Petróleo
"Os aumentos dos preços dos combustíveis verificados nos primeiros meses deste ano, 15 cêntimos no litro do gasóleo e 10 cêntimos no da gasolina, renderam 775 milhões de euros para as empresas petrolíferas e mais 205 milhões de euros para os cofres do Estado. Atendendo a que em Portugal, segundo dados da Direcção-Geral de Energia (DGE), se gastam mensalmente cinco milhões de toneladas de gasóleo e um milhão e 800 mil toneladas de gasolina e repartindo 4 cêntimos de aumento por mês no gasóleo e 2,5 cêntimos por mês na gasolina, o lucro líquido foi de perto de mil milhões de euros, sendo que o Estado arrecada 21 por cento, verba correspondente ao IVA.
De resto, como o preço do barril de petróleo se mantém na casa dos 70 euros desde meados de 2006, já que a valorização do euro face ao dólar tem sido superior à subida do preço do ouro negro (ver gráficos), estes contínuos aumentos do preço dos combustíveis em Portugal têm resultado em principal benefício do Estado e das empresas petrolíferas. 'Isto é um roubo, uma saga gananciosa ao bolso dos portugueses, que está a ser levada a cabo pelas petrolíferas, com a bênção do Governo', disse ao Correio da Manhã António Saleiro, o presidente da Associação dos Revendedores da Petrogal (ARCPN), sublinhando que 'quem ganha com este roubo escandaloso têm sido as petrolíferas' (mais aqui).
De resto, como o preço do barril de petróleo se mantém na casa dos 70 euros desde meados de 2006, já que a valorização do euro face ao dólar tem sido superior à subida do preço do ouro negro (ver gráficos), estes contínuos aumentos do preço dos combustíveis em Portugal têm resultado em principal benefício do Estado e das empresas petrolíferas. 'Isto é um roubo, uma saga gananciosa ao bolso dos portugueses, que está a ser levada a cabo pelas petrolíferas, com a bênção do Governo', disse ao Correio da Manhã António Saleiro, o presidente da Associação dos Revendedores da Petrogal (ARCPN), sublinhando que 'quem ganha com este roubo escandaloso têm sido as petrolíferas' (mais aqui).
Etiquetas: Quem se lixa é o mexilhão.
11 Comments:
Acho que vou pedir emprestado o carro ao Fred Flinstone. Está incomportável o preço do barril de petróleo. Alguem ficou a ganhar muito com a guerra no Iraque. Mas esse alguem não foi o povo, mas sim os investidores e especuladores...
Em relação a petróleo a subir... Só uma acção/ideia... se puderem não abasteçam tantas vezes o carro.. se mesmo assim tiverem que o fazer.. ao menos usem os revendedores que têm margens de lucro mais pequenas e deixem de alimentar gigantes petrolíferos. Usem as bombas de combustível dos hipermercados e deixem as marcas... espero que para o bem de todos, se faça algo do género. Não é solução, mas ajuda.
pois e quando ninguem tiver dinheiro para pagar o que se produz ficam a comer a porcaria que fazem esses industriais da treta , no entato se o sr ministro do burgo me aumentar o salário em 15% por mim tudo bem subama lá o pitrol eu já posso pagar o seu custo inflacionado .
É fundamental que os cidadãos utilizem o menos possível as suas viaturas e as empresas racionalizem da melhor maneira os seus sistemas de distribuição e as visitas a clientes, além de procurarem economias fabris e comerciais de energia. Quase 15% das importações de Portugal eram em combustíveis e energia eléctrica. Com os preços actuais é natural que essa porcentagem suba, até porque o preço do carvão tem igualmente aumentado. O que vale a Portugal são as milhares de torres eólicas já instaladas e é pena que o plano das barragens não tenha sido iniciado há mais tempo. Recordemos que, em Portugal, aos aumentos de preços nos combustíveis deve ter correspondida uma quebra na procura a avaliar pelas campanhas publicitárias da Galp e Repsol na TSF e nalguns canais televisivos. Oferecem prémios para quem meter 50 Euros de gasolina no depósito, etc.
