"Tempos difíceis".
"O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, afirmou que Portugal vive "tempos difíceis", registando "fracos índices de crescimento económico", realidade que disse não poder ser iludida pelos agentes políticos (mais aqui).
Etiquetas: porque é que a política é cada vez mais "interessante".
10 Comments:
O Sr. Presidente disse aproximadamente isto no seu discurso:" Os portugueses já perceberam que não vai ser o Estado a resolver os seus problemas..."
Então se assim é, precisamos de saber se esta frase tem um entendimento simbólico ou é "à letra". Porque se é à letra eu tenho a certeza que os portugueses tomarão nas mãos a solução dos seus principais problemas: O primeiro neste momento é a insegurança e a criminalidade reinante e pujante...TODOS OS SANTOS DIAS.
Mais: precisamos que o Sr. Presidente demita este Governo e lidere os portugueses nãs medidas a tomar...porque será necessário um líder para evitar o caos, mas o problema será resolvido, isto o Sr. Presidente poderá ter a certeza. E os níveis de criminalidade voltarão para os números de há 20 - 30 anos atrás.
"Tempos difíceis?" A "crise", ou a "recessão técnica", ou o que lhe quiserem chamar, não é relevante. O que é relevante é que o País nunca deixará de ser pobre e miserável enquanto for governado por vigaristas e ladrões... E eleitos, hem?... Sem palavras... e esperança...
O Cavaco para dizer isto... deve andar furioso com o Sócrates. Creio mesmo que o Prof. Cavaco Silva deveria dar umas aulinhas ao calaceiro do engenheiro do Fax. Imaginem a situaçao, Cavaco, um exigente ex-professor universitário das melhores faculdades de economia do país, a ter que lidar com um primeiro-ministro que fez uma licenciatura na Independente, e por fax. Posso estar a jogar palavras ao vento mas, desde que a história da Independente veio a público, a relaçao do Cavaco com o Sócrates deteriorou-se drásticamente. Hoje foi um autentico "puxao de orelhas" a este primeiro-ministro, qual aluno cábula que copia nos exames. Foi uma mensagem que em bom portugues quer dizer: "Cuidado, portugueses! Este país está a ser gerido por um charlatao, estao a ser enganados!". De resto nao precisava de o dizer, creio que todos os portugueses sentem isso na sua carteira, com excepçao dos que ganham com a situaçao, obviamente.
Esta dívida externa vai ser paga com a produção e a saída de capitais, está muito dependente do crescimento da economia e das exportações e/ou com a entrega de activos (empresas, acções, etc.). Ela agrava substancialmente a dependência do país com o exterior, é uma restrição ao desenvolvimento e, dado o seu volume, qualquer subida das taxas de juro traduz-se em montantes substanciais a sair do país. Os tempos vão ser como se vê ainda mais difíceis se se prosseguir no mesmo caminho. Por isso o que é necessário é MUDAR, mudar de políticas para se mudar de caminho. O caminho aberto por Soares, Cavaco, PS, PSD e CDS conduziram-nos a este triste resultado, continuar neste caminho é um desastre total, há que arrepiar o caminho que não serve aos que trabalham, aos que já trabalharam e aos que hão-de trabalhar.
Cavaco Silva é, em primeira instância, o primeiro culpado desta situação em que vivemos. Quando era 1º ministro de Portugal, recebeu milhões da UE e entregou-os de mão-beijada aos mesmos empresários que hoje critica por se encostarem ao Estado. Nunca ordenou que os ditos prestassem contas dos milhões de fundos europeus e que serviram para comprarem vivendas de luxo com piscinas, viagens, férias de sonho e outros luxos só alcançáveis a esta gente oportunista, desonesta, exploradora dos seus trabalhadores. A própria Função Pública a fazer greves sem fim e a exigir ordenados e mordomias, impensáveis para o resto dos portugueses e hoje, já reformados pertencem à elite dos pensionistas, mas para isso foram retirados milhões dos impostos dos não funcionários públicos para pagar a estes. As greves consecutivas que ele e o seu Governo não souberam conter e, com Mários Soares o socialista da Fundação, que também entrou nestes jogos pelo que, Portugal está neste estado calamitoso, por culpa destes dois. Se ambos tivessem vergonha, nem falavam, continham-se no verbo. Deviam atentar bem no exemplo sério, capaz e profissional da Irlanda.
