque é dificil mudar o sistema: todos os lideres politicos portugueses nasceram numa altura em que o Pais ainda era uma ditadura, onde apenas uma pequena minoria urbana estudava e alungs,poucos, estavam predestinados a tomar o poder - e preciso caras novas, internacionais e uma politica fresca e moderna em Portugal; Lembro-me qd o Santana Lopes tomou o poder, uma revista portuguesa publicou uma historia sobre ele onde numa foto dos tempos de escola primaria ele estava com outros ilustres da vida publica portuguesa. Quando e que as pessoas do nosso pais vao acordar para o facto que os nossos lideres sao camaradas e compinchas ha anos, que se protegem entre eles o mais que podem e que nunca defendem os interesses do povo mas sim deles proprios. Os nossos politicos nao sao escolhidos numa base de competencias provadas no sector publico, mas sim numa logica de origem familiar e oportunista. O Sr. Marinho e um homem de coragem e deve continuar o seu trabalho porque os Valentins de Portugal tem de desaparecer, os Santanas de Portugal tem de desaparecer. Portugal precisa de uma nova lideranca que mude os habitos e os intereses instalados ha geracoes! E dificil, mas so com atitudes como a do Sr Marinho podemos avancar.
A tentação de conseguir vantagens por meios ilícitos é uma das características das sociedades livres. Com penalizações leves o ilícito compensa para garantir a liberdade individual de cada um sendo um factor essencial da democracia. Em 30 anos de democracia o país evoluiu como evoluíram todos os países da Europa, não como consequência da existência da democracia, mas como consequência da evolução da civilização. Podemos então olhando essa evolução questionar para que serve o poder? Para conseguir benefícios que de outra forma não seriam obtidos. Ter poder significa possuir as melhores mulheres, comer a melhor comida, ter os melhores carros, as melhores casas, fatos armani de 10.000 €, os amigos mais influentes, melhores empregos para familiares e amigos de infância, enfim um mundo de favores impossível de conseguir se não se tiver poder. Poucos homens do poder viveram como o comum dos seus súbditos. Que me lembre só Salazar. Mas esse não era propriamente um democrata e certamente que continuamos a preferir a democracia. Eu também! E será que alguma vez vamos conseguir eleger alguém com o espírito de missão democrática que prescinda das iguarias do poder? Quem não salive com a perspectiva de qualquer eleição para o cargo de presidente da Junta de Freguesia, das Festas em Honra de qualquer coisa? A eleição é o lugar do reconhecimento das competências que se julga ter. A corrupção funciona bem aí porque ajuda a tapar a incompetência. Aplaudo o arrojo do Dr. Pinto Marinho. Não sei é se se vai aguentar à bronca. Mas isso logo se verá. Uma boa ajuda seria todos nós, que conhecemos alguns desses corruptos, os denunciássemos (anonimamente) aos impostos. É assim que se apanham os Al Capones. Acreditem que o povo agradecia.
O Dr. Marinho Pinto que pondere nas declarações caso contrário é como o Sr. Octávio que diz " eu sei do que estou a falar" e nunca disse nada de especial. Já agora esses criminosos não são advogados? e alguns não foram treinados por ele quando dava formação? É preciso olhar para o telhado quando se fala.
Em alturas de crise ou ameaça de crise, em que simultaneamente se afrontam poderosos interesses instalados, do poder local avesso ao controlo orçamental e enfeudado aos interesses imobiliários, dos advogados defensores desses interesses, da medicina privada apoiada logisticamente na medicina pública e por isso contrária à restruturação do serviço público de saúde, dos professores avessos a cumprirem horários e a ensinarem, dos funcionário públicos avessos a servirem o público, dos meios de comunicação avessos a informarem com independencia preferindo o sensacionalismo, em suma os interesses de qualquer cidadão ou grupo decidadãos ardilosos na fugir ao fisco (não são só os grandes contribuintes que são ardilosos) é sintomático aparerecerem profetas e arautos dos amanhãs redentores que cantam e que a história nos ensinou tornarem-se em desgraças. O que não deixa de ser singular é ser o bastonário da ordem dos advogados a dizer que há impunidade e crimanalidade nos mais elevados cargos do Estado e afirme que não está peocupado em apresentar provas. Tempos dificeis.