Quem está contente com esta noticia é o nosso "querido" 1º ministro, quanto mais sobe o petróleo mais sobe a receita fiscal sobre os produtos petrolíferos. Um verdadeiro negócio das Arábias para o des-governo deste país.
Toda a energia renovável só compete com o petróleo com subsídios ,enquanto o "crude" produz receitas fiscais.Taxas para entrar em Lisboa e Porto ,como fizeram em Londres, com sensores do tipo "via verde" e vídeo-controle...
Não deve avaliar o Estado pelo que diz mas pelo que faz. Por exemplo, fala-se muito que é preciso substituir ao automóvel privado como forma de transporte. Muito bem: então faça-se como nos outros países e aposte-se nas motos e motorizadas como alternativa. Mas Portugal é o único país da UE que ainda não transpôs a directiva comunitária que dá, a quem tiver carta de condução de automóvel (Tipo B), a autorização para conduzir motos até 125cc. Aliás, o Estado Português tem feito precisamente o contrário: desde Março de 1998 que não se pode conduzir nem uma moto de 50cc.
Os preços de produção das energias alternativas têm que ser mais baratos do que o petróleo e se as viaturas consomem 90% da energia que consumimos como diz( ???? ) é na industria automóvel que está a solução e essa não depende de nós.Criticar é fácil mas solucionar é muito mais difícil.A industria petrolífera vai esticar os preços até onde puder e quando verificar que pode haver alternativa ao petróleo desce os preços para rebentar com a concorrência.Qual a solução?Voltar á carroça?
Os portugueses andam há 30 e tal anos a ouvir dizer que a vida vai melhorar e que foi para isso que se fez a revolução.Então é agora que se lhes vai dizer que não podem andar no seu automóvel?Então é agora que se lhes vai dizer que não podem ir de férias de automóvel ou passear o fim de semana de automóvel?O automóvel faz parte do bem estar deste povo , tal como para os americanos.
Esta das colheitas para o biodiesel serem agora muito caras está muito mal contada. As melhores fontes não são nem a cana do açúcar e muito menos o milho. São o óleo de coco, as algas laminárias, os fungos e até o leite. Mas há outras. O vinho, a fructose (maçãs), a cerveja, o café, a adição de Vitamina E a quase todas as plantas (incluindo as chamadas "ervas daninhas" dos baldios),o Miscanthus (um arbusto muito comum),os intestinos das térmitas (não queiram ver as fotos, mas é verdade), a Jathropa (uma baga da América Central que os portugueses espalharam pelo mundo), os cogumelos, as nozes, os organismos sintéticos (bio-engenharia), a lenhinha, o micróbio Q, nabos e nabiças, a serradura, a beterraba, os óleos vegetais, a xylose e ainda, que me lembre, a Zeolite. Quem olhar para as oportunidades vê-as com profusão e quem preferir só ver petróleo e impostos continua apenas viciado na tecnologia e na contabilidade públicas com mais de 100 anos. Suicídio alegre e sempre a acelerar.
Já Keynes dizia: " A verdadeira dificuldade em mudar qualquer empreendimento não está em desenvolver novas ideias, mas em livrar-se das antigas". Um nutricionista dizia para o seu paciente que lhe perguntava o que é que deveria fazer para emagrecer: " Pergunte-me antes o que deve deixar de fazer!...". No déficit público a mesma conversa: deve-se equilibrá-lo, promovendo medidas que evitem a despesa exagerada, em vez de sacar impostos a quem já não pode pagar mais, como faz este governo. Na energia não poderia ser de outra forma: ou poupamos a sério, racionalizando os consumos em tudo que é possível racionalizar, desde os transportes até à produção, passando pelos consumos domésticos ou vamos dar-nos muito mal a muito breve trecho!!! O problema é que o pessoal não está para mudanças. Está tudo muito sedimentado. Só uma valente crise com racionamentos e cª vai obrigar as pessoas a fazer aquilo que, voluntariamente, se negam terminantemente a fazer.
Enviar um comentário
<< Home