Helena: Não foram apenas homens, são partidos concretos os responsáveis pelas políticas que nos conduziram a esta situação. Os homens que refere eram líderes dos partidos que praticaram essas políticas, também no quadro da adesão e da apreciação do Euro, da abertura total do mercado, das privatizações e da destruição do aparelho produtivo que são responsáveis pelo agravamento dos agudos problemas estruturais da economia portuguesa, reflectidas nos défices externos. Falam muito do défice orçamental e sacrificam o crescimento económico para o combater, mas falam muito pouco no gravíssimo défice externo - balança corrente e de capital - que espelha a debilidade do nosso aparelho produtivo. Este continuado e elevado défice, sobretudo nos últimos dez anos, tem vindo a ser coberto com o recurso à dívida externa. Há 20 anos tínhamos pela frente uma elevadíssima dívida externa, que era um garrote da economia portuguesa. Hoje estamos confrontados com a mesma situação, e se não temos a pressão das divisas temos a agravante de que não dispomos dos instrumentos da política monetária e cambial restando-nos a política orçamental e mesmo esta limitada pelo espartilho do Pacto de Estabilidade.
São estes discursos, que me fazem pensar em tudo quanto se tem esbanjado. Temos uma classe política, que desde há muitos anos, têm as prioridades trocadas. Não se investe onde mais é necessário, mas onde se pode sacar mais. O que temos na política, são oportunistas que não têm a mínima preocupação, pelo bem estar do povo em geral. As apostas certas, educação e saúde, entre outras, seriam certamente mais seguras em termos de prosperidade, mesmo que lentas para ver resultados, seriam passos na direcção certa. Talvez não dessem grandes taxos, como dão as pontes, estádios de futebol, auto-estradas, etc.etc. Até dão taxos na Europa. Sempre que vejo portugueses serem convidados, para taxos europeus fico com a pulga na orelha. Porquê? E não é que eles vão logo a correr? Mesmo que tenham que largar lugares como o de PM? Afinal quem é que se encosta? Ah, eles não se encostam, deitam-se em cima.
Os Regimes devem servir a Nação, não é a Nação que serve os Regimes. Está na altura de ajudarmos a República a terminar os seus dias com o máximo de dignidade possível, que o balanço do sua existência para Portugal é cada vez mais ruinoso. A III República parece não ter qualquer visão para Portugal que não seja a destruição da sua Independência e Soberania. Se há um terço de século atrás pretendia imolar Portugal no altar do Marxismo, hoje parece apostada em fazê-lo em beneficio de fantasias chamadas UE ou Ibéria(sendo que a primeira implica a segunda). Varia a fórmula legitimadora mas permanece o propósito. Não admira que os portugueses se sintam cada vez mais desprotegidos e abandonados, já que o mais poderoso "instrumento" de defesa dos seus interesses, é a existência de Portugal, enquanto Nação Independente e Soberana. Quase um século de "escolher um para presidente" não produziu um único Chefe de Estado que possamos comparar com os grandes Reis da nossa História. Em contrapartida, já colocou nesse posto vários iberistas e cripto-iberistas que muito prejudicam o país. É seguro afirmar que não funciona... Os Regimes passam, a Nação permanece. Viva Portugal.
Todas as pessoas que se interessam pela economia do país sabem que Portugal tem enormes deficiências estruturais e culturais a nível do tecido empresarial, algumas das quais são: - Não temos empresários, temos negociantes. as estruturas governamentais cujo objectivo seria minorar esta situação, como, por exemplo o IAPMEI, foram controladas por bandos de incompetentes que vivem à sua sombra há demasiados anos, rodando os lugares, para que tudo fique na mesma. É gente afecta ao centrão, por isso mudam os governos e eles ficam, encostando-se a questões burocráticas para empatar os dossiers que não lhes dão retorno. Os governos têem uma atracção abismal pelos investimentos que dão páginas de jornais e tempos nas televisões, mas, nem sempre, dão o retorno que o país deveria expectar. Vejam-se casos recentes de investimentos largamente propagandeados, falharam, ou não dão os resultados anunciados. Favorecem-se descaradamente os interesses de grupos instalados, alguns dos quais têem representantes no elenco dos governos e despacham a seu favor. Alguém está interessado em mudar?? Parece que não. Caminhemos alegremente para o abismo
É por isso que os lucros da banca e dos grandes grupos sobem exponencialmente e o país definha e empobrece. Fomos ultrapassados pela Grécia, depois pela República Checa, depois por Malta e agora até pela Estónia.O combate à dívida externa exige uma outra política, uma política de desenvolvimento que defenda a nossa produção, que valorize o trabalho e os salários, que combata a financeirização da economia, que melhore o nosso perfil de especialização e dê resposta aos défices agro-alimentar, energético e tecnológico. E exige também uma postura do Banco de Portugal e do governo de firmeza e não de subserviência em relação ao Banco Central Europeu e à sua política de estrangulamento das economias mais débeis em nome da apreciação do Euro. Mas a grande medida para o combate aos défices, está no desenvolvimento da luta de massas para que se derrote esta política, quer tenha a bandeira do PS, quer tenha a bandeira do PSD, e se imponha uma nova orientação ao serviço do povo e de Portugal.
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