Todos sabemos quem são esses senhores e o que andam a fazer: basta falarmos com qualquer um dos nossos conhecidos que existe sempre uma história de "favorecimentos" e "facilitismos" que todos conhecem. Num país em que nunca ninguém é responsabilizado por nada (morrem pessoas nas urgências, incompetências com lesão para o Estado, etc) é absolutamente natural que a corrupção se passeie de riso escancarado por entre os meandros das "altas esferas". Já nem devia chamar-se corrupção: é uma uma "forma de fazer as coisas"...
Ate parece que o senhor Bastonário disse alguma mentira. Poderia com provas, citar o nome de mais de três dezenas deles. (desde os mais altos cargos da Nação). Tenho é uma certeza absoluta: actualmente não temos sangue novo suficiente para subestituir todos os que são corruptos. Mais grave ainda é saber que quem entra na comunidade politica são escolhidos a dedo e desengane-se quem pensar que vai ter politicos honestos. Hoje numa simples repartição de finanças é dirigida por cargos de confiança politica, ou seja se o individuo não for manobravel, por muita competencia que tenha não ocupa esse cargo. Estes são os politicos que temos e que no fundo por muito que doa, os merecemos.
Toda a gente sabe que o Dr. Marinho Pinto não mentiu. Para quê tanto alarido se não é novidade? Estamos fartinhos de saber que os portugueses honestos ficam todos pelo caminho e nunca saiem da cêpa torta. É preciso avançar com nomes e provas? E depois? faz-se um julgamento como o da Casa Pia, é? Não, obrigada! Para esse peditório já demos muito. Essas montanhas parem sempre ratitos neste país. Haja dinheiro e tudo se compra e vende! É verdade que este povo está adormecido mas não é tão estúpido como o pretendem fazer.
É necessário que vá à assembleia da República, seja ouvido por uma comissão de inquérito, e que as suas declarações seja o mais amplamente divulgadas para que o povo português perceba, de uma vez por todas, o lamaçal em que se move. Quem não deve não teme, e que deve temer é quem está atolado até ao pescoço de crimes contra o estado, sejam económicos, morais ou de qualquer outra espécie. O país não pode ter chegado ao ponto de degradação a que chegou, se nãp houverem responsáveis por essa degradação., Esses responsáveis têm que ser fatalmente os de colarinho branco, porque outros não têm acesso a mecanismos que provoquem essa degradação. É bom que apareça alguém com coragem e poder que possa desvendar e pôr a nú toda a podridão que grassa na sociedade portuguesa, em que as principais vítimas são as pessoas mais humildes, simultâneamente, as mais sérias, para bem do país e do futuro dos portugueses. há que memter toda essa canalha na cadeia!
Eu poderia votar neles e até gostaria que fossem eleitos os maiores corruptos deste país, caso a corrupção criasse riqueza, desenvolvimento, competividade e produtividade para o país. Então, até poderiamos exportar corrupção, a bons preços, e transformá-la numa grande fonte de receita nacional. Infelizmente, a realidade é o oposto. As empreitadas públicas são adjudicadas às empresas que mais luvas pagam. Depois de corrompido o adjudicador, garante-se também a corrupção de quem deveria fiscalizar, comprometendo à partida a qualidade dos serviços prestados e acarretando mais tarde novas despesas. Quem paga todas estas despesas é o povo, por via dos impostos. As empresas que corrompem, garantindo assim os seus negócios, não investem internamente para obter a qualidade e competividade dos seus negócos, não contratam os melhores quadros, é tudo família e amigos, são desorganizadas, esbanjam em despesas denecessárias, e quando algo corre mal, abrem falência. A cambada sai rica, os despedidos vão penar. As empresas concorrentes ainda que competitivas praticando bons preços com qualidade, por serem bem geridas, recrutarem bons quadros e investirem na produtividade e desenvolvimento, têm que enfretar a concorrência desleal daquelas que vencem por meio da corrupção, limitando assim o seu crescimento, ou, pior ainda, obrigando-as a optar pelas mesmas vias. Neste cenário, os melhores gestores e quadros, honestos e sérios, abandonam o país e vão criar riqueza para países estrangeiros. A cambada que enriquece nas empresas que corrompem, com os lucros obtidos, adquirem para si bens e serviços de luxo e preços elevados, vindos do estrangeiro. Assim, parte daquilo que pagamos em impostos, vai enriquecer outros países. Contratam mão de obra barata recorrendo a emigrantes. Estes transferem também aquilo ganham para os seus países de origem. No final, pergunto: E para nós, portugueses, honestos e trabalhadores, na sua maioria. O que é que sobra para nós? Pelo que temos visto, sobra mais desemprego, rendimentos a descer em cada ano que passa, dificuldades crescentes para custear despesas com a saúde, educação dos filhos e habitação, reformas de fome, incerteza quanto à estabilidade dos empregos, somos enganados se investimos as nossas poupanças em acções. Em resumo, vivemos em angústia e desespero crescentes. Vemos os grandes figurões praticarem actos do mais criminoso, como a casa pia, e ficarem impunes. Praticam-se grandes roubos, dá-se-lhes o nome de má gestão, premiada com reformas escandalosas. Em nome da maioria do povo, será que vamos continuar a deixar que todos estes figurões continuem a destruir o país e a comprometer o nosso futuro e o dos nossos filhos? Impunemente ?
