AS FRONTEIRAS DA EUROPA
"O segundo tema mais importante na agenda europeia, depois da energia, é o da imigração. A um mês de iniciar a sua presidência da União, a França faz propostas e não só. Com a certeza de que há outros muito preocupados.
"A França mobiliza a Europa para limitar a imigração" - a manchete do Le Figaro, referindo-se às propostas de Brice Hortefeux, ministro da Imigração, que defende que a Europa não pode acolher todos os que a vêem como um eldorado. Essa vai ser uma das prioridades da presidência francesa da UE, que começa dentro de um mês. É por isso também que o Presidente Nicolas Sarkozy dá uma entrevista exclusiva ao Kurier, da Áustria, que escolhe para título: "A Europa tem de ter fronteiras." A referência, neste caso, lendo as declarações de Sarko, tem mais a ver com a entrada ou não da Turquia na UE. Mas as prioridades que estabelece para o segundo semestre europeu são claras: "Trabalhar para uma estratégia comum contra o aquecimento global, a introdução de um pacto europeu sobre as migrações, a nova estruturação da Política Agrícola Comum e um avanço da Defesa europeia."
Um dos países onde a imigração é vista como um grande problema é a Itália. Ontem, o La Repubblica, apesar de sempre mais próximo das posições socialistas, elevou a manchete casos que se repetem: "Alarme da polícia: indultos quotidianos em Itália." Trata-se de um alerta do chefe da polícia Manganelli, perante o Senado: "Somos impotentes perante os imigrantes clandestinos; não há certezas sobre as penas." Um terço dos crimes, dizem as estatísticas, é cometido por clandestinos e o novo Governo Berlusconi impôs que essa condição seja uma agravante dos crimes. É verdade que tem havido ataques graves a ciganos, que se fala da microcriminalidade de bandos que batem em clandestinos, mas um editorial do La Stampa avisa que "não é questão de xenofobia", é "outra coisa, que parece fugir-nos a todos", porque já não pode ser "analisada segundo a grelha de esquerda-direita do século passado".
Manuel Queiroz
"A França mobiliza a Europa para limitar a imigração" - a manchete do Le Figaro, referindo-se às propostas de Brice Hortefeux, ministro da Imigração, que defende que a Europa não pode acolher todos os que a vêem como um eldorado. Essa vai ser uma das prioridades da presidência francesa da UE, que começa dentro de um mês. É por isso também que o Presidente Nicolas Sarkozy dá uma entrevista exclusiva ao Kurier, da Áustria, que escolhe para título: "A Europa tem de ter fronteiras." A referência, neste caso, lendo as declarações de Sarko, tem mais a ver com a entrada ou não da Turquia na UE. Mas as prioridades que estabelece para o segundo semestre europeu são claras: "Trabalhar para uma estratégia comum contra o aquecimento global, a introdução de um pacto europeu sobre as migrações, a nova estruturação da Política Agrícola Comum e um avanço da Defesa europeia."
Um dos países onde a imigração é vista como um grande problema é a Itália. Ontem, o La Repubblica, apesar de sempre mais próximo das posições socialistas, elevou a manchete casos que se repetem: "Alarme da polícia: indultos quotidianos em Itália." Trata-se de um alerta do chefe da polícia Manganelli, perante o Senado: "Somos impotentes perante os imigrantes clandestinos; não há certezas sobre as penas." Um terço dos crimes, dizem as estatísticas, é cometido por clandestinos e o novo Governo Berlusconi impôs que essa condição seja uma agravante dos crimes. É verdade que tem havido ataques graves a ciganos, que se fala da microcriminalidade de bandos que batem em clandestinos, mas um editorial do La Stampa avisa que "não é questão de xenofobia", é "outra coisa, que parece fugir-nos a todos", porque já não pode ser "analisada segundo a grelha de esquerda-direita do século passado".
Manuel Queiroz
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