domingo, outubro 05, 2008

A Europa apanhada na teia e nós?

O futuro da holding Hypo Real Estate, a 2.ª maior instituição hipotecária privada da Alemanha, entrou numa fase crítica e decisiva. O consórcio de bancos que recentemente garantira, em sintonia com o governo federal, um empréstimo de EUR 35 mil milhões/bilhões (mm/bi) rompeu o acordo anunciado no passado dia 29. O jornal alemão Welt Online noticiara ontem que o banco subavaliou “claramente” as necessidades de liquidez de curto prazo. Avaliações realizadas pelos bancos integrantes do consórcio concluíram que as necessidades de capital “até ao final da próxima semana” atingem os EUR 20 mm/bi, devendo subir para EUR 50 mm/bi até ao final do ano. “No pior dos casos, até ao final de 2009, poderão mesmo atingir os EUR 70 a 100 mm/bi”, acrescentou o Welt. Perante esta situação, o montante acordado era manifestamente insuficiente. A suspensão do acordo, amanhã, deverá ser interpretada pelos mercados como um sinal da verdadeira dimensão dos problemas que afectam as instituições mais expostas aos instrumentos derivativos de protecção de riscos financeiros. Em situação crítica estão os sistemas financeiros das maiores economias europeias - Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália e Benelux. Por tabela, todas as economias serão afectadas. MRA Dep. Data Mining
Será despropositado fazer algumas perguntas, acerca da situação de Portugal?
Os bancos que se envolveram na sua grande maioria vão fazer os seus clientes pagar pelos erros que cometeram, quem os defende?
O BdP já se viu que esquece a independência que deve ao país, deveria verificar se as contabilidades do Estado estão certas e assim saber se os pressupostos são correctos.
Portugal tem uma oportunidade de ouro para funcionar em contraciclo e deve aproveitar, ao contrário do que sempre disseram alguns senhores.
O FMI diz o que sempre disse e daí a desgraça, que os países devem actuar no global com uma solução global. Interessante para quem quer mudar, vem com a receita do Consenso, mas obedece ao dono como sempre.
Alguém ajudou este país em crise?
Temos um problema sério:
Os políticos, são todos má moeda e assim a má moeda, não expulsa a sua irmã, aqui estou de acordo com o Senhor Cavaco, mas se o Senhor faz parte do problema como resolver?
Políticos de má qualidade, envolvidos com empresas que depois lhes dão empresas mostram que isto por aqui não é diferente de Angola.
Portanto o FMI que provocou, entre outros esta confusão, não tem credibilidade, perguntem aos suecos, aos argentinos, ao neozelandeses, aos mexicanos e a uma lista infindável de países.
Uma pergunta mais.
Os portugueses não pagam as hipotecas e os bancos vão fazer o quê às casas?
Vão ficar ao abandono, vão perder o valo, mesmo que este tenha sido sobreavaliado e foi na grande maioria dos casos.
Há 20 bancos?
Fiquem 3, não será esta a solução?
Querem jogar como sempre quiseram com vários baralhos?
Pois como isto é global, já nem para o Brasil podem emigrar, e nem para Angola já agora.
Governar em contaciclo e esquecer é claro o Aeroporto, o TGV e as Auto estradas.
Passar bem.

