Quem vos avisa...
“É altura de dizer aos amantes das autonomias que nunca é tarde para levantar a âncora e partir”.
O senhor Presidente da República decidiu fazer uma comunicação aos indígenas deste sítio cada vez mais mal frequentado no último dia do mês de Julho. É evidente que provocou muita agitação e a consequente especulação sobre o tema que iria abordar. O assunto era, afinal, o novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Está no seu direito. E fez muito bem. Veio a público desmascarar uma manobra de manhosos que, no segredo dos gabinetes em Lisboa, Horta e Ponta Delgada, queriam fazer passar uma lei que retirava poderes ao Presidente da República eleito pelos indígenas e dava de mão beijada aos adeptos das tão faladas autonomias regionais mais uns poderzinhos bacocos para se pavonearem nas ilhas e sugarem mais um pouco os contribuintes do Continente – em nome de uma série de idiotices que nos atiram aos olhos há mais de trinta e quatro anos de Democracia.
A comunicação do Presidente da República foi concisa e muito clara. O conjunto de manhosos urdiu nos gabinetes de Lisboa, Horta e Ponta Delgada uma lei ordinária que viola a santíssima Constituição que todos juram, de mão no peito, defender. Cavaco Silva, que não é parvo e conhece os manhosos de ginjeira, decidiu e muito bem vir denunciar aos cidadãos os autores dessa manobra, desse golpezinho de gente capaz de tudo para atingir os seus fins, mesmo que estes sejam, por si só, rafeiros. Mas Cavaco Silva disse mais nas entrelinhas. Avisou os manhosos de que não aceita este Estatuto e que fará tudo para impedir que vá para a frente. Mesmo que isso implique medidas drásticas, uma espécie de bomba atómica, para desmascarar de vez este bando de manhosos que no segredo dos gabinetes de Lisboa, Horta e Ponta Delgada pretendia fazer uma golpeada constitucional.
É evidente que as reacções da rapaziada não se fizeram esperar. Uns fingiram-se desiludidos com o assunto da comunicação presidencial. Esperavam assuntos mais excitantes, mais quentes, mais mediáticos. Outros encolheram os ombro, com ar de desdém, e acharam que a matéria não merecia uma comunicação aos indígenas, bastava apenas uma mensagem aos manhosos da Assembleia da República. No meio de tanta hipocrisia e de um manifesto mal-estar pelo facto de o Presidente Cavaco Silva ter chamado os bois pelos nomes, é altura de dizer aos amantes das estafadas e caríssimas autonomias regionais dos Açores e da Madeira que nunca é tarde para levantar a âncora e partir para outras bandas."
António Ribeiro Ferreira
O senhor Presidente da República decidiu fazer uma comunicação aos indígenas deste sítio cada vez mais mal frequentado no último dia do mês de Julho. É evidente que provocou muita agitação e a consequente especulação sobre o tema que iria abordar. O assunto era, afinal, o novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores. Está no seu direito. E fez muito bem. Veio a público desmascarar uma manobra de manhosos que, no segredo dos gabinetes em Lisboa, Horta e Ponta Delgada, queriam fazer passar uma lei que retirava poderes ao Presidente da República eleito pelos indígenas e dava de mão beijada aos adeptos das tão faladas autonomias regionais mais uns poderzinhos bacocos para se pavonearem nas ilhas e sugarem mais um pouco os contribuintes do Continente – em nome de uma série de idiotices que nos atiram aos olhos há mais de trinta e quatro anos de Democracia.
A comunicação do Presidente da República foi concisa e muito clara. O conjunto de manhosos urdiu nos gabinetes de Lisboa, Horta e Ponta Delgada uma lei ordinária que viola a santíssima Constituição que todos juram, de mão no peito, defender. Cavaco Silva, que não é parvo e conhece os manhosos de ginjeira, decidiu e muito bem vir denunciar aos cidadãos os autores dessa manobra, desse golpezinho de gente capaz de tudo para atingir os seus fins, mesmo que estes sejam, por si só, rafeiros. Mas Cavaco Silva disse mais nas entrelinhas. Avisou os manhosos de que não aceita este Estatuto e que fará tudo para impedir que vá para a frente. Mesmo que isso implique medidas drásticas, uma espécie de bomba atómica, para desmascarar de vez este bando de manhosos que no segredo dos gabinetes de Lisboa, Horta e Ponta Delgada pretendia fazer uma golpeada constitucional.
É evidente que as reacções da rapaziada não se fizeram esperar. Uns fingiram-se desiludidos com o assunto da comunicação presidencial. Esperavam assuntos mais excitantes, mais quentes, mais mediáticos. Outros encolheram os ombro, com ar de desdém, e acharam que a matéria não merecia uma comunicação aos indígenas, bastava apenas uma mensagem aos manhosos da Assembleia da República. No meio de tanta hipocrisia e de um manifesto mal-estar pelo facto de o Presidente Cavaco Silva ter chamado os bois pelos nomes, é altura de dizer aos amantes das estafadas e caríssimas autonomias regionais dos Açores e da Madeira que nunca é tarde para levantar a âncora e partir para outras bandas."
António Ribeiro Ferreira
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