Porfirio Rubirosa ou como trabalhar faz calos...
Trabalhar? É impossível. Não me sobra tempo.” O lendário playboy dominicano Porfirio Rubirosa (1909-1965) saiu-se com essa espirituosa resposta ao ser indagado sobre o seu trabalho, numa entrevista à imprensa britânica em 1950. Tudo a ver com ele, um típico playboy internacional que ganhou fama ao se envolver com as mulheres mais célebres, bonitas, ricas e poderosas nas década de 40 e 50 – entre elas as actrizes Ava Gardner e Marilyn Monroe e a bilionária Christina Onassis, filha do armador grego Aristóteles Onassis. O mais curioso nesse misterioso sedutor latino é que, ao contrário de contemporâneos seus, Rubirosa não tinha um tostão. Não coleccionava títulos de nobreza nem dispunha de grandes rendimentos. Ele nasceu numa família de classe média na República Dominicana e fez seus estudos básicos em Paris porque seu pai era funcionário do consulado e fora transferido para a França. Lá, Rubirosa morou por uma década.
Aos 17 anos ele voltou para a República Dominicana e abandonou o curso de direito: “Livros não têm em mim um amigo fiel. As únicas coisas que me interessam são desportos, mulheres e aventuras.” O que era o seu chamamento de vida tornou-se predestinação: ele passou realmente a maior parte de seus 56 anos se dedicando a casos amorosos, aos desportos e às noitadas.. Educado, gentil com as mulheres, gostava de dizer: “Eu tenho o isqueiro mais rápido do Oeste” – e bastava uma dama colocar entre os dedos um cigarro, lá estavam suas mãos a acendê-lo. Era impecável na forma de se vestir. Sempre foi descrito como um perfeito cavalheiro. Em 1932 casou-se com Flor de Oro Trujillo, filha do presidente dominicano Rafael Leónidas Trujillo, nascendo daí a sua ligação com o sanguinário ditador. Embora jamais tivesse estudado coisa alguma, foi nomeado embaixador em Berlim pelo sogro. O casamento com Flor de Oro terminou após seis anos e, no início da década de 40, com a guerra instalada na Europa, Rubirosa se apaixonou pela bela actriz Danielle Darrieux – ela tinha apenas 23 anos e já era considerada uma estrela francesa. Foi a sua segunda esposa e eles ficaram juntos por quatro anos, até que Rubi (seu apelido) manteve um rápido affair com a actriz Ava Gardner, mulher de Frank Sinatra e seu companheiro de golfe. Entre encontros e desencontros, conheceu Doris Duke, uma herdeira americana. O playboy novamente casou. Doris o presenteou com um estábulo e cavalos de pólo, diversos carros desportivos, um bombardeiro B-25 convertido em avião civil e uma casa do século XVII
Rubi foi nomeado então embaixador na Argentina em 1948, e adivinhem com quem ele vai se envolver? Evita Perón, mulher do presidente Juan Domingo Perón. Retornando a Paris após um ano, o diplomata bon vivant conheceu a sua quarta esposa: Barbara Hutton, na época a segunda mulher mais rica do mundo, herdeira da cadeia de lojas de departamentos americana Woolworth. O casamento durou 53 dias e, no acordo de divórcio, ele ganhou uma plantação de café na República Dominicana, outro avião B-25 e US$ 3,5 milhões. “O que é que esse homem tem?”, indagava em seu refrão uma canção cubana em meados dos anos 50. Uma resposta poderá ser encontrada nas lendas sobre os dotes sexuais de Rubi. Em Paris, o assunto virou moda: empregados de mesa do boêmio bairro de Montmartre apelidaram os moedores de pimenta de “Rubirosa”. A ex-mulher Doris descreveu em detalhes o órgão sexual do amante à revista americana Vanity Fair: “Era parecido com os
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