segunda-feira, junho 23, 2008

Exame nacional de Matemática.

"A Associação de Professores de Matemática (APM) considerou hoje que o exame nacional de 9.º ano da disciplina foi o "mais fácil" desde que a prova se realiza, sublinhando que algumas questões poderiam ser respondidas por alunos do 2º ciclo (mais aqui)".

12 Comments:

Blogger MFerrer said...

Claro que é sempre possível achar isto e aquilo.
A dor de corno da ANPM é evidente quando, ao comentário, juntam a crítica de não terem sido chamados a opinar sobre o conteúdo dos exames. Mas eles têm algum estatuto que obrigue a serem consultados pelo GAVE?
E o GAVE deve ser um bando de incompetentes que faz exames há anos e anos...
Haja paciência.
O que é preciso é atacar esta Ministra mesmo daquilo que ela não fez!
Especialmente se os índices de frequência dos alunos, as notas, o absentismo dos professores e a escola no seu todo melhorarem a olhos vistso, então é mesmo preciso inventar problemas.
Por acaso hoje o PGR, também a soldo do ME, vem confirmar que a violência caiu para metade nas escolas.
Não há condições!
MFerrer

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Qual será o objectivo do Ministério da Educação: formar portugueses para o futuro ou trabalhar para as estatísticas do presente? A senhora ministra, como lhe compete, diz que é o primeiro.

Mas quando a prova de aferição de Matemática pergunta a um aluno do 6º ano, equipado com uma calculadora, qual é o quadrado de 100, dá ideia que o objectivo é obter respostas certas para estatísticas confortáveis. Se isto fosse uma brincadeira limitava-se a ser uma brincadeira sem graça. Mas como se trata de brincar com o futuro de uma geração inteira de portugueses, a brincadeira transforma-se num drama. E é isto, há décadas, com governos de todas as colorações do arco do centro-direita, a educação em Portugal: um drama, numa democracia clientelar com tiques de farsa.

Portugal é um frequentador regular da “cauda da Europa” em todas as estatísticas que signifiquem progresso, bem-estar, desenvolvimento. Tem sido campeão do insucesso e do abandono escolar, bem como do analfabetismo funcional, recordista pela negativa das habilitações académicas. Portugal está a milhas da Europa e a educação é a área onde o país está mais longe de todos os níveis europeus. Que fazer? Reformar o sistema de ensino? Nada disso. Vamos mas é rever os métodos e critérios de avaliação, para obter estatísticas à medida.

E assim, olhando os resultados das provas de aferição – que aliás não servem para mais nada a não ser para as estatísticas – e observando esse brilharete fantástico que é achar o quadrado de 100 com um calculadora, a ministra proclamou que “estamos todos de parabéns”. E “todos” aplaudiram. Quer dizer: todos os burocratas das inúmeras comissões disto e daquilo que enxameiam o Ministério há décadas

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O grande problema do facilitismo não está nos algarismos da nota, está em que os alunos acabam um curso e não ficam a perceber nada de coisa nenhuma. No meu tempo, e como a mais famosa das canções portuguesas afirma, só passava quem SABIA, agora toda a gente passa sem saber. ESSE É QUE É O GRANDE PROBLEMA. Eu aprendi mais na antiga IV classe, agora IV ano, do que os meus netos aprenderam até ao XII ano. É a chamada evolução ou progresso que não faz evoluir nada nem se progride. Acabaram com as Escolas Industriais e já não há quem saiba fazer alguma coisa, só os antigos.

