Como nos safamos?
"A crise baralhou as contas do Governo, que corre o risco de entrar no ciclo eleitoral com o desemprego a crescer, os preços dos combustíveis a um nível proibitivo e o custo de bens essenciais a escaldar nos bolsos das famílias.
O cenário foi traçado por António Vitorino na RTP, partindo do pressuposto que a economia driblou a política. A solução estará no recurso aos fundos comunitários que aí vêm. Pode ser que o milagre se produza dessa maneira, mas convinha que não fosse em termos que reproduzissem os anteriores ciclos de desastre quando os fundos comunitários serviram para realizar investimento público não produtivo, submergido por gastos em pavilhões de exposições que não servem para nada, em formação profissional que não formou ninguém, em estruturas de saneamento que morreram ao fim de uma década.
Nem todo o investimento com dinheiros comunitários naufragou, mas a experiência portuguesa não é totalmente positiva. Basta lembrar as derrapagens de obras públicas. Gastar dinheiro público para reproduzir ciclos que perpetuam vícios assistencialistas do Estado na economia pode resolver os problemas eleitorais do PS, mas não resolve nenhum problema na economia. Sócrates pode safar-se com os fundos comunitários. E nós, simples contribuintes, como nos safamos?"
Eduardo Dâmaso
O cenário foi traçado por António Vitorino na RTP, partindo do pressuposto que a economia driblou a política. A solução estará no recurso aos fundos comunitários que aí vêm. Pode ser que o milagre se produza dessa maneira, mas convinha que não fosse em termos que reproduzissem os anteriores ciclos de desastre quando os fundos comunitários serviram para realizar investimento público não produtivo, submergido por gastos em pavilhões de exposições que não servem para nada, em formação profissional que não formou ninguém, em estruturas de saneamento que morreram ao fim de uma década.
Nem todo o investimento com dinheiros comunitários naufragou, mas a experiência portuguesa não é totalmente positiva. Basta lembrar as derrapagens de obras públicas. Gastar dinheiro público para reproduzir ciclos que perpetuam vícios assistencialistas do Estado na economia pode resolver os problemas eleitorais do PS, mas não resolve nenhum problema na economia. Sócrates pode safar-se com os fundos comunitários. E nós, simples contribuintes, como nos safamos?"
Eduardo Dâmaso
1 Comments:
Façam as vossas reclamações aqui:
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Gabinetes/Gab_PM/
E já agora se realmente pusêssemos todos a mão na consciência talvez descobríssemos que o país está neste estado com a contribuição de todos! Afinal, quem dos que aqui refila votou nas últimas eleições? Quem cumpre os horários de trabalho e tem brio naquilo que faz? Quem não gasta acima das suas posses? Quem reclama quando tem razão e não apenas porque sim? Quem educa os seus e os próximos? Quem faz um esforço para que Portugal seja de facto um país melhor? Eu tento mas como todos tenho as minhas falhas, mas se todos tentarmos um pedacinho quem sabe podemos de facto sair da cauda da Europa, ou será, que é mais fácil dizer apenas que a culpa é dos genes? Afinal o problema se calhar é do peso da Teoria Darwinista em que ganha sempre o mais forte, mas o problema é que o Povo ainda não percebeu que é de facto o mais forte. Mas para se exigir dos outros é preciso exigirmos primeiro de nós!
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