Todos sabemos que é nos lugares mais altos da governação que acontecem os maiores casos de corrupção. A conhecida e habitual promiscuidade entre ministros que vêm de bancos e grandes empresas e a elas voltam são a evidência disso. Vão para o governo para decidir as obras a favor de quem lhes paga. Todos sabemos que era preciso outra republica para acabar com este estado de coisas. O Sistema vai acabar por calar o actual bastonário. Ou o calam a bem ou a mal. O mais eficaz costuma ser comprarem-no com benefícios e ameaças.
Comissões parlamentares de inquérito? Devem estar a gozar comigo e com a cara de mais uns milhões de Portugueses. Srs. políticos, compreendam de uma vez por todas que já perderam toda a dignidade, não venham com mais do mesmo, com as Comissões do costume. Só servem para gastar ainda mais dinheiro do erário público e deixar passar tempo até que o assunto caia em esquecimento como é hábito.
Já hoje ouvi alguém dizer que se fala muito mas depois de se investigar não se chega a nada. Pois é. Um processo conheço eu que o Ministério Público arquivou não obstante ter bem provado os actos de subtração ao erário público de elevados valores. Assim não se prova mesmo. E como estes processos estão à responsabilidade de um procurador adjunto local, eu pergunto: Qual a certeza que o Sr.PGR tem de que tudo está a ser bem feito? Pena é que não apareçam outros a falar do que sabem.Mas compreende-se porque aquele que falar ou está bem assente do ponto de vista financeiro, não dependendo de terceiros ou então vai ter todas as portas fechadas até ao seu isolamento total. É por isso que muitos se calam e outros até acabam por tirar proveitos! Uma certeza eu tenho. Quem colaborar com os corruptos não só não terá problemas como a sua vida vai para a frent!
Votei em si na eleição para bastonário. Já o conhecia das suas intervenções televisivas e tive de facto muitas dúvidas se V. Exa. seria a pessoa indicada para representar os advogados. No entanto, face ao perfil das restantes candidaturas, acabei por optar pelo mal menor. Acabo de ouvir em directo as suas declarações ao jornal das 10 da SIC-N e, apesar de já se esperar de si alguma espécie de "peixeirada", nunca pensei que atingisse o despudor esquerdista e quase esquisofrénico que revelou nesta sua intervenção. Disparou em todas as direcções sem se preocupar quem é que atingia, colocando em causa todas as instituições do Estado. Depois, sendo já conhecedor do despacho do PGR a mandar abrir um inquérito à sua entrevista radiofónica, procurou, habilmente (afinal onde está a coragem?) tirar o cavalinho da chuva e inciou a sua defesa preventiva, à moda das guerras de Bush, alegando que o que disse não era para se provar em tribunal mas sim para discutir politicamente! Olhe, o sr. Bastonário em demagogia e populismo bate por ko o Louçã e o Jerónimo! Se puder, sr. Bastonário devolva-me o voto, p.f., porque claramente me enganei, pensava que a eleição era para bastonário e afinal terá sido para "uma espécie de ba(e)stonário. O sr. dava um bom juiz, mas era no sistema de justiça popular! Poderia até, porque tem notoriamente capacidade para isso, ser em simultâneo Polícia, M.P., Juiz e Carrasco.
