quinta-feira, fevereiro 28, 2008

SAUDADES DA ASAE

"O Greenpeace inaugurou um "escritório virtual" em Portugal, ao que consta em resposta a uma petição com 7 mil assinaturas. Espantosamente, alguma imprensa relata a novidade como se a novidade fosse uma benção, incluindo o pormenor de já andarem "voluntários" nacionais do Greenpeace a "recolher dados sobre o peixe" nos supermercados. Os "ambientalistas" suspeitam que os portugueses consomem peixe em excesso e querem "conhecer a rota dos produtos no mar" antes de "entrar em acção". Imagina-se o tipo de acção. Não se imagina que, ainda recentemente, nos queixássemos da ASAE.

Apesar de tudo, e o "tudo" não é pouco, a ASAE é uma instituição tutelada por um Governo eleito e aplica a lei. O Greenpeace é uma seita sem qualquer representatividade democrática, cujas acções veiculam apenas as opiniões dos seus membros. E o respeito destes pela lei é, para ser moderado, escasso. Para ser rigoroso, o respeito é nulo. Os métodos da seita implicam justamente a destruição, a sabotagem, o bloqueio e a genérica violação da ordem, uma estratégia "irreverente" que lhe trouxe a simpatia de ociosos e as inevitáveis graças dos "média".

Portugal, de resto, já foi apresentado ao estilo. Há sete ou oito anos, a rapaziada da organização invadiu o porto de Leixões e, com a divertida complacência do ministério do Ambiente, impediu uma descarga de uns troncos tropicais e proibidos. Uns dias depois, apurou-se que os troncos não eram proibidos. O empresário em causa ficou com a despesa, os "activistas" da causa com a glória de mais um "protesto" bem sucedido. Em 2005, através do cerco a uma fábrica do ramo, a história da madeira repetiu-se. A impunidade da rapaziada, idem.

Felizmente, agora sabe-se que por cá a rapaziada mobiliza no máximo 7 mil visionários, incumbidos por si mesmos do direito de prejudicar a vida dos outros. Seria adequado que, ao próximo ameaço de baderna, alguns dos outros se juntassem para prejudicar um bocadinho a vida dos visionários, se possível com o recurso aos troncos, proibidos ou não
."

Alberto Gonçalves

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