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É sempre difícil fazer conjecturas ou previsões num momento como o que vivemos. A quase totalidade de população mais jovem nunca passou por uma crise como a actual. É preciso entender que esta crise é extremamente diferente das que se viveram nas décadas de 60 e 70. Portanto, as sugestões que se seguem são apenas preliminares¿
Cautela, é mais que necessária. Não adianta ficar a imaginar o futuro num momento em que até o passado é incerto.
Não se deve apostar numa valorização do euro aos níveis anteriores à actual crise, caso o cenário agudo - desconfiança no sistema financeiro - venha a amainar. (Continuamos a ter saudades do velho escudo¿) O crédito externo do país e das empresas privadas é mais restrito, e os investidores estão a retirar dinheiro de todos os segmentos financeiros.
O mercado das acções, deve ser o melhor termómetro da gravidade da crise. Trata-se do mercado que sofre menor intervenção directa do Estado e aquele no qual as informações são mais transparentes para os investidores. Do ponto de vista de desempenho, as acções devem sofrer o impacto duma provável recessão e, portanto, deverão operar com retorno negativo durante os próximos meses.
Em Portugal existe a agravante de que uma parte significativa das principais empresas negociadas na bolsa está ligada ao sector económico, que está com os lucros em queda, por causa das expectativas duma recessão mais ampla.
O Banco de Portugal sofre dum problema crítico: o controlo da inflação dependia, em grande medida, do desempenho dos agentes económicos (produtos "exportáveis" dum modo geral). Agora, a inflação é importada em função da subida do câmbio. Quanto mais rápida e significativa for a subida das moedas face ao euro, maior será a inflação e mais forte e pesada será a reacção do BP para controlar a inflação.
O sistema financeiro é "sadio" e não tem quaisquer dos problemas estruturais do mercado norte-americano. Mas sim do europeu, que está submetido, por via da globalização, ao americano. Os investidores reconhecem isso, tal como todos os especialistas na matéria. Prevê-se, todavia, uma forte contenção salarial e a concomitante perda do poder de compra por parte da população nacional, tal como se prevêem mais despedimentos.
E a descida dos preços dos combustíveis não é ainda suficiente, tal como não é suficiente a actuação do governo em relação aos preços dos produtos essenciais, que deveriam baixar drasticamente, sem o que muitos portugueses irão engrossar a longa lista da miséria, do desemprego e ficarão sem possibilidades de manter uma refeição diária. Pelo menos uma, já que duas passou a ser insuportável.

domingo, outubro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Este governo foi no meu entender, o melhor que se viu em Portugal.
Firmeza nas atitudes, reformas nas àreas importantes ao progresso do país, um rumo com objectivos.
A oposição critica e não apresenta alternativas melhores, logo perde a oportunidade de ficar calada.
Certo é que nunca existiu um governo de agrado a todos, sendo que este teve uma maioria absoluta deixai que governe com as suas convicções.
O principal partido a oposição jà foi governo, melhor não fez, ao contrário, foram uns imcomprtentes que retardaram o o país.
O Paulinho das feiras jà foi ministro, fala em contenção e dedicou a sua estadia ao gasto de 973 milhões de euros em submarinos o que representa 0,5 por cento do Produto Interno Bruto.
Actualmente temos um 1° que os tem no lugar, arregaçou as mangas e deitou mãos à obra.
Portugueses, deixem de ser pessimistas, um país constroi-se à força de trabalho, a crise de que se fala é um facto, ela é devida também à conjuntura internacional, não culpem o governo porque o crude aumenta ou porque os juros sobem - nós temos que dar as mãos sem olhar à cor politica e dar a volta a esta situação, o pessimismo é a pior arma para para vencer esta batalha - na nossa história a crise de 1580 a 1640 em que Portugal esteve sob o domínio espanhol, foi vencida graças à luta do aclamado rei D .João IV(o restaurador) - porquê agora tanto pessimismo por uma crise que pode ser vencida sem guerras, sem armas e sem sangue? basta a vontade de vencer e dar a cabeça à luta, ou os portugueses só são bons é para enfrentar o touro na arena e nas largadas? Vamos à luta, o patriotismo tanto é para usar nos momentos bons como nos dificeis ou não será assim?

domingo, outubro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

"Aqueles que entendiam que havia Estado a mais", esta é de rir!!! Então o PS está objectivamente a reduzir o estado e já assumiu que só os orgãos de soberania (politicos, diplomáticos, defesa, magistratura, segurança) devem ser do estado, e vem dizer "aqueles"... Mas que lata é preciso ter, depois de expulsar os funcionários publicos do estado, entregar a saúde aos privados, a degradação da educação aponta para o mesmo caminho, e mais uns quantos sectores, fazer uma politica neo-liberal... Francamente, o despudor é total.

