Fantástico
"A tentativa de golpe de Estado, ou o que quer que se tenha passado recentemente em Dili, é uma das histórias mais mal contadas do milénio.
O futuro dirá se a história mal contada de Timor não terá um fim trágico, como por exemplo uma sangrenta caça às bruxas, semelhante às que ocorreram em outros “Palopes”. Mas vamos a factos.
Na manhã de 11 de Fevereiro, enquanto o Presidente Ramos Horta fazia o seu habitual ‘jogging’ na marginal de Dili, um grupo armado atacou a residência presidencial. O bando era comandado pelo “major” Reinado, um rebelde que gozava de grande benevolência por parte do actual poder de Timor. Por exemplo: havia um mandado judicial de detenção de Reinado que as autoridades do país evitaram executar.
A guarda presidencial respondeu ao ataque e Reinado foi morto pouco depois das 6 da manhã. E que fez a guarda presidencial de seguida? Correu a defender o presidente? Alertou as forças armadas nacionais e internacionais? Não fez nada. Avisado telefonicamente por uma irmã sobre os acontecimentos, Ramos Horta dirigiu-se para o local do tiroteio. Afinal a guarda presidencial não tinha escorraçado o grupo armado e o presidente foi baleado à porta de casa, 45 minutos após os primeiros tiros. Foi o próprio Ramos Horta quem pediu socorro por telefone. Hora e meia depois dos primeiros tiros, o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, saiu ileso de uma emboscada na estrada, comandada pelo número dois de Reinado, Gastão Salsinha, quando se dirigia para uma reunião internacional em Dili. Mais tarde, antes de se refugiar no interior de Timor, Salsinha ainda passou pela residência presidencial para recuperar uma arma que tinha usado nos tiroteios.
Como dizem os outros: há coisas fantásticas, não há? "
João Paulo Guerra
O futuro dirá se a história mal contada de Timor não terá um fim trágico, como por exemplo uma sangrenta caça às bruxas, semelhante às que ocorreram em outros “Palopes”. Mas vamos a factos.
Na manhã de 11 de Fevereiro, enquanto o Presidente Ramos Horta fazia o seu habitual ‘jogging’ na marginal de Dili, um grupo armado atacou a residência presidencial. O bando era comandado pelo “major” Reinado, um rebelde que gozava de grande benevolência por parte do actual poder de Timor. Por exemplo: havia um mandado judicial de detenção de Reinado que as autoridades do país evitaram executar.
A guarda presidencial respondeu ao ataque e Reinado foi morto pouco depois das 6 da manhã. E que fez a guarda presidencial de seguida? Correu a defender o presidente? Alertou as forças armadas nacionais e internacionais? Não fez nada. Avisado telefonicamente por uma irmã sobre os acontecimentos, Ramos Horta dirigiu-se para o local do tiroteio. Afinal a guarda presidencial não tinha escorraçado o grupo armado e o presidente foi baleado à porta de casa, 45 minutos após os primeiros tiros. Foi o próprio Ramos Horta quem pediu socorro por telefone. Hora e meia depois dos primeiros tiros, o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, saiu ileso de uma emboscada na estrada, comandada pelo número dois de Reinado, Gastão Salsinha, quando se dirigia para uma reunião internacional em Dili. Mais tarde, antes de se refugiar no interior de Timor, Salsinha ainda passou pela residência presidencial para recuperar uma arma que tinha usado nos tiroteios.
Como dizem os outros: há coisas fantásticas, não há? "
João Paulo Guerra
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