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Como aluno do ensino superior..já o ano passado constatei que a prova de matemática era demasiado fácil..chegaram entretanto os caloiros da era Sócrates, de cognome o facilitador. Foi anedótico..a dificuldade que tiveram para se adaptar a tudo..primeiro o horário que era muito preenchido e eles estavam habituados a ter pelo menos 4 tardes livres..depois os trabalhos exigentes todas as semanas que lhes tirava o tempo livre que tinham..e vieram então uns senhores chamados exames..então aí foi o descalabro..mais de 75% de chumbos na cadeira fundamental do curso. Os meninos que contribuiram para uma estatística tão fabulosa nos exames nacionais não possam de meros fantoches deste governo que se está nas tintas para eles e só quer mostrar números. Este ano quando chegarem os novos caloiros e tiverem a companhia de uma parte considerável dos actuais estudantes do 1º ano..então quero ver como os sorrisos de entrarem no curso pretendido com o mínimo esforço se transforma no desespero que vão passar para se adaptarem. Qualquer dia os exames são enviados por fax..afinal Sócrates quer moldar os jovens actuais à sua imagem..triste futuro nos espera se ele tiver sucesso.

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O facilitismo imposto pelos responsáveis(?) da desEducação está a levar o País jovem para a mais crassa das ignorâncias:- Convencer os aprovados que são sabedores quando o que aprendem não serve nem para começarem a aprender. Sem bases nada tem sustentação. Vamos caminhando para uma situação de tal ordem irreversível que dentro de pouco tempo nem alunos nem professores, capazes de aprender e de ensinar, vai haver. Assim escoa-se uma cultura quase milenar porque quem devia zelar pela sua manutenção está apostado na sua destruição em prol de estatísticas para inglês(? UE) ver. Viva o simplex. Valha-nos que já vai havendo alunos que se apercebem da NEGRA realidade.

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

A equipa do ministério vai ser condecorada! Após vários anos à procura da solução para a quadratura do círculo, conseguiram encontrar a decifração da redondeadura do quadrado que consideram a fonte de todo o trabalho o trabalho lá desenvolvido. Eis a solução: -Com oito fósforos construíram dois quadrados lado a lado. Ao quadrado da esquerda retiram o lado direito e ao da direita o lado de cima e de imediato ficou patente a admirável fonte de todo o trabalho que desenvolvem.

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Para quem conhece (como eu) quais são as diferenças entre o "mundo virtual" da escola e a realidade do mercado de trabalho, não pode levar a mal o aparente facilitismo desta prova. Direi que, ao nível do secundário e em todas as disciplinas, 80% do que se ensina na escola é "estrume", daí que o valor real de se ter nota alta ou baixa no exame é irrelevante. Um aluno de nota alta não é necessáriamente um elemento que possa contribuir para a "cultura real" do país. Os alunos hoje têm uma vida social tão complexa e ocupada que não têm tempo, nem motivação, para estudarem em casa e não estão atentos nas aulas (pior, estão mais ocupados a conversarem, a mandarem sms às escondidas, a ouvirem música e a jogarem nas calculadoras gráficas). Enquanto o M.E não pôr a casa em ordem no que respeita ao comportamento nas aulas, não fizer uma revisão séria no curricular, e os papás não controlarem a vida social e amorosa dos meninos e meninas fora das escolas, o sucesso escolar será uma miragem. A única maneira de corrigir (?!) os maus resultados é facilitarem os exames.

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

João Gil, a parte mais incrível é que a escola - graças à atitude criminosa dos políticos que destruiram o sistema de ensino e dos pedagogos líricos - é a antítese do mercado de trabalho actual: Os alunos passam sempre e o «correcto» é que seja tudo fácil. Têm todos os direitos e estão ali para serem «servidos», ou seja, para que lhes seja oferecido o diploma. Ño mercado de trabalho actual, os direitos são cada vez menos e a individualidade dos jovens que entram para a vida «real» é completamente esmagada. As pessoas são descartáveis. Curiosamente, acho que é exactamente este tipo de ensino medíocre que forma para aquilo que para muitas empresas são os empregados ideiais neste país: Pessoas sem personalidade própria, escravos do sistema, que não estão habituados a pensar pelas próprias cabeças e resolverem os problemas de forma autónoma.