domingo, outubro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Estou convencido que não há nenhum banco em risco de falir. Pode vir a acontecer se a crise se agravar e provocar o efeito de dominó.É que para bem e para mal já não estamos orgulhosamente só.Eu vejo esta crise como positiva,embora com algum sofrimento para alguns infelizmente.Esta onda de liberalismo que estava a varrer o Mundo,já terminou.Afinal é preciso tratar as pessoas como seres humanos.

domingo, outubro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Então e as fortunas dos banqueiros e gestores bancários? Também vão ser nacionalizadas? Tem sido sugar o Povo até ao tutano, gastar à grande e à francesa, apregoar lucros... Depois, o Estado usa o dinheiro do Povo para salvar os ladrões!

domingo, outubro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Até que enfim o Governo quer transparência e vai nacionalizar, embora parcialmente, alguns bancos que às portas da banca-rota. O mesmo deveria acontecer com as gasolineiras ou refinarias, por motivos opostos, mas onde reverte grande prejuízo para a população consumidora de combustíveis!!!

domingo, outubro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Viva a democracia Imprialista a chamada globalizacão primeiro libralisa-se depois nacialisa-se e o dinheiro dos contribuintes que encha os bolsos desses gerentes e compradios que passam por governos sem escrupolos que aprovam leis para se defenderem e não serem responsablizados é ir buscar dinheiro aos gestores e acionistas. O voto do Estado não alguns de certeza ja foram do estado chega.

domingo, outubro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

O capitalismo não existe, não é nada. É tudo que não seja o socialismo. É a liberdade, é a natureza. O capitalismo não nasceu da cabeça de nenhum teórico. Foi surgindo naturalmente com a evolução da humanidade. O dilema hoje não é entre capitalismo e socialismo. É entre liberalismo (pensar que o mercado resolve tudo) e o intervencionismo (Keynesianismo) que aceita o mercado mas entende que ele deve ser regulado e orientado.

domingo, outubro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Comumente definido como um sistema de organização de sociedade baseado na propriedade privada dos meios de produção e propriedade intelectual, e na liberdade de contrato sobre estes bens (livre-mercado). "Capitalismo" é o nome que se dá às atitudes econômicas decorrentes naturalmente numa sociedade que respeita a propriedade privada e a liberdade de contrato. As pessoas quando sujeitas a estas condições, com o intuito de satisfazer seus desejos e/ou necessidades, tendem espontaneamente a dirigir seus esforços no sentido de acumular capital, o qual é então usado como moeda de troca a fim de adquirir os serviços e produtos desejados. Como se percebe, o nome veio a calhar, pois informa diretamente uma das principais características imanentes, que é o acúmulo de capital (embora nenhum indivíduo seja obrigado legalmente a acumulá-lo). O capital, por sua vez, pode ser adquirido e/ou expandido basicamente pelo trabalho produtivo e o comércio, mas como o primeiro também pode se enquadrar na classificação de comércio, a rigor e em última instância, o acúmulo se dá pelo comércio voluntário. O Capitalismo, segundo seus defensores, é o meio mais eficiente e eficaz de prosperidade, desenvolvimento e eliminação de pobreza nas sociedades, devido ao seguinte argumento central: cada indivíduo, por depender basicamente do seu próprio esforço, por ter direito a acumular e desfrutar dos produtos gerados por este esforço, por ter de assumir e colocar em risco seu próprio patrimônio é altamente motivado a utilizar seus recursos (materiais e intelectuais) da melhor forma (mais eficiente) possível, e a melhor possível é a que gera maior riqueza para a sociedade, já que os indivíduos dependem de transações voluntárias.

domingo, outubro 05, 2008  
Anonymous Anónimo said...

