segunda-feira, março 24, 2008

Vergonha

Salazar disse: O que honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos

Nem Maria de Lurdes Rodrigues?!

Hoje o país assistiu, incrédulo, à agressão de uma professora ao som da gargalhada e do entusiasmo da turma!
Sozinha, isolada, entregue à sua própria dignidade, a professora resiste até ao fim!
Resiste e é obrigada a ouvir os gritos de uma rapariga que a trata por tu e que, violentamente, leva a sua por diante até à conquista do telemóvel desejado!
Nenhum dos alunos da turma saiu em defesa da professora e da pessoa ali agredida aos olhos de todos!
Ninguém se pronunciou!
A Senhora Ministra também não!
José Sócrates, sempre tão diligente na sua defesa da política educativa, nada disse!
Não veio, desta vez, explicar ao país o sucesso conseguido e ali bem evidenciado!
O êxito alcançado!
Não veio explicar ao país como podem os Portugueses dormir descansados face à solidariedade de uma geração que estará à frente dos destinos de Portugal, num prazo mais curto do que o desejado!
A Senhora Ministra não teve, ela própria, uma única palavra de solidariedade!
Mais uma vez, o exemplo é evidente!
É significativo!
E é triste, muito triste!
Os pais que têm defendido Maria de Lurdes Rodrigues devem estar orgulhosos de deixar os filhos entregues a uma escola onde quem manda são os alunos!
Quem estabelece as regras é o Ministério!
A uma escola onde os professores já só cumprem ordens e resistem em silêncio!
Moriae

A Sinistra Ministra

A herança de Sócrates
Numa tentativa clara de desvalorização do lamentável acontecimento ocorrido na Escola Secundária de Carolina Michaelis, no Porto, que foi amplamente noticiado pelas televisões e pelos jornais mas está longe de ser um caso isolado — basta pesquisarmos no You Tube e contaremos por dezenas os vídeos sobre casos de indisciplina e violência nas salas de aula e noutros espaços das nossas escolas — o senhor Primeiro-Ministro e a Ministra da Tutela remetem-se ao silêncio e resguardam-se atrás do secretário de Estado da Educação.
E o que faz Valter Lemos?
Tenta sacudir a água do capote afirmando, sem qualquer pudor, a maior das mentiras:
que "o Governo, ao fazer aprovar o novo Estatuto do Aluno, deu às escolas um instrumento para reforçar a autoridade dos professores" e combater os casos de violência escolar!
"Esquece" o senhor secretário de Estado que todos sabemos (ele também) que o que o Ministério da Educação fez foi desautorizar e humilhar a classe docente, que se vê, cada vez mais, impotente e desprotegida para conter o mau comportamento dos alunos e, o que é mais grave, para defender a sua integridade física e moral das agressões não apenas de alunos mas, pior ainda, de pessoas que, de pais e encarregados de educação, apenas têm o nome.
Bem pode o Governo tentar, irresponsavelmente, varrer o lixo para baixo do tapete que não vai consegui-lo.
É lixo a mais!
O que é já claro é que esta política educativa, assente numa sanha reformista que privilegia o número em vez da pessoa, a estatística em vez da realidade, o produto em vez do processo, não vai dar certo.
Pelo contrário, causará danos de tal monta e de tal forma irreversíveis na actual geração jovem que minarão os alicerces da nossa futura sociedade.
Esta é uma das mais graves heranças que Sócrates nos vai legar.
Maldito seja, por isso!
Resistir é preciso
Cantigas do Maio
Não faço comentários a este artigo, mas publico.

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