Nós por cá todos bem...
O ministro espanhol da Economia, Pedro Solbes, admitiu que a promessa de pleno emprego para a presente legislatura é uma ambição sem fundamentos técnicos, assente na extrapolação dos bons resultados económicos dos últimos quatro anos.
O vice-presidente do governo de Madrid, numa entrevista publicada hoje pelo diário “El País” disse acreditar que actual crise económica espanhola será menos grave que a de 1993 - 24% de desemprego e défice público igual a 7% do PIB - mas admitiu que hoje o executivo dispõe de menos instrumentos para a enfrentar, por estar na Zona Euro.
Como exemplo referiu a especulação imobiliária.
“Sempre pensámos que era insustentável construir anualmente 800 mil habitações [mas] não podíamos proibir certas coisas”, disse.
Solbes criticou o alargamento do pagamento das hipotecas para 40 anos classificando a medida como “pouco sensata”.
O ministro espanhol reconheceu que, apesar de ter constatado a existência de uma bolha imobiliária em Espanha, “pensávamos que a queda seria mais suave.”
Segundo as actuais previsões do governo a taxa de crescimento económico para 2008 cairá de 3,8% para 1,6%, com o desemprego nos 12,5%.
Solbes justificou a desaceleração económica com factores endógenos e exógenos e admitiu que a crise financeira internacional cria problemas inesperados no financiamento do défice externo agravados pela retracção do afluxo de capitais estrangeiros.
Solbes disse acreditar na estabilização do preço do petróleo a partir de Setembro.
Nesse sentido, aventou a possibilidade de a taxa de inflação se fixar em torno “dos 4%, ou até menos.”
Finalmente, sobre a gravidade e complexidade da presente crise, o governante espanhol deixou uma pergunta: “Quem vai consumir num momento em que a economia americana e europeia estão afectadas?. MRA/El País
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