Algumas pessoas enfatizam a propriedade privada de capital como sendo a essência do capitalismo, ou enfatizam a importância de um mercado livre como mecanismo para o movimento e acumulação de capital, já que um livre mercado é uma consequência lógica da propriedade privada. Karl Marx, que é o maior crítico do capitalismo, o observa através da dinâmica da lutas de classes, incluindo aí a estrutura de estratificação de diferentes segmentos sociais, dando ênfase às relações entre proletariado (classe trabalhista) e burguesia (classe dominante). Para ele, a diferença de poder econômico entre as classes é um pressuposto do sistema, ou seja, a classe dominante acumulará riquezas por meio da exploração do trabalho das classes operárias. Por outro lado, os economistas favoráveis ao capitalismo contestam que, num mercado livre, existe competição e concorrência constante entre todos os integrantes do sistema, e se eventualmente algum indivíduo recebe em troca do seu trabalho menos do que ele produz, ele facilmente poderá migrar para algum concorrente, já que este lucrará com o seu trabalho. Além disso, mesmo que seja aceito que em alguns casos exista exploração do empregado pelo empregador, é muito provável que noutro sistema, que não seja o capitalista, por exemplo o socialista, onde o governo central dita as regras para todos, as pessoas sejam muito mais sucetíveis a exploração, isso, é claro, se nos basearmos apenas no modelo socialista autoritário implantado na antiga URSS, pois existem outros modelos de socialismo, modelos que preconizam a democracia direta e a autogestão, como foi mostrado nas experiências libertárias da Revolução Espanhola e da Revolução Ucraniana. Hayek, ao descrever o capitalismo, aponta para o caráter auto-organizador das economias que não têm planejamento centralizado pelo governo. Muitos, como por exemplo Adam Smith, apontam para o que se acredita ser o valor dos indivíduos que buscam seus interesses próprios, que se opõe ao trabalho altruístico de servir o "bem comum". Karl Polanyi, figura importante no campo da antropologia econômica, defendeu que Smith, em sua época, estava descrevendo um período de organização da produção conjuntamente com o do comércio. Para Polanyi, o capitalismo é diferente do antigo mercantilismo por causa da comoditificação da terra, da mão-de-obra e da moeda e chegou à sua forma madura como resultado dos problemas que surgiram quando sistemas de produção industrial necessitaram de investimentos a longo prazo e envolveram riscos correspondentes em um âmbito de comércio internacional. Falando em termos históricos, a necessidade mais opressora desse novo sistema era o fornecimento assegurado de elementos à indústria - terra, maquinários e mão-de-obra - e essas necessidades é que culminaram com a mencionada comoditificação, não por um processo de atividade auto-organizadora, mas como resultado de uma intervenção do Estado deliberada e frequentemente forçada. A propósito, Marx afirma que o Estado é de fundamental importância para assegurar o funcionamento do sistema e os privilégios das classes dominantes, o que para seus seguidores seria uma refutação a tese de que o sistema é auto-organizador.

Muitas dessas teorias chamam a atenção para as diversas práticas econômicas que se tornaram institucionalizadas na Europa entre os séculos XVI e XIX, especialmente envolvendo o direito dos indivíduos e grupos de agir como "pessoas legais" (ou corporações) na compra e venda de bens, terra, mão-de-obra e moeda, em um mercado livre, apoiados por um Estado para o reforço dos direitos da propriedade privada, de forma totalmente diferente ao antigo sistema feudal de proteção e obrigações.

Devido à vagueza do termo, emergiram controvérsias quanto ao capitalismo. Em particular, há uma disputa entre o capitalismo ser um sistema real ou ideal, isto é, se ele já foi mesmo implementado em economias particulares ou se ainda não e, neste último caso, a que grau o capitalismo existe nessas economias. Sob um ponto de vista histórico, há uma discussão se o capitalismo é específico a uma época ou região geográfica particular ou se é um sistema universalmente válido, que pode existir através do tempo e do espaço. Alguns interpretam o capitalismo como um sistema puramente econômico; Marx, por sua vez, admite que o mesmo é um complexo de instituições político-econômicas que, por sua vez, determinará as relações sociais, éticas e culturais.

domingo, outubro 05, 2008  

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