Trata-se de uma situação inédita na nova democracia, isto é, são dois pilares da justiça em colisão de afirmação concrectas e palpáveis que terão de se confirmarem, pois, caso contrário o actual Presidente da República terá que ter uma intervenção rápida para esclarecer o que se passa neste País. Portugal, como Pais subdesenvolvido europeu no campo económico, social, cultural, científico, está sendo por essa Europa fora, observado atentamente quanto ao problema da magistratura e comportamento global de todos os responsáveis da Nação. Já é altura da inquisição política ser desmascarada, pois, o único veículo que tem tido essa luta, tem sido frontalmente a comunicação social, onde felizmente ainda existem um punhado de jornalistas sérios e competentes, mas, não chega, torna-se necessário a intervenção rápida do supremo chefe das forças armadas portuguesas, o Senhor PRESIDENTE DA REPÚBLICA, pois a Assembleia da República está amordaçada pela maioria silenciosa do poder político.
O Bastonário teve a coragem de dizer, em voz alta, o que todos comentamos em surdina. É o irmão do PM, a filha do ministro, a filha do embaixador, o BCP, o Banco de Portugal, a Galp, a PT e a PTM, a CP, o Metro, a EDP, a CGD, a OTA e TGV, concursos forjados ou inexistentes, as adjudicações directas, o Euro 2004, a RTP, o 5º canal, a CML, a Bragaparques, a GNR, a Casa Pia, as autarquias endividadas, os médicos Espanhóis... etc. Há 100.000 Portugueses a emigrar por ano. Há mais de 500.000 desempregados. O nosso PM mente descaradamente e a comunicação social, exceptuando o público, dá-lhe cobertura. O 25 de Abril faliu e nunca chegou a sê-lo. Mas que Grande Rapública das Bananas. O Rei vai nú!
O que o bastonário diz, anda há muito na boca do povo! E provas ? Será que toda a gente é cega, surda e muda ? Quem está nos quadros de empresas com orçamentos milionários ? Que cargos públicos / políticos ocuparam ? Que outro currículo tinham que justificasse essa entronização (nas salas maiores dessas empresas) ? Não há tráfico de influências que corrompem a livre concorrência ? Onde estão os Jornalistas (sérios) ? É o direito consuetudinário que está enraizado no "compadrio democrático" post 25 de Abril ? Começa-se a colar cartazes, depois cortejos automóveis, de seguida presenças assíduas nas concelhias ... e por aí fora até à grande mesa do orçamento . Depois, finalmente, a reforma dourada aos 50 anos - num departamento qualquer da UE, numa comissãozita farta, ou de preferência numa empresa pública, de participação pública, ... ou privada, mas estratégica. E pronto, aí estão as provas a passear-se, embrulhadas em Dior, Channel, Gucci ... e calçadas em magnificos "coches" do séc. XXI. Extraordinário Povo que tolera isto !
O procurador Geral da República, não brinca em Serviço. Não vai em tretas. Quer que os sabichões apresentem factos concretos. Grande Procurador, Não deixa escapar nada, está atento ás jogadas, mesmo que sejam traiçoeiras, ele enfrenta sem mêdo os adversários, mesmo que sejam dos mais perigosos. A tarefa do Procurador não é fácil, nem ás suas equipas. É que muitas vezes aqueles que mandam bitaites, quando chega a hora da verdade, nem com saca-rolhas se consegue arrancar da boca as verdades. As acusações são faceis. A prova é dificil de encontrar. As máfias estão bem imunizadas. É dificil atinji-las. Vamos ver se o Senhor Procurador consegue furar o Sistema e descobrir os creminosos que ocupam os tais cargos relevantes no Estado Português, que falou o Bastonário da Ordem dos Advogados. Aguardamos.
O bastonário da ordem dos Advogados não é uma pessoa qualquer, sobre declarações e suas reprecusões sabe exactamente as consequencias delas mesmas, pelo que, está salvagurdado,tecnicamente e obviamente acerca do que disse. espero por isso que destas afirmções surja alguma coisa relevante, que não, não foi bem isso que eu queria dizer. As pressões são imensas para salvaguardar posições. Numa revolução de costumes, os precursores perdem sempre, os seguintes ganham. Vamos ver se o bastonário tem "coragem" para manter as afirmações que fez e manter-se nas funções. Tenho Dúvidas. De quallquer forma parabens pela ousadia
Enviar um comentário
<< Home