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Dou razão total a quem se preocupa assim. E por isso, aqui recoloco o comentário de um leitor que muito nos apraz ver que mais cidadãos se estão a dar conta da desgraça deste modelo de Socialismo Educativo.... Aqui fica pois assim o merece. Em http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1333304&idCanal=58, Manuel Carneiro de S. Mamede de Infesta, comentou "A moda do "Facilitismo" vigente é preocupante. Saber que os nossos filhos depois de tanto esforço e empenho deparam com uma prova fácil em demasia é pôr em cheque o seu futuro. Ao ritmo a que as coisas chegaram pergunto: com que competências saem os nossos filhos do ensino básico e do secundário? Que cidadãos estamos a preparar para o futuro? A Senhora Ministra tem que reflectir muito. Já agora por que razão figuras com mérito internacionalmente reconhecido como o Professor Nuno Crato não estão à frente do Ministério da Educação?" E já agora, acrescentamos uma questão: verificando que alunos professores e pais já deram conta de que esta ministra não serve, por que razão José Sócrates teimosamente mantém à frente do Ministério quem tanta incompetência tem demonstrado? Para constatar outras das desgraças deste ministério,

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O exame foi fácil para todos os alunos que tenham um raciocínio matemático minimamente desenvolvido... As perguntas eram realmente elementares e na verdade não existiu nenhuma pergunta complexa que permitisse distinguir os estudantes que durante o ano se interessaram e empenharam no sentido de obter boas/muito boas classificações na disciplina. Quanto às declarações prestadas pelo coordenador do grupo de Matemática do colégio Valsassina, penso que perpassam uma certa prepotência na medida em que, talvez não sejam assim tão poucas as escolas que ofereçam boas condições de aprendizagem... Infelizmente muitas delas, como é o caso do próprio Valsassina e de muitos outros colégios, estão "reservadas" para uma elite constituída por alunos que na sua maioria têm grandes perspectivas para o futuro e portanto se esforçam no sentido de obter bons resultados. Eu nunca andei numa escola pública, mas à conversa com amigos que me contam as peripécias das suas turmas parece-me que muitas vezes não se criam condições excelentes porque não existem alunos dispostos a aproveitá-las...

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Que chatice... agora que acabou o Euro para os portugueses, temos que achar um entretem... que é cíclico todos os anos. Reclamam porque é fácil, reclamam porque é difícil, colhem-se opiniões em escolas que claramente não representam a generalidade dos alunos do país. Se é fácil é porque é de esquerda se é difícil é porque é de esquerda... e se for maneta como é que criticamos?... Deixem os putos descansados a estudar para os exames... É preciso recordar que felizmente se é dificil ou facil é igual para todos os que fazem... Se as notas são mais altas a matematica os cursos com essa específica logicamente também irão subir. Já agora ò Sr. Antonio Silva... toda a gente sabe que é por causa do dinheiro e de um "pressuposto" estatuto social que os alunos querem todos ir para saúde... se não é médico, então que seja algo parecido. A maior parte dos alunos acham engenharia difícil porque a imbecilidade da sociedade que os rodeia também acha. Por mim é melhor que assim continue é da maneira que não tenho desemprego e sou bem remunerado. Lá porque o Socrates fez umas trocas e mal trocas não lhe dá direito de rotular todos os engenheiros por burros.

segunda-feira, junho 23, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Como caloiro do ensino superior há 20 anos, e após ter dado uma vista de olhos aos exames dito nacionais do 2º ciclo, 9 amo e 12 ano só posso dizer que a estupidificação está em curso acelerado. Houve uma deflação da exigência ao longo dos anos, a tal ponto que o que é exigido neste momento no 12º ano corresponde ao 9º ano de há 20 anos atrás. A formação de uma população não se faz nas estatíticas ,mas na realidade do país, nas empresas, nos comportamentos cívicos, etc. Tentar mascarar isso com golpes de cosmética não resolve problemas nenhuns, apenas os agrava. Esta geração de governantes foi a que passou administrativamente no 25 Abril , e foram vários milhares. Temos visto as consequencias disso, e agora querem aplicar a receita à geração presente para termos mais do mesmo daqui a uns bons anos..... pensem nisso

terça-feira, junho 24, 2008  

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